Cem vezes Brasil: Seleção enfrenta Camarões por vaga em jogo histórico

Os brasileiros já rezaram por Preguinho, Leônidas, Ademir, Pelé, Zico, Romário, Ronaldo, Neymar… Já secaram iugoslavos, suecos, tchecos, italianos, alemães, franceses… Já gritaram gol ao som do rádio, em frente à televisão, agora com a imagem e as informações da internet. Milhões de famílias já se reuniram para torcer pela Seleção de branco, azul, amarelo… Um ritual repetido a cada quatro anos que será feito, nesta segunda-feira, pela centésima vez.

A importantíssima partida contra Camarões será a de número 100 do Brasil em Copas do Mundo. Uma honra para torneio e país, que se completam. A Seleção é a única a ter disputado todas as edições, a maior vencedora, com cinco títulos, mas não poderá viver de passado nesta segunda-feira. O duelo contra os africanos, às 17h (de Brasília), vale a classificação para as oitavas de final. Um empate basta, mas o primeiro lugar depende também do resultado de Croácia x México, no mesmo horário, na Arena Castelão, em Recife, pois a liderança da equipe de Felipão se dá apenas pela vantagem de um gol de saldo para mexicanos e um ponto em relação aos croatas. Uma dose de emoção à qual o povo não está acostumado tão cedo em Mundiais, logo no terceiro jogo.

Neymar no treino da Seleção (Foto: Mowa Press)Neymar ajeita o visual no último treino antes da partida: camisa 10 no 100º jogo do Brasil em Copas (Foto: Mowa Press)

No rico e próspero casamento da Seleção com a Copa do Mundo, o craque Neymar busca trilhar os caminhos de Ronaldo, o maior artilheiro do torneio, com 15 gols. Cafu, quem mais entrou em campo, 10 vezes. Pode até se inspirar em Mané Garrincha, que dá nome ao Estádio Nacional, palco da partida.

Brasília será a 49ª cidade a receber os jogadores brasileiros na história da competição. Ninguém imagina algo diferente da 69ª vitória e dos gols 214, 215, 216… O currículo verde e amarelo ensina a pensar grande. Pensar que, justamente na Copa em casa, a equipe pode assumir a liderança deste ranking. A Seleção chegou a 2014 com um jogo a menos do que a Alemanha. No fim da primeira fase, estará 101 a 100 para os europeus.

Se até a decisão, no dia 13 de julho, o time comandado por Felipão fizer uma partida a mais que o rival, vai igualar o número. Se forem duas, vai ultrapassar. Vale a receita mais antiga de todas, usada desde o primeiro jogo, no dia 14 de julho de 1930: torcer e secar.

Info 100 jogos da SELEÇÃO BRASILEIRA em Mundiais 2 (Foto: Infoesporte)

 

 

HULK VOLTA, ETO’O É MISTÉRIO

 

Hulk no treino da Seleção Brasileira (Foto: Mowa Press)De “cara limpa”, sem barba, Hulk treina sem problemas em Brasília (Foto: Mowa Press)

Depois do empate por 0 a 0 com o México, em Fortaleza, Felipão sinalizou que poderia fazer mudanças para a partida desta segunda-feira. No entanto, a única alteração feita durante os treinamentos abertos para os jornalistas foi o retorno de Hulk na vaga de Ramires. O atacante tinha sido poupado da segunda rodada por causa de dores musculares na coxa esquerda.

O último treinamento da Seleção, no Mané Garrincha, palco da partida, foi aberto por apenas 15 minutos. Nada de diferente foi elucidado. Mas, depois, Felipão confirmou a manutenção do time da estreia no Mundial.

– Confio no time que coloquei no primeiro jogo. Eu confio nos jogadores, eles sabem disso. Nós somos um grupo, tem uma pessoa que tem o comando, que lidera, trabalha com os jogadores e tem que escolher os jogadores. Vou começar com o time do primeiro jogo, e as mudanças que vou fazer durante o jogo já sei quais são – explicou o técnico da seleção brasileira.

Camarões vive dias de incerteza. Eliminada da Copa do Mundo e com crises internas, a seleção tenta ter um fim mais digno na competição – perdeu as duas partidas disputadas e não fez gol. O problema é que o time sofre com algumas ausências. Alex Song, suspenso pelo cartão vermelho contra a Croácia, está fora. E a estrela Samuel Eto’o é dúvida.

Nos 15 minutos do treino de domingo liberados para os jornalistas, não participou do último treino no Mané Garrincha. O joelho direito ainda é seu grande problema, apesar de já não usar mais a proteção no local lesionado. O técnico Volker Finke esconde a escalação, acha improvável usar o craque desde o início e deixa claro que vontade não vai faltar.

– Ninguém quer sair do Brasil deixando uma impressão ruim. Queremos mostrar um pouco mais a nossa cara. Vamos trabalhar para melhorar nossa reputação, da equipe, dos jogadores e do futebol de Camarões. Ontem (sábado), já conseguimos mobilizar um pouco mais a equipe, o treinamento foi bom. Hoje (domingo), também pude ver que os jogadores querem terminar com uma boa campanha. Isso que é o importante – disse Finke na entrevista coletiva após o treino de domingo.

Fonte:  Globo Esporte

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