Diante das câmeras, Aidar bate papo rápido e dá a mão a Muricy

A relação polêmica entre o presidente e o técnico do São Paulo teve um cessar-fogo nesta terça-feira. Carlos Miguel Aidar apareceu no CT da Barra Funda e, ao final do último treino da equipe antes de enfrentar o uruguaio Danubio, conversou rapidamente com Muricy Ramalho diante das câmeras, quase debaixo de chuva.

O papo não durou nem um minuto. Aidar estava sentado no banco de reservas – juntamente com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o gerente executivo de futebol, Gustavo Vieira – quando o treinador encerrou a atividade e se dirigiu a eles. Após cumprimentar todos, ele foi puxado de lado pelo mandatário, que dominou a conversa reservada, enquanto o comandante do time apenas ouvia.

Por fim, Aidar cumprimentou Muricy, despediu-se e caminhou para a parte administrativa do CT com um guarda-chuva. O treinador, por sua vez, deu meia volta, enfrentou a chuva e se juntou aos atletas no vestiário.

No início do ano, o presidente do São Paulo cobrou Muricy por títulos, através da imprensa, alegando ter dado a ele as contratações pedidas depois do vice-campeonato brasileiro de 2014. A pressão não caiu bem, e desde então o técnico tem dado indiretas e reclamado que a cobrança pública não agrega ao seu trabalho. No sábado, um dia depois de a principal torcida organizada do clube ter pedido sua saída em redes sociais – e voltado atrás – por conta da dura derrota para o Corinthians na estreia da Copa Libertadores, foi ainda mais incisivo na indireta.

“Comecei aqui com nove anos. É minha segunda casa, praticamente, ou minha primeira, porque fico mais aqui do que em casa. A torcida sabe o trabalho que desenvolvo aqui, é muito grata. É que, às vezes, há pessoas que querem fazer o torcedor pensar diferente. Estou há muitos anos neste clube, conheço tudo. Qualquer movimento que se faça aqui dentro eu sei, e eu não gosto dos movimentos. É muito difícil essas pessoas fazerem a cabeça do torcedor, mas elas tentam. Estou atento a tudo isso aí, estou ligado”, comentou.

Na segunda-feira, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o dirigente pôs panos quentes à arrastada polêmica. “A última palavra cabe ao presidente, e ele só deixará o São Paulo se quiser. Da mesma forma que pedi pela contratação do Muricy, prezo pela permanência. Inclusive, nesta terça-feira, comparecerei ao treino da tarde para dar um abraço nele”, disse. Promessa cumprida, fica a dúvida de como será a relação a partir de agora.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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