Gratidão ao SPFC, à família e nova posição: Breno confirma volta por cima

Em 2007, o São Paulo conquistou o Campeonato Brasileiro e, na defesa, despontava um jovem zagueiro, de apenas 18 anos. Eleito o melhor da sua posição, a revelação do torneio, Brenoacabou negociado com o Bayern de Munique, da Alemanha. Pela seleção brasileira, ainda foi bronze nas Olimpíadas de Pequim.

No entanto, pouco aproveitado no futebol alemão, a vida de Breno mudou. Em 20 de setembro de 2011, sua casa em Munique pegou fogo. No ano seguinte, o zagueiro foi condenado a três anos e nove meses de prisão. Então, foi recontratado oficialmente pelo São Paulo, que passou a ajudá-lo. No entanto, em agosto de 2013, o jogador foi liberado para voltar a trabalhar, em regime semi-aberto. A liberação definitiva veio em dezembro de 2014.

Breno São Paulo (Foto: Marcello Zambrana/Agif/Estadão Conteúdo)Breno voltou a atuar pelo São Paulo em agosto (Foto: Marcello Zambrana/Agif/Estadão Conteúdo)

De volta ao São Paulo em 2015, Breno passou por treinamentos e lesões durante todo o ano e espera que a sua história se torne um exemplo, como revelou em entrevista exclusiva ao SporTV.

– Sou um exemplo para muitas pessoas em relação à bebida alcoólica. Gosto de citar esse assunto. A bebida alcoólica é uma droga. Quase acabou com a minha vida e com a da minha família. Para todos que conhecem minha história, sou sim um exemplo – disse Breno.

Depois de oito meses de trabalho, o zagueiro voltou a jogar uma partida profissional, curiosamente, como volante. Foi no empate por 1 a 1 contra o Corinthians, no dia 9 de agosto. Breno entrou em campo aos 13 minutos do segundo tempo, no lugar de Hudson. E espera retribuir em campo todo o apoio do Tricolor.

– Foi uma emoção. Eu não estava imaginando que ia entrar, e como volante ainda. Quando ele me chamou, foi uma felicidade. A torcida toda vibrando foi muito legal. O que eu posso fazer é dentro de campo. O que eles fizeram por mim não tem explicação. Um time que faz isso por um jogador, é difícil encontrar. Eles não ajudaram só a mim, como a minha família toda.

Embora faça planos para o futuro, Breno garante: a principal motivação para seguir a carreira é a sua família.

– A minha esposa e meus filhos nunca deixaram de me apoiar nesse tempo difícil que eu passei. Faço por eles. Eu sei que, quando sair daqui e chegar em casa, vou ver o sorriso no rosto deles, estampado. Minha maior felicidade é minha família.

Confira outros pontos da entrevista com Breno:

Timidez e relacionamento com a imprensa

“Eu nunca fui muito chegado a dar entrevistas, sou muito fechado. Procuro dar poucas entrevistas. Eu não tenho por que não dar entrevistas, falar sobre as minhas coisas. Eu cometi um erro na Alemanha, eu paguei por esse erro e estou de cabeça erguida”

Readaptação ao Brasil e ao futebol

“O mais difícil foi a adaptação, fiquei muito tempo parado. Quando eu cheguei no São Paulo, eu tentava treinar, dava sequência de uma semana e tinha uma lesão”

Primeiro gol na volta ao futebol, contra o Avaí

“É a minha história. Eu estava de pé. Saí daqui como a revelação do Brasileiro. Lá aconteceu esse transtorno na minha vida. Eu caí, como foi contra o Avaí. O Marquinhos me deu um chute, e eu caí. Eu consegui levantar, como está acontecendo agora na minha vida, e fazer o gol da vitória”.

Relacionamento com o técnico Juan Carlos Osorio

“Como pessoa fora de campo, é fantástico. Dentro de campo, é um excelente treinador. É um treinador de time europeu mesmo. Ele vem com essa missão de colocar nosso time para jogar como na Europa. Ele está tentando adaptar essa função, e a gente está tentando pegar, fazer o que ele quer”

Objetivo: ser titular e voltar à Seleção

“Meu objetivo é me fixar como titular do São Paulo e pensar na Seleção. Qual jogador não quer estar na seleção brasileira?”

 

Fonte: Sport TV

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