Bruno supera desconfiança de Bauza na defesa e brilha com assistências

Bruno é um dos símbolos da reação do São Paulo na temporada. De criticado por Edgardo Bauza antes mesmo da chegada do técnico ao clube a líder de assistências, o lateral-direito quer provar que a boa fase não é passageira. Nada melhor, então, do que voltar a Florianópolis e reencontrar o Figueirense, equipe que o projetou e rival desta quarta-feira às 21h45 no Orlando Scarpelli.

Em 2011, o lateral-direito já tinha 25 anos, mas ainda era um desconhecido no cenário nacional na campanha que levou o Figueira à histórica sétima posição do Campeonato Brasileiro. Por outro lado, Paulo Henrique Ganso, aos 21, era um astro badalado e campeão da Libertadores pelo Santos. Hoje, os dois brigam para ver quem é o maior garçom tricolor em 2016: cinco assistências para cada lado – Michel Bastos tem quatro e é o terceiro.

– Estou sempre preocupado na retaguarda, atento na marcação. Mas quando pintam as chances, chego para apoiar o Kelvin ali na ponta direita e dar as assistências. Isso só aumenta minha cobrança para chegar na frente e ajudar meus companheiros a fazer gols. É o que importa para mim, é como se fosse marcar um gol – vibrou o camisa do São Paulo, ao LANCE!.

E se os números ofensivos, que superaram a marca atingida em 2015 (quatro assistências), são fruto do trabalho diário e da confiança, a melhora defensiva de Bruno tem outros responsáveis. Edgardo Bauza tem atenção especial para fazer o lateral evoluir na marcação e conta com o apoio de duas das referências do elenco para o ala crescer mais.

– Bauza viu meus jogos e que eu teria que melhorar para ele confiar. Estou me cobrando sempre. Cresci muito já, ainda mais com as chegadas do Maicon e do Lugano. Na base da conversa a gente vai ajeitando no treino. Estou muito feliz e acho que o professor também. É continuar, porque é na boa fase que as cobranças crescem mais. É ter tranquilidade para manter esse nível – projetou.

Confira bate-papo exclusivo com Bruno:

Qual a sensação de voltar a Florianópolis e ao Orlando Scarpelli, onde se destacou em 2011?
É bom para caramba, porque quando joguei lá os dois anos, foram dois anos que torcedor não esquece nunca. Foi uma das melhores fases da história do Figueirense. Acredito que em 2011, quando a gente fez aquela campanha (terminou o Brasileirão em sétimo, mas brigou por vaga na Libertadores), todo mundo saiu para times bons. A gente só tem lembranças boas de Floripa.

Você reagiu bem à falha diante do Inter quando deu assistência. E à sombra do Buffarini, que trabalhou com Bauza no San Lorenzo (ARG)?
Esse jogo contra o Inter (perdeu a bola no lance do segundo dos colorados) eu assumi mesmo o erro. Todo mundo erra, só que eu sempre quero acertar. Isso serve de exemplo para chegar nos jogos e não cometer mais isso. Agora estou feliz. Acredito que esse papo (de Buffarini) acabou. Mas se vier outro jogador para nos ajudar vai ser sempre muito bem recebido.

E a concorrência com os laterais que já estão no elenco?
Lógico que tem o Auro, o Caramelo, e eu converso bastante com eles. No dia a dia a gente tem que estar provando que está bem porque o que estiver melhor o professor vai colocar para jogar.

Fonte: Lance

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*