Muricy minimiza sufoco em Medellín: “Esperava sofrer mais”

O Atlético Nacional tomou iniciativa do início ao fim do jogo desta quarta-feira e tentou de todas as formas, sem sucesso, vazar a defesa do São Paulo. Porém, apesar de ter se levantado para cobrar o apito final nos últimos minutos do empate por 0 a 0, Muricy Ramalho, técnico do time brasileiro, diz não ter sofrido tanto em Medellín.

“Pressão grande foi no Chile, não aqui. A pressão aqui foi de muito barulho da torcida. Porque, pelo chão, eles não penetravam. Na bola alçada, nosso time é bom. Sinceramente, pensava que a gente ia sofrer mais”, disse o treinador, que foi além. “Se a gente tivesse mais velocidade na frente ou um pouquinho mais de cabeça no último passe, tinha até chance de ganhar”.

De fato, apesar do sufoco imposto pelo time colombiano, Rogério Ceni não precisou fazer nenhuma grande defesa como as feitas na partida de volta das oitavas de final, contra a Universidad Católica, no Chile. Desta vez, o goleiro são-paulino trabalhou menos do que zagueiros e demais colegas.

Ele talvez só não trabalhou menos do que Paulo Henrique Ganso, que não viajou a Medellín por ter que cumprir o segundo jogo de suspensão aplicado pela Conmebol. A ausência do camisa 8, a propósito foi muito sentida pelo capitão e também pelo comandante.

Rubens Chiri/www.saopaulofc.net

Treinador jura não ter sofrido tanto, apesar de ter cobrado o apito final nos últimos minutos da partida

“Foi uma baixa muito grande. Ele seria fundamental para meter a bola (para os atacantes) e para segurá-la”, lamentou Muricy, antes de comemorar a vaga na semifinal da Copa Sul-americana.

“Estamos passando de fase, está muito bom. Se olharem nosso time dois meses atrás, ninguém estava pensando em nada. Só estava pensando em se salvar (do rebaixamento no Campeonato Brasileiro). Hoje, estamos em melhor situação”, concluiu o treinador, com a ressalva, mais uma vez, de que seu elenco está desgastado.

Na luta pelo bicampeonato continental, o São Paulo agora aguarda seu próximo adversário, que teoricamente sairia do vencedor do confronto entre Libertad (Paraguai) ou Itagui (Colômbia), porém poderá ser a Ponte Preta caso ela passe pelo Vélez Sarsfield (Argentina) – o regulamento força o não enfrentamento de equipes do mesmo país na decisão.

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