A temporada 2015 está apenas em maio, mas é certo que a eliminação na Taça Libertadores, com a derrota desta quarta-feira para o Cruzeiro, provocará mudanças dentro e fora de campo do São Paulo. Reforços vão chegar, outros atletas podem sair, e o presidente Carlos Miguel Aidar também colocará em prática algumas alterações que já tinha definido em sua cabeça, mas estava esperando o time definir sua vida no torneio sul-americano.

Apesar de considerar a base forte e em condições de brigar pelo título do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, a diretoria, mesmo com situação financeira ruim, vai atrás de novos jogadores. Um zagueiro é prioridade, já que Dória, que tem contrato de empréstimo até o final de junho, não irá continuar. O atleta sofreu com as lesões e, dentro de campo, não agradou.

Além disso, o Olympique de Marselha, que é dono de seus direitos, só o libera novamente mediante pagamento da rescisão, que é de R$ 30 milhões. A diretoria também irá atrás de um atacante, já que Alan Kardec está machucado e terá condições de retornar apenas em outubro.

Sobre saídas, o atleta mais visado é Rodrigo Caio. O São Paulo tem nas mãos uma proposta do Atlético de Madri de € 15 milhões (R$ 51 milhões), sendo € 10 milhões à vista (R$ 34 milhões) e € 5 milhões (R$ 17 milhões) por cláusulas de produtividade. Essa oferta já foi recusada por Aidar, mas os representantes do atleta dizem que as conversas continuam. Paulo Henrique Ganso foi sondado pelo Cruzeiro, mas o mandatário tricolor diz que só libera o atleta para o exterior.

A diretoria também quer aproveitar o mês de maio para definir a permanência de Michel Bastos. O camisa 7, que voltou a atuar diante do Cruzeiro após se recuperar de dengue, é considerado prioridade número um pela diretoria.  Os salários estão acertados e o novo acordo será de três temporadas.

Em compensação, Luis Fabiano não terá o seu contrato renovado. O camisa 9, que atualmente é reserva, cumprirá seu vínculo até 31 de dezembro e será liberado para seguir sua carreira. O Fabuloso tem sondagens de equipes do Brasil e do Oriente Médio, mas a tendência é que ele acerte com o Orlando City, time de Kaká.

Sobre técnico, nenhuma novidade. Até porque a bola da vez é Jorge Sampaoli, comandante do Chile, que só poderia assumir após a Copa América. Enquanto isso, Milton Cruz seguirá no banco. Na diretoria, o gerente de futebol, Gustavo Vieira de Oliveira, corre risco.

O time mal terá tempo para assimilar a eliminação da Libertadores. No domingo, o Tricolor voltará a jogar pelo Campeonato Brasileiro, diante da Ponte Preta, em Campinas, às 18h30. A tendência é que Milton Cruz escale força máxima para essa partida.

Fonte: Globo Esporte