Juvenal diz que Ceni repensa aposentadoria e tomará decisão após o BR

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, afirma que o goleiro Rogério Ceni cogita, de fato, adiar a aposentadoria para o fim de 2014. Aos 40 anos, o capitão tem contrato até o fim deste ano e já tinha resolvido parar de jogar ao término desta temporada, mas agora não mostra mais tanta certeza. Segundo o cartola, Ceni irá comunicar sua decisão à diretoria antes do término do contrato.

“Tenho falado com ele. Hoje dei um toque e conversamos, porque estávamos no CT. Falei para ele: ‘Tem muita onda aí, isso aí é só comigo’. E eu já sei como ele é, ele sempre foi assim, e ele está pensando na decisão, no que vai fazer. Então nós combinamos, a sugestão foi dele, que quando terminasse esse campeonato nacional ele me procuraria, para ver o que fazer”, afirmou Juvenal Juvêncio.

O técnico Muricy Ramalho iniciou nas últimas semanas campanha pública para que Rogério Ceni desistisse da aposentadoria. O treinador minimizou os erros de pênaltis – o capitão perdeu quatro cobranças seguidas – e valorizou as últimas atuações debaixo das traves. Depois, os pedidos pela permanência em 2014 foram reforçados pelo próprio pai, Eurydes Ceni, e por Juvenal Juvêncio, em declarações públicas.

Na sequência do movimento que tenta provocar o adiamento da aposentadoria, Rogério Ceni fez, na última semana, no Chile, uma das maiores atuações da sua carreira. Levou três gols, mas fez pelo menos cinco defesas espetaculares contra a Universidad Católica na vitória por 4 a 3, que levou o São Paulo às quartas de final da Copa Sul-Americana.

Para Juvenal Juvêncio, a possibilidade de classificação à Copa Libertadores de 2014 é determinante no planejamento do goleiro. O presidente vê a vaga como fator decisivo entre a aposentadoria em dezembro e a permanência por pelo menos mais seis meses.

“Eu acho que isso conta favorável, certamente. Sobre tudo isso não podemos apostar, mas são tendências que nós sabemos. Mas sei que ele realmente estava focado neste campeonato nacional, então imagino que isso também possa ser decisivo para ele parar ou não. Por isso aguardamos o fim desses campeonatos”, disse Juvenal.

Durante a crise do São Paulo em 2013, Rogério Ceni se fechou e pouco conversou com diretoria e colegas de elenco. A pessoas mais próximas, o goleiro se mostrou profundamente incomodado por fechar a carreira em um ano ruim do São Paulo. Agora, com a equipe recuperada e em ótima fase no Brasileirão, os mesmos relatam que Ceni tem se mostrado muito mais alegre.

“Sinto que ele está com um astral melhor do que já esteve. E tem explicações. O time todo está mais feliz, mas foi mais profundamente nele. Vejo o Rogério muito alegre, solto, brincalhão”, diz Juvenal Juvêncio, que tem ido com frequência aos treinos e conversado com o goleiro, após pedido de Muricy.

Em 2013, o capitão não demonstrou, mas discordou da metodologia de trabalho de Ney Franco, técnico que comandou o São Paulo na campanha ruim durante a Copa Libertadores, eliminado nas oitavas de final pelo Atlético-MG. Os atritos foram expostos publicamente após a demissão do técnico. Situação semelhante aconteceu com o ex-diretor de futebol Adalberto Baptista, que criticou Rogério Ceni após o goleiro afirmar que o clube havia parado no tempo.

Como o goleiro se manteve fechado durante o mau momento do clube, não houve grande discussão sobre as possíveis celebrações e festividades para a sua aposentadoria, caso se confirme para este fim de ano. Uma das ideias da diretoria, no entanto, era um jogo amistoso com o Liverpool (ING), sobre o qual Ceni conquistou o Mundial, em 2005. Enquanto define o que fará quando encerrar a carreira como jogador, Rogério pensa no que fará após pendurar as chuteiras: o desejo dele é estudar para ser treinador, com possibilidade de se formar na Europa para a nova profissão.

Fonte: Uol

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