Ceni treinador? Osorio o fez ver que tarefa é mais difícil do que imaginou

Rogério Ceni se aposentou do futebol profissional. Terá seu jogo de despedida na próxima sexta-feira (11), no Morumbi. Para quem pensa que o futuro do goleiro ídolo do São Paulo é ser treinador da equipe, no entanto, engana-se. Pelo menos por enquanto, Ceni não vai se aventurar à beira do gramado por ser muito difícil ser comandante, o que ele percebeu quando Osorio trabalhou no São Paulo, como declarou ao Bola da Vez da ESPN nesta terça (08).

“Quando o Osorio chegou no São Paulo, eu achei que estava preparado para ser treinador, mas daí ele (Osorio) chegou e eu vi os treinos, o quanto era difícil. Não falo da formação das equipes, mas no dia a dia”, comentou Rogério. “Acho que tem muita coisa para aprimorar, mas dentro no dia a dia, no treinamento, eu tenho que tirar o chapéu para o cara”, analisou.

Ceni ainda elogiou o colombiano. “Era um cara ousado. Colocava 4 contra 4 na área. Tomamos muitos gols e perdemos também, mas o conceito dele foi encantador e foi uma das pessoas que me fascinou no futebol”, disse. “Eu achava que o São Paulo poderia vencer a Libertadores, eu achei que durante o Campeonato Brasileiro, com o Osorio, eu via a possibilidade do título brasileiro, coisas que se desfizeram no caminho”, completou.

O assunto ainda girou por muito tempo sobre a possibilidade de Rogério ser treinador. Ceni ressaltou que não treinaria nenhum time paulista que não fosse o São Paulo e que treinaria o clube que defendeu por anos e virou ídolo, por amor. “Se eu for treinador do São Paulo, queria ser pela glória e não pelo dinheiro”, opinou.

Elogios também a Muricy

Ainda no programa, Rogério Ceni fez questão de exaltar o trabalho de Muricy Ramalho, com quem trabalhou entre 2006 e 2009 – período em que o São Paulo conquistou tricampeonato brasileiro consecutivo. “É um treinador que tenho muito carinho, foi muito importante para a minha carreira. “O time, nesse tempo, teve uma mesma concepção de jogo”, declarou.

Sobre os times dos três títulos, avaliou o de 2006 como o melhor, apesar de o de 2007 ter tido maior folga para conquistar o caneco.

Ceni seguiu avaliando as equipes que participou. Para ele, o de 2005, campeão da Libertadores e Mundial, foi que teve “mais alma”. O de 1992, liderado por Raí, contudo, foi eleito o melhor.

“Na frente começava a fazer diferença”, disse ele, depois de escalar o sistema defensivo. “Cerezo ou Leonardo. Raí, Muller, Palinha… O time não tinha centroavante, mas tinha muita variação. O Raí, meia de penetração, fazia muito gol”.

Amigos no futebol 

Rogério Ceni ainda destacou que tem muitos amigos no futebol e citou Lugano como um deles. “Lugano é meu amigo. Eu não falo há um bom tempo com  ele, mas ele é meu amigo, porque quando ele chegou no São Paulo e dividiu a bola no Barradão, ele estava com um corte, eu falei e ele disse que não tinha problema. 99% dos caras que trabalhei tenho o maior orgulho de trabalhar com esses caras”, falou Rogério.

 

Fonte: Uol

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*