Desafio de técnico é apagar sombra de Lucas e manter Jadson em alta

“Não podemos ficar reféns de Lucas”. A frase de Ney Franco foi dita ainda no ano passado, assim que confirmada a ida do atacante para o Paris Saint-Germain, da França. Até hoje, o desafio permanece na equipe do Morumbi e o problema só aumenta com o fracasso na negociação com Eduardo Vargas, considerado substituto ideal do camisa 7. Junto com isso, o trabalho será manter Jadson como grande garçom da equipe.

Durante toda a pré-temporada, Ney Franco já tem trabalhado o time em outra formação. Ele abandonou o 4-3-3 que foi campeão da Sul-Americana, com Osvaldo e Lucas aberto nas pontas e Luís Fabiano centralizado, para o 4-2-3-1, com o camisa 9 isolado à frente, recebendo suporte pelos lados de Osvaldo e Jadson e, pelo centro, de Paulo Henrique Ganso.

No campo, a formação imita um losango e foi a alternativa encontrada por Ney Franco especialmente pela necessidade de mais uma peça de reposição para o setor. Até por causa disso, o comandante prevê muito trabalho para ajustar sua nova formação tática.

“O time não está pronto. A gente tem muito a trabalhar na formação dessa equipe. Com erros e acertos em alguns momentos vamos ajustando. Vamos cometer erros no jogo de estreia no Paulista, vamos cometer erros no primeiro jogo da Libertadores, mas temos que diminuir cada vez mais isso”, afirmou o treinador.

“Não adianta querer jogar com três atacantes se não tenho as peças para jogar dessa forma. O time está se ajustando posicionada em losango. É a forma como fui campeão mineiro com o Ipatinga, em cima do Cruzeiro, no Mineirão. Se vierem atacantes, podemos ter uma variação”, completou.

Com o deslocamento de Jadson, há o receio de que ele volte a cair de produção, assim como foi quando atuou quando o técnico era Emerson Leão. Depois de ser centralizado, ele comemorou  a mudança e passou a render mais. No fim, terminou o ano como líder de assistências da equipe.

Até por isso, Jadson já tentou avisar que não conseguirá substituir Lucas, especialmente pela falta de velocidade. O jogador avisou que “é meia, e não ponta”. Seu companheiro de posição Paulo Henrique Ganso foi outro que já avisou que não precisará tirar o camisa 10 do centro e que eles vão se revezar entre cair nos lados do gramado e fazer um ataque mais vertical.

“O Jadson não vai se sacrificar. A gente vai mudar de posição durante toda a partida. Nós vamos nos ajudar dentro de campo justamente para não ter esse tipo de sacrifício na equipe. Essa mudança de posição dá para conciliar, sim. Essa forma de jogar com o Jadson dá para ajudar a equipe na hora de armar os ataques e até ficar mais próximo da área para marcar gols”, amenizou o “Maestro”.

O primeiro oficial teste de Ganso, Jadson e companhia acontece no dia 19 de janeiro, no Estádio do Morumbi, na estreia do Paulistão, diante do Mirassol. A grande prova, no entanto, está marcada para o dia 23 do mesmo mês, no mesmo palco, diante do Bolívar, na pré-Libertadores.

 

Fonte: Uol

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