Aidar anuncia plano para comprar Pato e explica calote por Kaká

Carlos Miguel Aidar definiu que não concederia mais entrevistas a veículos de imprensa por tempo indeterminado, mas nesta segunda-feira o site Esquema de Jogo publicou uma entrevista com o presidente do São Paulo na qual ele anuncia um plano para comprar os direitos econômicos de Alexandre Pato, explica o calote no Orlando City que motiva a negociação de Paulo Henrique Ganso e ainda fala abertamente sobre os problemas financeiros do clube, citando, por exemplo, o salário de R$ 600 mil de Luis Fabiano.

“Outro dia, Ataíde, Pato e eu conversamos por mais de uma hora. Estou tentando convencê-lo a ficar no São Paulo ganhando 400 mil por mês. Ele seria a exceção, porque ele ganha R$ 800 mil hoje, sendo que nós pagamos a metade. Se ele aceitar, nós vamos lançar o programa “Eu pago o Pato”, que seria uma campanha dentro da rede Sócio Torcedor, e pegaria 20% dessa arrecadação, e dar para o Pato. Isso atrelado a planos de Sócio Torcedor, o que é bem diferente do modelo que o Tirone usou para tentar trazer o Wesley pro Palmeiras, por exemplo. Precisaríamos negociar com o Corinthians também”, declarou Aidar ao site, já falando até em nome do programa para contratar o atacante.

A dívida do São Paulo com o Orlando City foi paga, segundo o presidente. Mas uma multa por descumprimento de prazo motivou a proposta por Ganso.

“Sobre o Orlando City, o contrato de empréstimo que tínhamos com o Kaká, previa um negócio chamado performance, que era uma participação na renda de público dos jogos em que o Kaká atuava no Morumbi. Essa quantia é de aproximadamente R$ 2 milhões. Havia uma cláusula que dizia que deveríamos prestar contas. Essa prestação foi apresentada e aceita por eles, porém fora do prazo. Nisso, o Flávio, que é o dono do Orlando City, disse que os sócios americanos queriam que ele acionasse o São Paulo pela multa no atraso da prestação de contas. Esse valor seria de aproximadamente R$ 10 milhões. Então ele nos apresentou a possibilidade de quitação desse débito, em troca do Ganso, e eu prontamente recusei”, diz Aidar.

O presidente do São Paulo também diz que precisa vender mais jogadores para resolver os problemas financeiros. E diz que “qualquer proposta satisfatória não será recusada”.

“O dinheiro não foi suficiente. As vendas de Souza, Denílson e Paulo Miranda significaram R$18 milhões, e esse valor não paga nem 15% da dívida do São Paulo. Portanto, qualquer proposta que for satisfatória não será recusada. Agora mesmo veio uma sondagem pelo Luis Fabiano. Eu pedi US$ 3 milhões, e o Cruz Azul recuou. Pedi para que fizessem uma proposta. O contrato dele vence em dezembro, ganha cerca de R$ 600 mil por mês, ou seja, até dezembro tenho mais R$3,6 milhões até o fim do ano com ele. Independentemente de você, eu, a torcida gostarmos dele ou não, é fato que não se trata do mesmo jogador. Se o negócio saísse, eu tiraria um grande valor de salário até o fim do ano, e ainda colocaria algum dinheiro em caixa (pouco antes do jogo contra o Sport Recife, o São Paulo anunciou que havia recusado a proposta feita pelo atacante). Eles não vão oferecer os 3 milhões que pedi, mas se chegarem com uma proposta de 1,5 milhão, levam. Tem também a venda do Jonathan Cafu. Eu devo R$ 1.350.00 para a Ponte Preta, e devo R$ 350 mil para o agente dele. O Ludogorets apresentou uma proposta de R$ 2 milhões. Por um jogador que não conquistou espaço com três treinadores. Essas operações nos ajudam a reduzir o déficit, enxugar o elenco, e puxar a molecada da base”, respondeu.

Aidar também comentou a tentativa de contratação de Dória e o empréstimo do atacante colombiano Wilder Guisao.

“O São Paulo está fechado para contratações, mas é evidente que negócios e oportunidades muito boas para o São Paulo, o sacrifício que for necessário, será feito. Nosso treinador pediu um zagueiro canhoto e um atacante veloz pela direita. O zagueiro que ele pediu é o Dória, então enviei semana passada a última proposta para o Olympique de Marselha, que é de € 5 milhões por 80% do passe do jogador. Honestamente, não estou otimista, pois o prazo para inscrição é até terça-feira. O atacante foi uma indicação do Osório. Na verdade, ele indicou duas possibilidades. Uma deles, quando souberam que era proposta do São Paulo, do Osório, inflacionaram o valor do atleta. A outra foi o Wilder Guisao, do Toluca, que chega por empréstimo de um ano, com valor de compra fixado em US$ 2 milhões se aprovado”, disse.

Ao ser perguntado sobre a reforma do Morumbi, Aidar afirmou que vive um “momento muito delicado no Conselho Deliberativo” do clube, por conta da comissão paga pelo São Paulo a um intermediário de Hong Kong no contrato com a Under Armour. Aidar, no entanto, não foi questionado sobre o tema.

“Não só pode como vai sair do papel. O que acontece é que estou vivendo um momento muito delicado no Conselho Deliberativo por conta da empresa que intermediou a vinda da Under Armour. Se eu levar alguma coisa para o Conselho nesse clima, eu não aprovo nada. Por isso, vou esperar um pouco. Juvenal diz que ganho comissão em tudo por conta do seu desespero em me derrubar”, disse.

 

Fonte: Uol

 

Notado PP: não conheço o site, mas fica a dúvida: por que não perguntaram da tal empresa chinesa?

8 comentários em “Aidar anuncia plano para comprar Pato e explica calote por Kaká

  1. ISSO MOSTRA PORQUE OS JOGADORES ESTÃO JOGANDO MAL, FALTA DE PAGAMENTO, DIVIDAS A DAR COM PAU.
    SEM DINHEIRO A MELHOR SOLUCÃO É VENDER TODOS OS PROFICIONAIS E JOGAR COM O SUB 20.
    ASSIM DARIA PARA PAGAR TODAS AS DIVIDAS E FICAR COM UNS TROCADOS EM CAIXA.
    O AIDAR QUER FU…… O TRICOLOR.
    ACHO MELHOR O SÃO PAULO F.C. SE MUDAR PARA BRASÍLIA E FICAR COM A CÚPULA DOS PETRALHAS.

  2. Pq demorou pra apresentar as contas ao Orlando City? Se está no contrato tem que cumprir. Como um advogado não cumpre os prazos estipulados, francamente eu não entendo.

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