Juvenal brinca e se recusa a beber vinho lançado pelo São Paulo

A diretoria do São Paulo aproveitou a noite desta terça-feira, data de reunião do Conselho Deliberativo, para lançar uma edição limitada de vinhos do Porto no salão nobre do clube. Uma das coleções terá tiragem de apenas 1930 caixas, número que remete ao ano de criação do time. O preço varia de R$ 10.930 a R$ 30 mil.

Juvenal Juvêncio, mesmo visivelmente gripado, compareceu para participar apenas da assembleia. Antecessor e atualmente desafeto do presidente Carlos Miguel Aidar, ele chegou ao local depois do lançamento do produto, no momento em que os conselheiros foram convidados a um brinde de degustação. Chamado por um amigo, ele brincou. “Não, vai que me envenenam”, disse, rindo, o ex-mandatário, conhecido por ser bom apreciador de uísque.

Não foi somente o cuidado com a gripe que o fez recusar a bebida. Desde que foi tirado da diretoria por Aidar, Juvenal se tornou seu ferrenho inimigo político. E partiu diretamente do presidente atual a iniciativa de se associar a uma empresa especializada na exportação de vinhos portugueses, depois de uma viagem pelo país, para criar uma edição comemorativa limitada.

Divulgação/São Paulo FC

Carlos Miguel Aidar provou do vinho são-paulino, diferente do desafeto Juvenal Juvêncio (Foto: Igor Amorim)

Os vinhos do projeto são provenientes da Sogevinus, detentora da Kopke, marca de vinho do porto mais antiga do mundo. O estojo de madeira chamado de “Vinho da Fundação” (em referência a 1930), o qual inclui ainda duas taças e réplicas em cristal dos três troféus mundiais, tem valores variáveis de acordo com a numeração: 1 e 1930, R$ 30 mil; 2 a 9, R$ 20 mil; 10 a 99, R$ 15 mil; 100 a 1929, R$ 10.930. Há também outros três tipos mais em conta, em alusão ao tri mundial, custando cada um deles até R$ 193, em www.spfcvinhos.com.br.

“Um artigo muito especial para os fãs de vinho, história e futebol”, enalteceu Aidar (no material de divulgação à imprensa). Diferentemente dos oposicionistas que se negaram a fazer a degustação, o presidente passou muito tempo no memorial, depois de avisar que não conversaria com a imprensa.

Na reunião do Conselho, o principal tema a ser debatido seria os R$ 18 milhões a serem pagos para uma empresa com sede em Hong Kong como comissão pelo acordo com a Under Armour, nova fornecedora de material esportivo da equipe. Causou estranhamento na oposição não apenas o alto valor do repasse, mas a suposta falta de informações sobre o agente que teria intermediado o negócio.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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