Leco terá salário se vencer eleição no São Paulo; ele prevê futebol vencedor

Depois dos discursos de Carlos Augusto de Barros e Silva, Roberto Natel e Marcelo Abranches Pupo Barboza, candidatos da chapa da situação à presidência, vice-presidência e presidência do Conselho Deliberativo do São Paulo, Leco falou aos jornalistas.

O principal compromisso de sua campanha, e também da oposição, é implementar o novo estatuto, que, num de seus muitos artigos, prevê remuneração ao presidente da diretoria, desde que haja dedicação exclusiva à função. Ou seja, o dirigente teria de abrir mão de qualquer outra atividade paralela. No caso de Leco, seu escritório de advocacia.

Ainda assim, o pagamento de salário ao presidente terá de ser aprovado pelo Conselho de Administração e não será jamais superior a 70% do teto do funcionalismo público federal.

– Não dá para ser mais responsável do que eu sou, a remuneração não vai mudar nada. E digo que serei remunerado sim. É um pouco hipócrita essa posição de dizer que não quer. Se estamos num processo de modernidade e o São Paulo deseja que algumas pessoas tenham dedicação exclusiva ao clube, vai precisar contribuir para isso – afirmou.

Leco Lançamento Candidatura Presidente (Foto: Alexandre Lozetti)Leco em discurso durante lançamento de sua candidatura à presidência (Foto: Alexandre Lozetti)

Leco também se comprometeu a sanear completamente a questão financeira caso seja eleito até dezembro de 2020. Nos últimos 16 meses, sua gestão reduziu em 30% a dívida de R$ 170 milhões que assumiu em outubro de 2015, quando sucedeu a renúncia de Carlos Miguel Aidar.

Para o presidente, uma gestão tranquila também fará a equipe de futebol ser vitoriosa.

– (A meta é) Sanear as finanças do clube de uma vez. Ao longo da gestão será possível alcançar esse resultado porque o São Paulo tem uma força extraordinária, e estando tranquilo, bem administrado, com credibilidade, os resultados surgirão tanto no campo financeiro como no futebol. Isso vai acontecer, os sinais já são evidentes nesse sentido.

Veja o que mais disse Leco:

Por que Leco, e não Pimenta?

– Pelas mais óbvias razões de que venho fazendo uma gestão que justifica credibilidade e o desejo do corpo político do São Paulo de continuar e fazer melhor, estou absolutamente seguro disso. Estou com muita vontade, muito ânimo, muita energia dentro de todo esse processo. Não há outro nome mais interessado em fazer bem ao São Paulo com toda essa comunidade.

Como ser reeleito?

– Continuar mostrando aos são-paulinos que estou habilitado, comprometido e que mereço. Cuidando bem do clube no seu todo, muito bem do futebol, e isso está começando a acontecer e as perspectivas são boas. Vamos investir muita energia nesse sentido.

E esse pedido do Abílio Diniz para atrair os conselheiros da situação…

– Não temo porque é um processo de conscientização, não é dessa forma que se alinham. As pessoas têm opinião própria, conhecimento do São Paulo, história no São Paulo, e sabem muito bem que caminho seguir. Acho muito possível que a situação inversa aconteça, mas não porque façamos esse tipo de estratégia, e sim por uma condição natural, pelas pessoas de oposição perceberem que o melhor caminho é esse.

Sobre Roberto Natel como vice

– Porque é uma figura politicamente e historicamente importante, tem qualidades pessoais para estar junto. Não temos outra forma de agir e administrar o São Paulo, senão compartilhando e trazendo para o contexto pessoas que tenham desejo de contribuir, nada mais natural.

E a ação que pede a anulação de todos os atos dos últimos 13 anos?

– O São Paulo agora fez exatamente aquilo que a ação preconizava. Ela tinha uma aspiração política óbvia, evidente, e continua. Eles não querem que o São Paulo seja o que pediram na ação, eles querem ganhar, querem impor àqueles que não sejam da mesma linha política um resultado adverso. Ninguém vai me derrotar, eles querem derrotar o São Paulo, isso é uma grande besteira. Não vai acontecer nada, o São Paulo já superou isso e fazer esse estatuto novo teve essa virtude.

– O ponto final vai acontecer, o processo está em trâmite. A decisão da ministra Rosa Weber foi muito correta tecnicamente porque ela determinou que o tema, por não ser de nível constitucional, deva ser resolvido num juízo de primeira instância que é aqui em São Paulo, na Vara de Pinheiros, para onde fornecemos todos os elementos mostrando o seguinte: o São Paulo cumpriu tudo, logo, a ação perdeu objeto.

Sobre gestão profissional

– É um caminho que vamos seguir, na linha da modernidade, do que o estatuto agora determina. Isso vai ser feito, mas não de uma forma a ignorar a qualidade das pessoas que cuidam do São Paulo. Com profissionais de algumas áreas específicas para contribuírem na administração, tornarem a gestão mais qualitativa, moderna e transparente. Conseguimos anteontem uma coisa extraordinária, aprovamos no Conselho a contratação de um sistema de informatização, e isso torna ainda melhor as ferramentas de administração.

Terá o apoio de Rogério Ceni?

– Imagino que sim, eu me dou super bem com ele, ele expressa isso e você identifica nas relações mais simples, do cotidiano. Estive com ele depois do jogo de ontem, nós conversamos, ele está vendo que esse São Paulo é um São Paulo que ele gosta.

O São Paulo tem feito e sofrido muito gols…

– Era bom naquele time do Santos que fazia sete e tomava três ou quatro, não estamos preparados para isso, precisamos parar de tomar gols (risos). Ainda bem que estamos fazendo, o Rogério ainda falou para mim: “Agora estamos vivendo emoções, hein, presidente, tivemos 19 conclusões”. Eu respondi: “É, mas tomamos dois gols, isso não é bom”, e ele disse: “É claro que não é bom”. Mas isso nós vamos corrigir.

Qual a previsão de apoio dos conselheiros?

– Está significativamente a nosso favor. 65% a 35%.

A categorias de base é para revelar ou vender?

– As duas situações porque elas existem e são inevitáveis. Temos que formar e enriquecer nosso elenco e nosso futebol, mas também fazermos caixa com isso. É preciso abrir espaço para que outros surjam. Há alguns jogadores especialíssimos no nosso sub-17, que certamente serão o Luiz Araújo, o David Neres, o Lucas Fernandes. Vai ser desse jeito e o fluxo de caixa também indica essa necessidade.

 

Fonte: Globo Esporte

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