Ao contrário de Juan Carlos Osorio, seu antecessor no comando técnico do São Paulo, Doriva tentará ao máximo repetir as escalações da equipe. Foi isso o que o treinador disse na manhã desta quinta-feira, ao ser apresentado após seu primeiro dia de (enérgico) trabalho no CT da Barra Funda.

– Gosto de repetição, com time base. Temos um centro de reabilitação e científico. No momento adequado, quando for necessário trocar atletas, faremos. Mas não tenho hábito de ficar mudando. Com repetição, vem entrosamento, mas logicamente tem de colocar quem está 100% – justificou, não sem fazer elogios ao comandante colombiano.

– Tem coisas interessantes (do trabalho dele). O Milton (Cruz, coordenador e membro fixo da comissão técnica) trabalhou com ele e pode nos passar. Enfrentei o Osorio pela Ponte Preta e perdemos. Sem dúvida, vou conversar para pegar informações, e vamos manter o que for interessante – acrescentou.

Ao ser questionado sobre seus métodos de trabalho, Doriva aproveitou para falar de seus esquemas táticos prediletos.

– O treinamento tem um teor de jogo, para o atleta se adaptar e fazer as movimentações que usa no dia do jogo, dentro do esquema tático. Normalmente, uso 4-2-3-1, variando para 4-1-4-1. Às vezes, uso três volantes, mas é difícil. Depende do momento e dos atletas que tenho disponíveis. Gosto muito de trabalhar de forma intensa, mas sem atividade longa.

Em seu primeiro treinamento no novo clube, o ex-volante (campeão mundial com a camisa tricolor, em 1993) foi bastante enérgico. Falou o tempo todo e citou o nome de todos os jogadores em suas orientações. Ao final da atividade, conversou reservadamente com Milton Cruz e Rogério Ceni, que foi seu companheiro de equipe no início da década de 1990 e é apenas um ano mais novo.

O goleiro-artilheiro e ídolo são-paulino, de 42 anos, deve auxiliar bastante o novo comandante, como o próprio Doriva admitiu nesta quinta-feira.

–  A história dele é linda, maravilhosa. Conto com a ajuda dele. É um líder nato. Mesmo jovem mostrava esse potencial. É inteligente e diferenciado, sabe articular as palavras. Será um apoio importante com os jogadores. Com certeza, a gente vai dialogar com o Rogério, pela experiência que tem, todos momentos que viveu. Aí vamos tomar a decisão que entendemos ser a melhor para colocar uma equipe competitiva dentro de campo – comentou.