Rogério Ceni nunca gostou de ficar de fora de partidas: titular desde 1996, tem mais de 1200 jogos com a camisa do São Paulo e viu passarem pelo clube vários reservas, sempre com poucas oportunidades – Roger, Bosco, Denis. Aos 42 anos, está sendo forçado por uma lesão ligamento tíbio-fibular do pé direito a perder seus últimos jogos como profissional – e está sofrendo com isso.

No sábado, diante do Figueirense, é a última chance de atuar no Morumbi em uma partida oficial. No outro domingo, diante do Goiás, o último jogo antes do amistoso de despedida. Do desempenho nas duas partidas depende a classificação do time para a Libertadores de 2015, último legado vitorioso que Rogério pode deixar.

Não à toa, o goleiro são paulino tem se esforçado para estar em campo, mas tem sofrido. A cena já se repetiu nos últimos dois dias: o goleiro vai para o campo, e inicia o treinamento; depois de alguns minutos, sente dores e, visivelmente abatido, retorna ao Reffis para seguir atividades de recuperação.

São 28 dias de recuperação, com atividades no Reffis em dois períodos – em todo este tempo, Ceni só participou de meio treinamento. A dedicação é grande, mas o goleiro deve desfalcar a equipe no sábado.

“Rogério tem tentado, feito tudo que é possível, mas ele não consegue treinar e é o que precisa fazer. Realmente, o objetivo passa a ser recuperação para o jogo da semana que vem contra o Goiás”.

Ao longo dos próximos dias, Ceni certamente tentará ir a campo mais vezes. Com o final da carreira coincidindo com um ano conturbado no clube, com renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar, problemas financeiros graves e escandâlos, a vaga na Libertadores, de preferência estando em campo, é a última chance de um prêmio de consolação que traga um final menos amargo para sua grande carreira.

Após o fim do Brasileirão, o capitão são paulino terá um jogo comemorativo de despedida no dia 11 de dezembro, no Morumbi. Os ingressos já estão à venda.

Fonte: Uol