Ceni revê ‘amigo’ Valdivia em possível último duelo contra Palmeiras

Ídolo maior dos são-paulinos, o experiente Rogério Ceni dificilmente sai do sério. O goleirode 39 anos costuma se irritar apenas com alguma marcação da arbitragem que tenha sido errada em seu ponto de vista ou então com Valdivia. O chileno do Palmeiras, o qual ele reencontrará neste sábado, é talvez o único adversário que o incomode no Brasil.

A relação entre eles ficou ruim a partir da segunda semifinal do Campeonato Paulista de 2008, quando o meia fez o segundo gol da vitória por 2 a 0, no Palestra Itália, e se aproximou dele colocando o dedo na boca, como se estivesse o mandando ficar em silêncio.

Ainda durante a comemoração, Valdivia levou um empurrão do zagueiro Miranda e foi até a lateral dançar junto aos torcedores. Instantes depois, em meio a uma confusão no meio-campo, com as luzes do estádio apagadas, Ceni empurrou o rosto do palmeirense, que ironizou a atitude assim que definida a vaga na decisão. “Foi um tapa de amizade”, disse.

Acervo/Gazeta Press

Relação ruim se iniciou quatro anos atrás

O desgaste se comprovou anos mais tarde. Em novembro passado, durante o intervalo de um clássico pelo Campeonato Brasileiro, no Pacaembu, o camisa 1 voltou a se desentender com o chileno por achar que ele havia retardado cobrança de tiro de meta alegando contusão inexistente na pequena área.

 

Desde então, os dois times se enfrentaram mais duas vezes, ambas em 2012. Na primeira delas, ambos estavam contundidos. Na mais recente, já recuperado, Valdivia participou de empate por 1 a 1, tendo desperdiçado cobrança de pênalti diante de Denis, substituto de Ceni. O novo encontro com o Palmeiras, neste sábado, poderá ser também o último, já que seu contrato termina em dezembro.

“Pode ser minha última temporada”, confirma o goleiro-artilheiro, que tem o rival alviverde como sua maior vítima. Dos 103 gols na carreira, sete foram sobre o Palmeiras – a segunda equipe mais vazada por ele é o Cruzeiro, seis vezes. Se depender dos seus votos, o rival não terá sorte novamente no Morumbi.

“Acho completamente possível que o Palmeiras saia da zona de rebaixamento. Mas espero que ele consiga seus êxitos depois da próxima rodada, porque senão não nos aproximaremos do G-4. Que o Palmeiras tenha toda sorte do mundo, mas depois de sábado”, comentou.

“Em clássico, não tem posicionamento de tabela. O Palmeiras tem suas virtudes, trocou o treinador, o que psicologicamente se faz favorável. Tem em sua bola parada grande parte do desempenho dos gols. É um time consistente, brigador, alto, forte. As duas equipes precisam vencer, empate não ajuda ninguém”, concluiu o ‘amigo’ de Valdivia e algoz alviverde.

Fonte: Gazeta Esportiva

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