Oposição tricolor arma ‘guerra fria’ para forçar renúncia de Aidar

A oposição do São Paulo organiza uma guerra fria para que Carlos Miguel Aidar ceda à pressão e renuncie à presidência do clube. E para que a estratégia política seja concluída com sucesso, o ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro terá papel fundamental.

O cartola, que deixou a diretoria na última terça-feira, assegura ter documentos e até mesmo uma gravação que provam ilegalidades em negociações avalizadas e feitas por Aidar nos últimos meses. O referido áudio, inclusive, pode dar ares cinematográficos à reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 22, uma quinta-feia.

A convocação para o encontro acontecerá na próxima terça-feira. Durante mais de uma semana, haverá grande expectativa sobre as revelações que Ataíde poderá fazer. A ideia é reproduzir o áudio em que supostamente Aidar assume irregularidades em volume alto no salão nobre do Morumbi para que o presidente fique constrangido diante de peças importantes no Conselho.

O constrangimento, aliado à pressão política, acreditam os oposicionistas, é a única forma possível para que Aidar renuncie. Isso porque o impeachment é visto pela maioria dos rivais do mandatário como um caminho praticamente impossível. Para autorizar tal processo, é preciso que a moção de desconfiança (documento que posiciona o Conselho oficialmente contra o presidente) alcance 180 assinaturas, 75% dos conselheiros.

Nos cálculos da oposição, Aidar segue com 20 cadeiras fiéis, o que pode representar mais 20 conselheiros aliados por favores políticos ou pessoais. Além disso, há conselheiros doentes e impossibilitados de opinar e outros, mais conservadores, que consideram o impeachment uma mancha na história do clube. Basta que essa conta chegue a 61 membros para que o caminho seja bloqueado.

Apesar da possível frustração, a expectativa pela renúncia imediata após as acusações e possíveis provas de Ataíde é grande. Outra ponto já comemorado pela oposição é que o encontro deve evidenciar o isolamento de Aidar com seus antigos aliados da diretoria e a perda da maioria das cadeiras no Conselho. Até lá, o tiroteio deve cessar e dar lugar mesmo a uma guerra fria.

Fonte: Lance

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*