Muricy curte zagueiros? Planejamento do São Paulo favorece o ataque

Quando uma equipe contrata Muricy Ramalho, os torcedores, em geral, ficam esperançosos de que o técnico irá, ao menos, resolver os problemas defensivos do time. Um dos exemplos defensivos de Muricy está na conquista do título brasileiro pelo próprio São Paulo, em 2007, quando o time sofreu apenas 19 gols durante todo o Brasileirão.

Em 2014, entretanto, as coisas são bem diferentes. O treinador são paulino já abandonou o esquema com três zagueiros utilizado no tricampeonato nacional. Se depender dos ingredientes que tem à disposição, Muricy precisará mesmo seguir uma receita bem mais ofensiva no restante desta temporada.

O setor de ataque, atualmente, é o que conta com mais opções no elenco são paulino. Do ano passado, ficaram Luis Fabiano, Osvaldo e Ademilson, recebendo o reforço de Pato e Pabón. Das categorias de base, vieram duas promessas: Ewandro e Boschillia (este atua também no meio de campo), totalizando sete jogadores.

E o clube do Morumbi ainda quer mais: o interesse em Alan Kardec está confirmado, e caso se concretize, dará a Muricy Ramalho a oitava opção para a formação de um trio, ou de uma dupla de ataque.

A riqueza na frente não se repete atrás: para formar a dupla de zaga, o treinador conta atualmente com apenas quatro opções. Antônio Carlos e Rodrigo Caio têm sido os titulares (Rodrigo é volante de origem, mas se adaptou bem à defesa). Com a lesão de Paulo Miranda, as unicas opções no banco de reservas são Edson Silva e o jovem Lucas Silva. Roger Carvalho, aposta da antiga diretoria, não teve seu contrato renovado após a eliminação no Paulistão.

Os laterais à disposição também são bastante ofensivos, principalmente os titulares Douglas e Álvaro Pereira. No meio de campo, o técnico também tem atuado com apenas um jogador essencialmente de marcação, o volante Souza, ao lado de Maicon e Ganso.

A tendência ofensiva reflete em números: a sólida defesa de 2007, na disputa da primeira fase do Paulistão, teve média de 0,74 gol sofrido por jogo, contra um gol por partida em 2014. O desafio é compensar os espaços dados na defesa com mais gols no ataque: o time atual marcou 1,87 gol por partida; o de 2007, mais seguro atrás, também foi melhor na frente, marcando 2,2 gols por jogo.

Com dois zagueiros, e provavelmente três atacantes, Muricy Ramalho definirá amanhã o time que manda a campo pela segunda rodada do Brasileirão 2014. O adversário é forte: o Cruzeiro, atual campeão.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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