Greve e decisões motivam esquema especial do São Paulo na Argentina

Uma greve geral na Argentina mudou os planos da Conmebol e do São Paulo para o jogo com o Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana. A data do confronto, inicialmente marcado para quinta-feira (6 de abril), foi adiantada para esta quarta (5 de abril) em razão do movimento. Por precaução e de olho nas decisões que terá pela frente, o Tricolor “fugirá” da greve com um voo fretado.

O jogo será às 19h15, na Fortaleza do Lanús, estádio a quase 30 km do Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires. A distância é percorrida em aproximadamente 50 minutos. A partida acabará por volta de 21h15, e o voo de volta ao Brasil sairá às 23h45 da Argentina.

Delegação do São Paulo irá do estádio direto para o aeroporto (Foto: Marcelo Hazan)Delegação do São Paulo irá do estádio direto para o aeroporto (Foto: Marcelo Hazan)

Delegação do São Paulo irá do estádio direto para o aeroporto (Foto: Marcelo Hazan)

Um ônibus vai esperar a delegação do São Paulo para sair direto do estádio rumo ao aeroporto. Tudo para não ficar no país até sexta-feira, pois praticamente nenhum serviço funcionará na quinta, dia da greve geral.

Além da paralisação, a sequência de decisões motiva a logística tricolor. No sábado, o time enfrentará o Linense, no Morumbi, em jogo de volta das quartas de final do Paulistão. No primeiro duelo, a equipe de Rogério Ceni venceu por 2 a 0.

Caso avance, as semifinais estão marcadas para os dias 16 e 23, e as finais serão disputadas nos dias 30 de abril e 7 de maio. Também há o Cruzeiro pela quarta fase da Copa do Brasil: nos dias 13 de abril (Morumbi) e 19 (Mineirão).

A greve desta quinta-feira é organizada pela Confederação Geral de Trabalho (GCT), grupo de central sindical da Argentina, em protesto às políticas econômicas do governo do presidente Mauricio Macri. Apesar de os sindicalistas estarem à frente da greve, o próprio povo pediu uma paralisação geral, durante uma passeata pacífica feita há algumas semanas em Buenos Aires.

Segundo o jornal “Pagina 12”, a versão da parte governista é de que fica “difícil entender os motivos da greve, quando se está recuperando o emprego e aos poucos a economia”. Também se diz que há motivações de setores políticos defendendo projetos do passado. O ministro da Cultura, Pablo Avelluto, disse esperar que “quem quiser ir trabalhar possa fazê-lo”.

Do lado dos sindicalistas há o pedido por recuperação de empregos perdidos, da indústria e do comércio. “Eles falam que há mais trabalho, mas são todos pequenos autônomos ou empregados de famílias que voltaram a ser tributados (…). O que nós queremos é que haja mais empregos de verdade”, disse Juan Carlos Schmid, um dos condutores da CGT. Ele sinaliza que os trabalhadores perderam direitos adquiridos básicos.

Fonte: Globo Esporte

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