Além de Douglas, São Paulo quer vender outros para reduzir rombo

Os R$ 10,8 milhões que o São Paulo embolsará com a venda de Douglas para o Barcelona não serão suficientes para amenizar os problemas financeiros vividos pelo clube nos últimos meses. Com os cofres vazios e a folha salarial do time profissional passando dos R$ 10 milhões/mês, a diretoria do Tricolor espera negociar mais jogadores nesta ou na próxima janela de transferências. O discurso do presidente Carlos Miguel Aidar sobre o assunto é bastante claro. O dirigente diz em entrevistas que nenhum jogador é inegociável. Por isso, abre as portas do Morumbi para interessados em levar até mesmo as estrelas do elenco, como Ganso, Luis Fabiano e Kardec.

O desafogo esteve próximo de acontecer quando o Monaco, da França, se mostrou disposto a gastar € 20 milhões (R$ 60,5 milhões) para contratar Rodrigo Caio. Com a negociação em curso, o jogador acabou lesionando o joelho esquerdo e só voltará a atuar em 2015. Com isso, as conversas estacionaram e só serão retomadas depois que ele estiver atuando novamente.

Outra esperança de lucro dos tricolores é o atacante Ademilson, figura constante em convocações para as seleções de base. O atacante ainda alterna boas e más exibições com os profissionais, mas vem sendo constantemente observado por clubes do exterior. Auro, Lucão e Boschilia, servindo a Seleção sub-20, são outras promessas vindas do CT de Cotia.

Não bastassem os gastos elevados, o São Paulo sofreu um desfalque em seu caixa com o rompimento do acordo de patrocínio com a Semp Toshiba, que ocupava o principal espaço na camisa. O contrato rendia R$ 2 milhões mensais. Agora, a direção parte em busca de acordos para jogos específicos e não acredita que conseguirá um acerto anual nesta época do ano.

– É muito difícil encontrar um patrocinador máster no meio do ano. Os orçamentos das empresas estão comprometidos. Acho que isso só acontecerá ano que vem. Patrocínio ajuda, mas não resolve o problema financeiro – afirmou Aidar, indicando a necessidade de vender atletas.

O mandatário, aliás, chegou ao poder no primeiro semestre investindo pesado. Foram R$ 18 milhões só para comprar os direitos do atacante Alan Kardec. O dirigente também contratou Kaká e Michel Bastos, mas alega que só custeia os salários deles. Mesmo com a dificuldade financeira, ele garante que em 2015 continuará apostando em estrelas mesmo se o São Paulo não for à Libertadores. No mês passado, vazou a informação de que alguns jogadores estavam com os direitos de imagem atrasados. O clube nega e alega que apenas um atleta não havia recebido, mas assegura que isso já foi resolvido.

 

Fonte: Globo Esporte

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