O São Paulo bateu Figueirense (3 a 1) e Cruzeiro (1 a 0), no Morumbi, chegou aos 34 pontos e se afastou da zona de rebaixamento. Foi a primeira vez que o time venceu duas seguidas nesta edição do Campeonato Brasileiro. Os resultados coincidem com a chegada do diretor-executivo Marco Aurélio Cunha ao Tricolor. Efeito do seu trabalho ou apenas uma coincidência?

– Pode ser que tenha de tirar a pressão deles, de vir um cara que dialoga, enfrenta a dificuldade, fala com a mídia e não mente. Não quero dizer que outros mintam, mas eu não sei mentir. Enfrento os problemas e aponto os defeitos. Hoje (quinta-feira) conversei com alguns no vestiário sobre algo do segundo tempo. Tirar o peso foi legal, acreditar nos caras… o Wesley. Eu falei, conheço, não é possível que um jogador desse nível não sirva. Temos de apostar nos caras que têm bola e eles entram na linha do trabalho profissional. Às vezes o cara dá uma largada porque não vê os outros fazendo – disse Marco Aurélio.

Substituto de Gustavo Vieira de Oliveira na função, o dirigente disse crer no futebol coletivo para que as qualidades individuais apareçam, como o chute decisivo de Wesley contra o Cruzeiro.

– Você ganha com talento de um ou dois, e defende com a força e a coragem de todos. Esse é o meu futebol. Meu São Paulo é um São Paulo coeso, que não deixa espaço, luta por toda bola e erra, claro, mas não deixa passar oportunidade. Estou feliz. Colaboro como mais um, que tem outro tipo de postura, de conhecimento. Alguém que vai lá e dá um caminho. O jogador não quer oba-oba… “Ou, vamos lá”. Ele quer alguém que diga o que está precisando fazer. E aí as coisas caminham melhor – afirmou.

Antes de voltar ao São Paulo como dirigente, Marco Aurélio disse que notava um time lento, com cada jogador querendo decidir individualmente, e muita posse de bola improdutiva. O objetivo daqui para frente é manter o mesmo nível de competitividade. O próximo adversário é o Atlético-PR, domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba.

– Ele tem a cara do São Paulo. Não estou falando do Marco Aurélio de hoje, não. Desde quando eu era adversário do clube. Médico, depois dirigente… Ele faz parte da mobília – disse Ricardo Gomes.

Fonte: Globo  Esporte