Como apoio, técnico cita sucesso dos ‘perseguidos’ Casemiro e Lucas

Como Luis Fabiano estava suspenso, os maiores alvos que estavam em campo entre os insultos da torcida do São Paulo eram Casemiro e Lucas. E ambos sentiram o baque dos xingamentos com atuações apáticas, principalmente do meia-atacante na derrota para a Portuguesa. A partir de terça-feira, Emerson Leão iniciará um trabalho de recuperação psicológica com base em um fato: ambos são jovens e já têm sucesso.

Os dois acumulam convocações para a SeleçãoBrasileira principal e Lucas já foi até titular, marcando gols. E a dupla tem nome certo entre os convocados para as Olimpíadas. Tudo isso com pouca idade – o camisa 7 tem 19 anos, um a mais do que o colega do meio-campo. Por isso, devem ressaltar seus valores nas partidas.

“Um atleta jovem, de talento e da Seleção Brasileira tem que se sentir absolutamente contente com o que conseguiu até agora e externar esse contentamento através de um bom futebol”, disse o técnico sobre Lucas, que foi chamado de mentiroso por não mostrar o potencial que se esperava e também de Marcelinho, sua alcunha ao se profissionalizar por ser parecido e ter treinado em uma escolinha do ídolo do Corinthians.

O abatimento de Lucas se tornou evidente com sua caminhada lenta ao ser substituído na derrota para a Portuguesa e em declarações no Twitter para admitir a dificuldade de lidar com as cobranças, escrevendo “Tá osso”. “Às vezes uma afobação pode resultar em uma jogada errada, uma noite desagradável. Não sei se o Lucas sente mais os apelos da torcida de uma forma negativa. Mas entendo que torcida é para o positivo, não para o negativo”, indicou Leão.

O mesmo serve para Casemiro. O volante foi quem teve mais cânticos de cobrança no Canindé, a maioria acusando-o de só se preocupar com dinheiro e ser baladeiro. O meio-campista até conseguiu fazer alguns cortes, mas ficou nervoso com os insultos, recebeu cartão amarelo por falta dura e foi sacado, sendo xingado mesmo enquanto estava no banco de reservas.

 

“Tirei o Casemiro porque tomou cartão amarelo. Sei o temperamento do Casemiro, corríamos risco de ficar com um a menos. E estou cansado de ficar com um a menos em todo segundo tempo, por isso o resguardei”, explicou o técnico, lembrando que um clube europeu ofereceu 8 milhões de euros pelo camisa 28 em janeiro e o presidente Juvenal Juvêncio lhe deu novo voto de confiança ao recusar a proposta.

“O Casemiro é jogador de Seleção Brasileira, foram recusados, me parece, R$ 17 milhões por ele. É jogador de futuro do Brasil, jovem ainda. Não pode se importar com o número de gente que esteve no Canindé. Vamos apoiá-lo”, prometeu Leão, com pedidos de calma ao garoto. “Não é só o jovem, o velho também às vezes desacostuma, mas temos que estar acostumados e reagir. Não reagir agressivamente, mas com inteligência”, ensinou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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