Com 3ª zaga mais alta do Brasileiro, São Paulo tomou 40% dos gols em jogada aérea

O São Paulo tem a terceira zaga mais alta deste Brasileiro. Mesmo assim, 40% dos gols que o time tomou foram pelo alto, de cabeça. A taxa é duas vezes maior que a média da competição, na qual apenas 20,6% dos tentos foram feitos de cabeça. Rhodolfo, João Filipe e Rafael Toloi têm média de altura de 1,89 metros. Os três devem formar a retaguarda são-paulina neste domingo contra o Flamengo, às 16h, no Morumbi.

A zaga do São Paulo só não é maior do que as de Atlético-MG e Cruzeiro. Os mineiros sofreram menos gols de cabeça (25% e 20%, respectivamente). No caso do São Paulo, tamanho não é documento. Curiosamente, quatro dos cinco jogadores que venceram disputas pelo alto e estufaram as redes tricolores, são mais baixos do que a média de altura dos zagueiros do São Paulo. O time conseguiu tomar do atacante Mazinho, do Palmeiras, que cabeceou do alto de seu 1, 65 m.

Rhodolfo, com 1,93 m, é o zagueiro mais alto entre todos os com previsão de titularidade na 13ª rodada do Nacional. Ele empata nesse quesito com Rafael Donato, do Cruzeiro, que já fez dois de cabeça no time Morumbi.

Os números deixam claro que algo está errado no posicionamento da defesa tricolor. O técnico Ney Franco admitiu que uma falha de marcação permitiu o gol do “baixinho” Marino (1,82 m) na última partida contra o Atlético-GO. “Tínhamos um esquema de marcação para o número 5, mas não deu certo”, disse o treinador na semana passada.

Os erros foram percebidos também pelo goleiro Rogério Ceni, que será a grande atração da partida deste domingo. Ele se recuperou de uma cirurgia no ombro, feita há seis meses, e jogará pela primeira vez no ano. Sua atuação não se resume apenas a guardar a meta são-paulina. Ele também costuma orientar os companheiros de defesa para fazê-los achar o melhor posicionamento em campo.

“A visão de jogo da minha posição é muito privilegiada”, afirmou o goleiro na última sexta-feira. “Pode ter o melhor zagueiro do mundo, e o São Paulo tem bons zagueiros, mas não é apenas isso. É necessário você se posicionar bem. Futebol se ganha muito na garganta. Falar é algo importante demais. Como sou mais velho, tenho obrigação de orientar. No gol, tenho a visão real do jogo e o que precisa ser feito para manter o bom posicionamento em campo”.

A esperança no Morumbi é que Rogério Ceni ajude também no balanço defensivo do time.

Os problemas de posicionamento nas jogadas aéreas têm relação também com o pouco entrosamento que existe entre os zagueiros. A dupla que defende a área tricolor vem mudando desde o início do ano. Pela posição já passaram cinco atletas. Rafael Toloi, por exemplo, foi recentemente contratado e não conhece seus companheiros tão bem.

Fonte: Uol

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