A segunda cirurgia no joelho direito do meia-atacante Daniel, realizada na última quinta-feira, foi consequência de uma queda em sua casa. Ele havia rompido o ligamento cruzado anterior quando defendia o Botafogo. Estava em recuperação quando sofreu o acidente. O fato foi determinante para definir o futuro do jogador, cobiçado por São Paulo e Palmeiras.

Depois de cair, Daniel sentiu muitas dores no local operado e procurou, por conta própria, um médico em Belo Horizonte – o jogador nasceu em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais. Um exame foi realizado e constatou a necessidade de corrigir o ligamento.

Daniel chegou a negociar com o Palmeiras, mas o clube, com pressa para formar um elenco quase totalmente novo, já que optou por uma reformulação total depois da péssima campanha no último Campeonato Brasileiro, não quis esperar por sua recuperação. O meia avisou que, provavelmente, um novo procedimento cirúrgico seria necessário.

O São Paulo, por sua vez, achou que valeria a pena, pelo baixo custo da contratação e por se tratar de um jogador de 20 anos, para uma posição com poucas opções (meia ofensivo veloz). Quando Daniel assinou contrato, no dia 27 de dezembro, o departamento médico e a diretoria de futebol, realmente, já sabiam que ele teria de ser operado novamente.

Na ocasião, o clube entendeu que seria melhor esperar a data da cirurgia para torná-la pública, até para preservar seu reforço de maiores desconfianças. Depois, entretanto, espalhou-se uma versão de que Daniel teria sofrido um acidente caseiro durante a virada de ano, após a assinatura do contrato. Então, o São Paulo tratou de esclarecer que sabia desde o início. Além da reconstrução do ligamento, foi feita uma sutura no menisco do jogador, que só deverá voltar a atuar no segundo semestre.

Enquanto estiver no Reffis, Daniel não receberá o salário integral. Por conta de uma cláusula no contrato o atacante concordou em receber “uma remuneração mínima” enquanto estiver em recuperação.

Fonte: Globo Esporte