“É natural que se solte mais dentro de alguns dias. Ele vem fazendo aulas de português, está tentando falar sempre lentamente para entendermos ele. É um treinador diferente de tudo que já vimos no Brasil. Conversa bastante, tem uma interatividade com o jogador. Torcemos muito que dê certo porque pode trazer muito para o São Paulo”, disse.

Segundo o volante, quando Osorio encontra dificuldades com alguma palavra, pergunta ao elenco. Não cansa de repetir instruções e evita distanciar-se dos atletas com postura autoritária.

“Ele é muito humilde. É uma virtude clara que tem. Quer aprender, está tentando a língua no dia a dia. Pergunta para nós jogadores quando não entende alguma palavra. O treinador muitas vezes se distancia do grupo. Ele não. Pede para sentar-se à mesa. É um cara educado e humilde”, comentou. “Ele está sempre perguntando (palavras), fala em espanhol e sabemos mais ou menos em português. Daí ajudamos. Pelota, é bola, é um exemplo que ele já se corrige quando fala”, completou.

Assim, o treinador colombiano ganha a confiança dos jogadores mesmo com pouco tempo de trabalho. Se iguala aos atletas, na avaliação do marcador, e recebe repetidos elogios. Rogério Ceni e a direção do clube já foram vozes elogiosas ao técnico.

“Para mim, isso (humildade) deveria ser regra. Mas cada treinador tem seu método de trabalho. Alguns acham que a distância impõe respeito. Mas acho que o dia a dia, o trabalho, isso é que dá respeito ao treinador. Não se criando distância. Era para ser regra, mas nem todos fazem”, disse. “Ele lê muitos livros, explica os treinamentos, é inteligente. Isso tudo é diferente de tudo que vimos aqui. Eu fico muito satisfeito porque sempre dá exemplos do jogo nos treinamentos. Mesmo sem falar português, entendemos os trabalhos dele”, finalizou.

O São Paulo se prepara para pegar a Chapecoense no próximo sábado (13), às 16h30 (horário de Brasília), em Santa Catarina. Será o segundo jogo de Osorio no comando do time. Na estreia, venceu o Grêmio por 2 a 0.