Campeão da América, Luizão dá dica ao São Paulo: ‘Saber a hora de bater’

O destempero de Luis Fabiano no primeiro jogo contra o Tigre (ARG), na decisão da Copa Sul-Americana, mostrou que o São Paulo não soube lidar com a catimba adversária. Bem diferente do grupo que conquistou o último título sul-americano do clube, a Libertadores de 2005. O ex-atacante Luizão, hoje empresário, e o lateral-direito Cicinho, que tem contrato até julho com o Sport, foram símbolos daquela conquista e dão dicas aos atuais atletas.

– Você tem de saber a hora de bater. Eu apanhava e batia também, mas sabia a hora de bater – ensinou Luizão, artilheiro do time naquela campanha com cinco gols, ao lado de Rogério Ceni, e um dos líderes do elenco.

– O São Paulo não pode cair na catimba, não pode se intimidar ou revidar. Os argentinos vão tentar a todo custo tirar alguém no jogo de volta. Já viram que deu certo com o Luis e vão tentar de novo – complementou Cicinho, que tinha 25 anos naquele ano.

Tirando Rogério Ceni, que está com 39 anos, e Luis Fabiano, 32, o atleta mais velho da equipe escalada por Ney Franco na quarta-feira era Jadson, de 29. O meia, porém, não tem perfil de liderança. Em 2005, a situação era bem diferente.

– Dos 11 titulares em 2005, sete eram experientes. Nessas finais, isso faz diferença. Tinha Rogério (estava com 32 anos), Júnior (também 32), Josué (26), Mineiro (30), Amoroso (31), Danilo (26) e Lugano (25). Eu não falo só para o São Paulo, mas para todas as equipes que disputarão uma Libertadores. Tem de ter uns três macacos velhos no elenco – acrescentou Luizão, lembrando que o Tricolor está garantido na principal competição do continente no ano que vem.

– O São Paulo não tem muitos jogadores experientes dentro do campo. Tinha o Luis Fabiano, mas agora ele está suspenso. O que tem de fazer é o que fizeram no primeiro tempo: tocar a bola, jogar. Se o Luis não tivesse sido expulso, acho que faria um gol – completou o ex-goleador.

Cicinho acha que o problema do São Paulo diante dos argentinos não foi falta de experiência, mas ‘excesso de vontade de ganhar, coisa de quem está pensando muito na vitória’. Mesmo assim, já alerta para as situações ‘chatas’ que os tricolores encontrarão na volta.

– O goleiro vai demorar para bater tiro de meta, eles vão fazer o tempo passar. É muito chato. Tem de ter cuidado, são muito catimbeiros. No Morumbi, a torcida apoia, mas se chegar aos 20 minutos do segundo tempo com o 0 a 0, vai cobrar. Tem de fazer gol no começo – completou ele, que aposta no título e em brilho de Lucas.

Fonte: Lance

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