Jogadores velhinhos viram protagonistas e fecham ano em alta

A proximidade dos 40 anos deixou de ser o fim da linha para os jogadores de futebol. Mesmo em idade avançada, muitos atletas esbanjam saúde, são requisitados por diversos clubes e exibem até ‘tanquinhos’ como Lúcio que, prestes a completar 35 anos, mostrou seu abdômen definido na apresentação no São Paulo. Os veteranos fecham 2012 em alta.

Neste ano, os clubes deixaram de buscar apenas jovens talentos e também valorizaram a experiência e liderança dos mais velhos que podem ser decisivos se mantiverem os cuidados com o físico e a saúde ao longo da carreira.

Um dos principais exemplos do futebol nacional é Rogério Ceni. Aos 39 anos, o ídolo do São Paulo admitiu ter dúvidas se voltaria a jogar em alto nível após uma grave lesão no ombro que o fez passar por uma cirurgia e ficar fora dos gramados por seis meses.

Na ativa desde a metade do ano, Rogério voltou à boa forma física rapidamente e se destacou no segundo semestre com boas defesas. Prova disso é que a defesa tricolor foi disparada a melhor do returno do Campeonato Brasileiro com 13 gols sofridos em 19 jogos. Grêmio e Bahia ficaram em segundo no quesito com 17 tentos levados.

Ceni se destacou mais uma vez por sua liderança e ajudou o São Paulo a conquistar a Copa Sul-Americana. Só não ergueu a taça para passar a honraria e a faixa de capitão para o meia Lucas que estava se despedindo do time. Por tudo isso, Ceni pôs fim mais uma vez aos rumores de sua aposentadoria e renovou seu contrato até o final de 2013, no último mês de novembro.

Quem também assumiu protagonismo foram os meias Zé Roberto, do Grêmio, e Juninho Pernambucano. O vascaíno se destacou em vários fundamentos no Campeonato Brasileiro e, mesmo com 37 anos, despertou o interesse de clubes estrangeiros. No fim do ano, anunciou o contrato com o New York Red Bulls para a disputa da Major League Soccer, a liga profissional dos Estados Unidos
Além de fazer dois gols de falta no Brasileirão, Juninho foi o segundo jogador com maior número de assistências no torneio. Foram nove em 29 jogos ao lado de Jadson, do São Paulo, e Bernard, do Atlético-MG. Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG, é o líder com onze passes para gols.O meia também está entre os melhores na média de cruzamentos e é um dos mais acionados da competição , em 16º lugar. São 29,7 bolas recebidas em 29 jogos.

Já com 38 anos, Zé Roberto é o principal pensador do time gaúcho e foi fundamental para que a equipe conquistasse a vaga na Libertadores, chegasse às quartas da Sul-Americana e à semifinal da Copa do Brasil. Mesmo com idade avançada, não sofreu com lesões e participou da maior parte dos jogos.

Situação semelhante vive Clarence Seedorf, no Botafogo.  Mesmo na reta final da carreira com 36 anos, chegou com festa digna de astro de cinema e um salário astronômico. Em campo, comprovou sua liderança e teve grande importância por sua técnica. Mostrou disposição e categoria para dar assistências e marcar oito gols no Brasileirão.

Há ainda os veteranos que nem chegaram a brilhar na última temporada, mas estão sendo disputados por vários clubes no mercado. Lúcio fez apenas quatro jogos na temporada com a camisa da Juventus e ainda assim o São Paulo não poupou esforços para tê-lo.

O zagueiro terá regalias e fez a diretoria correr atrás de dois patrocinadores. O São Paulo quer dar ao jogador o mesmo carro que o atleta tinha na Itália e, por isso, fechou parceria com a Eurobike, loja de automóveis de luxo. Para ajudar a bancar o salário que chegará bem perto do teto salarial do clube, o São Paulo também contará com a ajuda da Visa.

O caso não é exclusividade do holandês. Gilberto Silva não fez uma temporada brilhante no Grêmio, mas foi requisitado no fim do ano e acabou fechando com o Atlético-MG.  O volante que também atua como zagueiro só não foi titular durante todo o ano porque sofreu com lesões. A torcida do Grêmio gostava muito do jogador e até hoje reclama de sua saída.

Fonte: Uol

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