Como Cuca quer que Pato jogue enquanto aguarda um novo ‘9’

Cuca pediu à diretoria do São Paulo que contrate um centroavante capaz de ganhar disputas pelo alto com os zagueiros, a chamada “bola longa”, e que faça o trabalho de pivô, jogando de costas para o gol e segurando a bola para a chegada dos meias ou dos atacantes de velocidade. Mas não é isso que o técnico espera de Alexandre Pato, utilizado como um “9” nos dois últimos jogos.

– O que eu peço para o Pato é para que ele flutue entre as linhas do zagueiro e do volante, que ele não jogue de costas, que tente buscar essa infiltração. O gol dele contra o Cruzeiro foi um gol assim – explicou Cuca.

O técnico não enxerga em Pato as características de um centroavante de referência e, em conversas com o jogador, ouviu dele que essa não é a posição em que mais se sente à vontade. Em partidas anteriores, o camisa 7 foi utilizado na posição de meia centralizado e também pelo lado esquerdo do campo, enquanto Cuca tentava fazer de Toró uma referência.

Após a má atuação que teve no clássico contra o Corinthians, Pato começou na reserva contra o Bahia, pela Copa do Brasil, e foi acionado no intervalo na vaga de Everton. Ele entrou como centroavante, com Helinho e Toró pelas pontas. Diante do Cruzeiro, os pontas foram Toró e Vitor Bueno, com Pato novamente mais avançado. Ele foi bastante acionado no primeiro tempo e marcou o gol da equipe no empate por 1 a 1, mas Cuca não gostou de seu desempenho na etapa final, muito em função da mudança de postura do restante da equipe.

– Nós temos que oferecer uma bola diferenciada para ele. Por exemplo, não adianta ficar lançando bola direta do zagueiro ou do goleiro para ele. A gente tem que ter a saída de jogo, para que ele venha da figura do 9 para a figura do 10 para fazer a jogada, como ele estava fazendo lá na Bahia até a gente tomar o gol, como fez em parte do primeiro tempo contra o Cruzeiro… No segundo tempo não conseguiu, a gente espetou muito a jogada direta, que não é o que a gente queria, nem o que a gente treina e nem o que a gente pede. Que a gente tenha uma saída de bola melhor, de trás para a frente, para facilitar o trabalho dele.

O centroavante que o técnico pediu à diretoria é o argentino Juan Dinenno, do Deportivo Cali (COL), que custa mais que R$ 11 milhões. Uma alternativa analisada pelo clube é Ricardo Oliveira, do Atlético-MG. E ainda tem Pablo, que se recupera de cirurgia na lombar e só volta depois da Copa América.

A tendência é que Pato ainda seja o centroavante do São Paulo nas partidas contra Avaí e Cruzeiro, as duas últimas antes da parada. Depois, até pela evolução física que se espera do atleta, que sofre para se adaptar após retornar da China, ele deve ser escalado com mais frequência para flutuar atrás do “9”, seja ele quem for.

 

Fonte: Lance

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