Como o San Lorenzo vai jogar contra o São Paulo? Este é o pior São Paulo já visto pelos argentinos? O grupo vai ser decidido na última rodada? Se Ganso não jogar, será bom ou ruim para o San Lorenzo?

O UOL Esporte consultou dez jornalistas argentinos sobre os temas que dominarão a partida entre San Lorenzo e São Paulo. Os entrevistados são Federico Jelic (La Manãna, de Córdoba), Juan Francisco Morado (Fox Sport online), Sergio Lewinski (Kicker, da Alemanha), Diego Paulich (Ole), Javier Quintela (Clarin), Pablo Ramón (Olé), Julio Chiappetta (Clarin), Martin Eula (Olé), David Flier (Clarin Digital)  e o historiador Joaquin Finat.

Abaixo, um resumo das respostas:

O desespero da torcida tricolor não é compartilhado pelos jornalistas. Nenhum deles considera este São Paulo como o melhor dos últimos tempos. A mais dura crítica vem do editor do Clarin, Julio Chiappetta. “É um time medíocre”.

Os outros preferem ver o São Paulo com duas caras diferentes. “Tem boas individualidades no ataque e uma defesa desorganizada”, analisa Quintela. “Não me lembro de um São Paulo com tantos problemas, abusando de chutões mas é uma equipe brasileira e tem bons nomes. Não pode ser desprezada”, afirma Jelic.

“Tem bons nomes mas está rendendo muito abaixo do que os nomes poderiam sugerir”, completa Paulich. Lewinski também recomenda cuidado. “Tem camisa, merece respeito e tem um treinador muito bom”.

E o São Paulo sofrerá com a ausência de Ganso? “Se não jogar, o San Lorenzo deve agradecer. Ele é um dos maiores meias do continente”, analise Quintela. “Imagino que o San Lorenzo vá atacar muito e que uma maneira de enfrentar isso é fazer a bola rodar. E Ganso faz isso muito bem”, afirma Lewinski.

“Muito bom, mas não o vejo à vontade em campo”, diz Jelic. “Em um jogo duro e disputado, um passe, um bom chute ou uma genialidade podem definir tudo. Só entendo Ganso fora do jogo se estiver contundido”, diz Eula. Sua análise é corroborada por Finat. “Não é o melhor Ganso que já vimos, mas é o tipo de jogador que define um jogo”.  E, para Chiappetta a ausência de Ganso ajuda o São Paulo. “Ganso não está jogando bem. Faz jus ao apelido. Só isso”.

Chiappetta considera que o time vencedor ficará com a vaga. E todos os outros apostam em decisão emocional na última rodada. “Quem jogar por um empate pode se dar mal. Pode ser insuficiente depois”, resume Jelic.

Sobre o San Lorenzo
A maioria dos entrevistados acredita que o San Lorenzo não abandonará seu estilo de jogo, baseado em equilíbrio entre suas linhas.

“O treinador Bauza ganhou uma Libertadores apostando em equilíbrio e não vai mudar de estilo. Ele espera que Blanco e Romagnoli sejam o fator de desequilíbrio no jogo”, afirma Eula.

Para Jelic, o San Lorenzo precisa pressionar a saída de bola do São Paulo e aproveitar-se dos desencontros de uma equipe ainda não estabilizada. “O treinador Muricy mexe muito no time. Ainda não conseguiu encontrar o esquema e nem seus intérpretes”. Para Flier, é necessário que o San Lorenzo ataque pelos lados do campo.

Joaquin Finat e Quintela esperam um San Lorenzo mais efetivo e sem muitos cuidados defensivos, aproveitando a chance de jogar como local. Para Morado, a volta de Yepes dará mais segurança à zaga.

Mas futebol não é apenas tática. Lewinski acredita que o atual momento anímico do San Lorenzo será uma arma poderosíssima. “O time alcançou seu melhor momento desde a última Libertadores. Venceu seis dos sete últimos jogos do campeonato argentino e alcançou a liderança”. Paulich concorda.

E Chiappetta tem uma outra explicação para as possibilidades do San Lorenzo. “Se a contratação mais importante do ano estiver em campo, será difícil para o São Paulo. Estou falando da sorte incrível do San Lorenzo”.

Os jogadores mais citados como principais armas do San Lorenzo são os meias Blanco e Romagnoli, o volante Mercier e o zagueiro Yepes, além do goleiro Torrico e do volante Mussis.

Fonte: Uol

Nota do PP: Espero que Muricy Ramalho mostre aos jogadores esta matéria. Felipão, Luxemburgo, Tite, entre outros, fariam isso com absoluta certeza.