Paulo Henrique Ganso vai tendo um início de temporada repleto de incertezas no São Paulo. Depois de seis partidas, o meio-campista não realizou nenhuma grande atuação, tampouco se firmou na equipe titular. Apesar das dúvidas que cercam o jogador, o técnico Ney Franco acredita que a estratégia usada pelo Tricolor até o momento é a melhor possível.

– Se estamos fazendo algo bem, é com ele. Estamos trabalhando a recuperação dele e, ao mesmo tempo, buscando os resultados da equipe. O Ganso está jogando, começou a partida contra o Santos, entrou em praticamente todo o segundo tempo diante da Ponte e vai jogar o próximo (Guarani) – afirmou.

Ganso chegou ao São Paulo no segundo semestre do ano passado em recuperação de uma cirurgia no joelho direito. O jogador só foi a campo nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro e começou 2013 ainda um pouco abaixo fisicamente em relação ao restante do grupo.

A tentativa de Ney Franco de colocá-lo como titular logo na partida de estreia na temporada não deu certo. Ganso provou dentro de campo que ainda precisa de ritmo para recuperar o futebol de quando defendeu o Santos. Para o treinador, a cobrança que o atleta vem recebendo não tem interferência no desempenho.

– Não tem fator psicológico. Ele é maduro e está ciente do que está passando. O Ganso já jogou com pressão no Santos e foi muito bem. O tipo de cobrança em cima dele não tem influência no desempenho. Ele está em um processo de recuperação dentro de uma equipe que está em uma competição importante (Libertadores). Não posso me dar ao luxo de abrir mão dos resultados pela recuperação de um atleta – ressaltou.

O treinador, aliás, quer calma com o período de readaptação do meio-campista. Como o Paulistão vem sendo usado para testar alternativas que podem ser usadas na Libertadores, o maestro será titular diante do Guarani, neste sábado, em Campinas, e ficará no banco frente ao Atlético-MG, quarta-feira, em Belo Horizonte, pela estreia na fase de grupos do torneio sul-americano.

– Não podemos resumir o papel do Ganso só em janeiro ou fevereiro. O crescimento tem de vir com naturalidade e aliar isso ao crescimento da equipe. Mas não posso garantir que ele vai ter uma sequência de quatro, cinco ou seis jogos. A única certeza é de que joga contra o Guarani.