Modesto insinua “caça ao Ganso” em dezembro e nega rótulo de mercenário

No início de novembro, Paulo Henrique Ganso tomou um caminho sem volta durante uma entrevista coletiva no CT da Barra Funda, na qual não quis fechar as portas a rivais do São Paulo. Nesta quarta-feira, o presidente do Santos defendeu o meia do estigma de “mercenário”, que o acompanha desde os últimos momentos de Vila Belmiro, e deixou aberta a possibilidade de negociar com o Tricolor após o Campeonato Brasileiro.

“O Ganso nunca foi um mercenário. O Ganso teve problemas na Vila Belmiro, sim, mas não foi reconhecido. Virou uma briga política até pela relação que ele tinha com o ex-presidente Marcelo Teixeira e foi judiado em função disso. O Ganso sempre honrou a camisa do Santos, mas infelizmente há outra imagem dele que não é verdadeira”, explicou Modesto Roma Júnior em participação no Sportv.

A declaração vem poucas horas antes da decisão da Copa do Brasil contra o Palmeiras, a ser disputada primeiro na Baixada Santista. As atenções alvinegras estão divididas com o Campeonato Brasileiro, na qual o time de Dorival Júnior ainda briga por uma vaga no G4 com o próprio São Paulo. Por isso, o presidente prefere não negociar por enquanto.

“Em uma final de Campeonato Brasileiro, disputando com o próprio São Paulo, não dá para dizer que o Santos quer o Ganso e isso e aquilo. Isso é assunto para depois, não agora. Eu tenho a minha opinião pessoal. O jogador é fantástico sim, e se encaixaria muito bem na Vila Belmiro. Mas isso é assunto para depois do Brasileiro. A temporada de caça ao ganso só começa no dia 6 de dezembro”, prosseguiu o mandatário, em referência à última rodada da competição nacional de pontos corridos.

Os últimos momentos de Ganso na Vila foram marcados por manifestações negativas da torcida do Santos (foto: Ricardo Saibun/Santos)
Os últimos momentos de Ganso na Vila foram marcados por manifestações negativas da torcida do Santos (foto: Ricardo Saibun/Santos)

Segundo informações da Gazeta Esportiva, o Peixe já iniciou a reaproximação ao grupo DIS, que detém 68% dos direitos econômicos do jogador. Uma pendência entre são-paulinos e DIS pode facilitar um eventual acordo. O atual mandatário é fã do camisa 10 e garante que o faria ser aceito novamente pela torcida, que chegou até a pichar sua imagem no muro do CT Rei Pelé. O salário de Ganso, porém, emperra as tratativas, uma vez que o meia não aceitaria deixar o Morumbi para receber quantia igual ou inferior.

Modesto não rejeita a possibilidade de procurar o meio-campista para uma “mudança de emprego” quando o calendário de 2015 for encerrado. “Você mexer com a cabeça de um atleta em um momento como esse é muito ruim. Já imaginou se o Ganso tivesse jogado no 6 a 1 do Corinthians sobre o São Paulo, e tivesse feito uma má partida? É complicado, é um momento difícil. Daqui para o ano que vem, com o fim do Campeonato e as férias, tem 45 dias de negociação. Mais do que suficiente para se mudar de emprego”, encerrou.

O contrato de Ganso com o São Paulo tem validade até setembro de 2017. O vínculo ainda é o mesmo assinado em 2012, quando o jogador deixou a Vila Belmiro pela porta dos fundos para acertar com o clube do Morumbi. “É difícil, . Não dá para falar que só joga no São Paulo, não posso fechar as portas para qualquer outro clube no Brasil e no mundo. Isso não dá para falar”, despistou o são-paulino no início de novembro deste ano.

Vale lembrar que o atleta já adotou discurso parecido em 2012, quando o interesse tricolor começou a ser noticiado. Questionado sobre a possibilidade, o camisa 10 respondeu de forma semelhante. “Jogo ao lado do Neymar e tenho que ajudá-lo a fazer os gols. Tem que ver se o presidente [na época, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o LAOR] quer me vender. Seria um prazer jogar no São Paulo, mas tenho contrato com o Santos”, comentou o armador alguns dias antes de definir a ida para o Tricolor. O atual presidente são-paulino, Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco), costuma incluir Ganso em suas declarações sobre o planejamento para 2016.

No início deste mês, o meio-campista optou por não fechar as portas aos rivais (foto: Fernando Dantas)
No início deste mês, o meio-campista optou por não fechar as portas aos rivais (foto: Fernando Dantas)

 

Fonte: Uol

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