Fora da decisão, Luis Fabiano vira coadjuvante e Wellington cresce

Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Luis Fabiano foi um mero coadjuvante na conquista da Copa Sul-americana. O experiente atacante, expulso na primeira final diante do Tigre, viu o jovem volante Wellington crescer ao longo do torneio continental.

A idolatria da torcida tricolor por Luis Fabiano é inegável, a ponto de levar 45 mil pessoas para sua apresentação oficial, realizada no Morumbi em 2011. Com 156 gols, o jogador é o sétimo maior artilheiro da história do clube, à frente de nomes como Leônidas, Raí, Pedro Rocha e Careca.

No entanto, o currículo do centroavante titular da Seleção na Copa de 2010 em termos de títulos não condiz com seu status no Tricolor. Antes de participar de forma discreta da conquista da Sul-americana, Luis Fabiano havia vencido apenas edição de 2001 do Rio-São Paulo – o contestado Richarlyson, por exemplo, é tri Brasileiro.

Se no Rio-São Paulo de 2001 Luis Fabiano marcou duas vezes na primeira final diante do Botafogo, na abertura do confronto com o Tigre ele tomou o cartão vermelho de forma infantil e perdeu a chance de ser ovacionado pelos milhares de tricolores na noite desta quarta-feira.

Com um total de 31 gols em 44 partidas (média de 0,7), Luis Fabiano terminou a temporada como maior artilheiro do São Paulo, apesar da série de lesões. Na Copa Sul-americana, no entanto, o centroavante marcou apenas uma vez, na goleada por 5 a 0 sobre a Universidad de Chile, pelas quartas de final.

Superado até mesmo pelo zagueiro Rafael Toloi, responsável por dois gols no torneio continental, Luis Fabiano foi substituído no jogo decisivo diante do Tigre por Willian José. Artilheiro do São Paulo na Sul-americana com três tentos, o atleta está de saída.

Formado nas categorias de base do Tricolor, o volante Wellington, 11 anos mais jovem que Luis Fabiano, mostrou um futebol de gente grande. Recuperado de uma grave lesão no joelho, ele ganhou a confiança do técnico Ney Franco e foi peça fundamental para o título sul-americano.

A eficiência de Wellington rendeu elogios de profissionais respeitados no futebol sul-americano, a exemplo do técnico Jorge Sampaoli, eliminado pelo próprio São Paulo na condição de defensor do título com a Universidad de Chile, e do meia Juan Roman Riquelme, tricampeão da Libertadores pelo Boca Juniors.

Para brilhar no meio-campo, Wellington contou com as orientações do ídolo Rogério Ceni. Aos 39 anos e de contrato renovado com o São Paulo, o veterano goleiro, após passar por uma cirurgia ombro, acrescentou mais um título à sua extensa galeria de troféus.

Fonte: Gazeta Esportiva

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