São Paulo se livrou da pressão, mas continua com instabilidade

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória “obrigatória” do São Paulo sobre o Cobresal nesta quarta-feira, no Morumbi, tirou uma grande pressão dos ombros do elenco e do técnico Thiago Carpini, mas não deu sobrevida infinita a ele, muito menos tirou a instabilidade que o time vem apresentando desde o início desta temporada.

Ganhar do Cobresal num Morumbi cheio era obrigação. Mas demorar até 40 minutos do segundo tempo para marcar um gol num time que não disputaria nem a série B do Brasileiro, já é demais.

A prova de que Carpini está perdido e precisa de alguém para tentar corrigir seu rumo está na escalação que ele colocou em campo. Está evidente que não foi ele quem escalou o time, mas Muricy Ramalho. A formação de três zagueiros remonta aos bons tempos do São Paulo, quando Muricy (antes Paulo Autuori e Leão) ganharam tudo pelo clube. Só que os tempos eram outros, o elenco era muito superior a este.

A prova maior da mão de Muricy foi que Carpini foi fazendo substituições, tirou Pablo Maia, Michel Araújo, Igor Vinicius, tudo para colocar o time mais ofensivo, mas em nenhum momento diminuiu o número de zagueiros.

Convenhamos que ele conseguiu dar mais consistência à defesa, mas isso deveria ser feito na Argentina, contra o Talleres, não no Morumbi, contra o Cobresal.

São erros assim que me levam cada vez mais ao descrédito com Carpini. O time continua sem conjunto, com espaços imensos entre os compartimentos em campo, a marcação é frouxa, o meio de campo continua com imensa dificuldade para armar, por mais que James Rodrigues tenha feito uma boa partida, com várias assistências. Mas num esquema com três zagueiros, onde os laterais são alas e mais atacam do que defendem, ficamos órfãos pelo lado esquerdo, porque Michel Araújo continua sendo um jogador nulo e o time, com isso, ficou penso pelo lado direito, onde Igor Vinicius até fez uma boa partida.

Outro dado que comprova a mão de Muricy: ele jogava com dois alas e dois centroavantes. Carpini não começou com um atacante aberto pelos lados e Calleri pelo centro. Optou por Luciano e o São Paulo jogou com os dois centroavantes. Luciano à parte, somos dependentes de Calleri. Se um resultado negativo nesta quarta-feira causaria a demissão de Carpini, ele que ajoelhe e agradeça a Calleri, o mais importante jogador do São Paulo nos últimos tempos, e também a Rafael por duas defesas que fez quando o jogo ainda estava 0 a 0.

Calleri é algo indescritível. O respeito, o amor, o profissionalismo, a raça, a dedicação, tudo o que ele dedica à camisa do São Paulo me emocionam. Sim, Calleri é capaz de arrancar lágrimas dos meus olhos quando está em campo e faz o que faz. Foi uma das únicas coisas certas que essa diretoria fez desde que assumiu, em 2021. Esse é o cara.

Foco virado, agora, para o Fortaleza, sábado à noite, no Morumbi, pelo Brasileiro. É ai que temos que dedicar nossas atenções e preocupações. Temos que ganhar o jogo, por uma série de fatores, mas o principal: começar com vitória o Brasileiro, que será desesperador.

São Paulo teve azar nas contusões, mas não evoluiu nada nos 18 dias de treinos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo pode dizer que teve azar no jogo em Córdoba. Afinal, perdeu Rafinha com 15 minutos, Lucas com 30 e Wellington Rato com 45 minutos. E, até por força de uma decisão de Carpini, jogou os oito minutos de acréscimos do primeiro tempo com dez jogadores.

E começo por aqui minha análise, que terá críticas e elogios ao técnico. Ele agiu corretamente ao não queimar a terceira substituição no primeiro tempo. E se alguém se machucasse no começo do segundo tempo: Jogaríamos um tempo inteiro com um a menos. O fato de ter sofrido um gol nesse momento do jogo não implica responsabilidade a Carpini por não ter feito a substituição de Rato. Até porque toda a jogada se desenvolveu pelo lado esquerdo de nossa defesa, com todo o time recuado e teve em Diego Costa o culpado por não chegar e dividir a bola com Sola.

Mas o primeiro tempo mostrou um São Paulo desorientado, um verdadeiro catado. James Rodrigues, clamor da torcida, não rendeu nada. É o tipo de jogador que quer a bola nos pés e não se esforça para marcar ninguém.

Mas não vou atribuir a James a responsabilidade pela derrota. Os 18 dias de treinos que o São Paulo teve não representaram nada em termos de evolução. É como se continuássemos no ritmo de jogo a cada dois dias, com jogadores se machucando – as mesmas contusões – o técnico vindo reclamar de excesso de jogos, sem tempo para treinar e outras coisas mais. Prova maior de que não temos um técnico à altura do São Paulo. O elenco já é limitado. O técnico mais ainda.

Entretanto, outro elogio a Carpini. Ele colocou em campo quem ele tinha no elenco. Não pode ser responsabilizado pelas partidas ruins de Igor Vinicius e Ferreira, nem pelo péssimo futebol de Erick. Porém, foram substituições necessárias pelas contusões. Quando ele mexeu taticamente no time, sacando James Rodrigues e Alisson, fazendo entrar Luciano e Galoppo, o São Paulo cresceu. Marcou o gol e quase empatou o jogo, não fosse a defesa gigantesca do goleiro argentino.

Voltamos, então, ao desentrosamento e falta de sistema tático do time. A defesa é um horror. Wellington vai para a frente, obriga Diego Costa a sair na cobertura, Arboleda vai cobrir Diego e ninguém cobre Arboleda. Assim saíram várias jogadas perigosas do Talleres. Sem contar que Diego Costa foi diretamente responsável pelos dois gols. No primeiro não chegou, no segundo “deu o passe” para o atacante argentino.

E o Departamento Médico? O que tem a dizer? Certamente não dirá nada, pois será acobertado pela diretoria opaca deste clube. Mas é, como diz meu amigo Edson Lapolla, um verdadeiro Triângulo das Bermudas.

Volto a afirmar: o que me preocupa não é a Libertadores, mas sim o Brasileiro. Me deixa em pânico. Nosso elenco é ruim e nosso técnico é horrível. Que Deus nos ajude!

São Paulo, um clube comandado por empresários.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o programa Somos Todos São-Paulinos desta segunda-feira trouxe um trabalho espetacular do companheiro Dario Campos, do Agonia Tricolor (comentarista em nossas jornadas esportivas e membro fixo do programa), mostrando uma relação pouco provável, mas verdadeira, entre a venda de Eder Militão para o Porto, e a vinda de James Rodrigues para o São Paulo. Foi uma noite de êxtase do programa, a partir do próprio título que reproduzo neste editorial, criado pelo Ramone Artico.

Não vou estender meu texto, mas fazer um breve resumo: Militão foi vendido ao Porto por 7 milhões de euros (apesar de no balanço do São Paulo aparecer 7 milhões de reais, talvez um erro de sifrão). Isso em 2017. Depois há uma nova venda de Militão, agora por 5 milhões de euros (de novo o São Paulo marca 5 milhões de reais, talvez mais um erro).

O curioso é que 2/3 do valor pago pelo Porto ao São Paulo na realidade não foi o time português quem pagou, mas uma empresa que tem, entre os sócios, Giovani Bertolucci, o empresário quem tem créditos próximo dos 40 milhões de reais junto ao São Paulo.

A compra de dois terços do passe de Militão por uma empresa não teria problema algum, fossem os direitos econômicos. Mas segundo o balanço do São Paulo, foram os direitos federativos, algo proibido pela Fifa. Mas talvez tenha sido mais um erro no balanço do São Paulo, um erro de grafia.

Continuando, a comissão paga pelo São Paulo a Bertolucci pela venda de Militão ao Porto foi de 3 milhões e 300 mil euros, em valores redondos. Ou seja: 47% do valor do jogador. É ilegal? Não. Apenas imoral e de difícil explicação. Em qual atividade do mundo um agente, seja em que setor for recebe quase 50% de comissão por uma venda?

Militão foi vendido ao Real Madrid por 52 milhões de euros. Lá também se pagou uma comissão próxima de 40%. Mas sabe-se que os empresários, a empresa e o jogador ficaram com algo próximo a 18% do total da transação e que o restante foi parar no bolso do presidente do Porto, que foi afastado do clube e preso.

E aqui no São Paulo? Quanto coube a cada uma das partes nessa operação? Sabemos que o São Paulo não pagou a comissão para Bertolucci, porque também não recebeu do Porto. Levou dois anos e teve que acionar a Fifa para que o Porto pagasse. Porém a dívida do São Paulo com Bertoucci, que era na casa dos 12 milhões de reais, começaram a correr juros, multas e, com outras vendas de jogadores do empresário, hoje chega a 40 milhões de reais.

Mas onde entra James Rodrigues? Sem clube na Europa, dispensado do Olimpyacos antes do térmico do contrato de experiência, Jorge Mendes, empresário de James, acionou empresários no mundo inteiro tentando encaixar o colombiano, ainda que com salários menores, compatíveis ao País que ele fosse jogar. Foi aí que Bertolucci levantou a mão, recebeu o jogador (que ainda pertence ao português Jorge Mendes) e enfiou no São Paulo.

Ao contrário do que garante a diretoria, de que o salário de James era pouco mais de R$ 900 mil mensais, pelo acordo feito no momento que haveria a rescisão, em fevereiro, mostra que é muito mais. O São Paulo se propôs a pagar R$ 10 milhões por sete meses de atraso. Como se sabe, esse atraso só pode ser das luvas e dos direitos de imagem e tudo isso, somado, não podem chegar a 50 por cento do salário da CLT. Bem, se foram dez milhões de atraso por sete meses nesses dois pontos, significa que o total pode chegar a R$ 20 milhões. Se dividirmos isso por sete, teremos um valor muito próximo a R$ 3 milhões por mês. Mas se a diretoria diz que eram R$ 900 mil, quem estaria recebendo o restante do dinheiro? Haveria uma “rachadinha”dentro do São Paulo?

E a comissão dos empresários no caso de Militão, também seria uma “rachadinha”? como no Porto?

É fato, por tudo isso que foi mostrado, que o São Paulo seja por interesse, seja por necessidade, é o próprio paraíso dos empresários.

O mais estranho de tudo é que tudo isso aconteceu no balanço do São Paulo e nenhuma auditoria, nenhum membro do Conselho de Administração, nenhum integrante do Conselho fiscal, nenhum conselheiro do Deliberativo viu ou levantou a suspeita. Por que será? Num País sério, todos, eu disse TODOS, teriam “rodado”.

Falei, na abertura do programa, que Leco, Raí, Alexandre Pássaro, Eduardo Albarello, Leonardo Serafim e Júlio Casares não precisariam ir, de imediato, para a Embaixada da Hungria. Mas seria conveniente que começassem a fazer amizade com embaixadores do Canadá, da França, da Alemanha, da Venezuela, para, quem sabe, passarem alguns dias lá discutindo o futebol nesses países.

Eliminação só ratifica o pavor que me ronda para o Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o que se previa – com a razão, não com o coração – aconteceu: estamos eliminados do Campeonato Paulista nas quartas-de-final, em pleno Morumbi lotado, pelo Novorizontino. De novo somos eliminados em nossa casa, como outrora o fomos por Mirassol, Penapolense, Ponte Preta, São Caetano, e ai vamos.

O grande problema, no entanto, não foi essa eliminação, mas está por vir: o Campeonato Brasileiro. Já escrevi aqui – e fui ridicularizado por alguns – que teremos um ano de intenso sofrimento, brigando contra o Z4 e amargurando eliminações na Libertadores e Copa do Brasil. Também havia dito que não acreditava em título no Paulistinha (ou Mundial Paulista?).

Alguns me chamaram de pessimista, de tentar me enfiar na oposição contra a diretoria, de ficar procurando pelo em casca de ovo para fustigar Júlio Casares e sua turma, mas os resultados estão aí e o futuro lúgubre só não vê quem não quer.

O São Paulo conseguiu sua classificação para as quartas-de-final do Paulista aos 50 minutos do segundo tempo, através de um pênalti, contra o pior time do campeonato, já rebaixado. Era evidente que teria dificuldades para jogar contra o melhor time do interior (exceção do RB Bragantino). Mas, pera aí: o melhor time do interior é da série B do Brasileiro. Posso entender que esse é o nosso nível?

O São Paulo vive de Lucas. Sim, porque não temos Calleri e não sei por quanto tempo não teremos. A diretoria continua escondendo o jogo e não diz abertamente o que ele tem, que tratamento fará e por quanto tempo ficará parado.

Aliás, por falar em departamento médico, e Moreira? De novo? Três jogos jogando ou no banco e quatro no Reffis?

Entre os personagens da partida preciso destacar alguns, todos pelo lado negativo (até porque de positivo só tivemos Rafael e Lucas). Wellington, péssimo dos péssimos; Erick entrou foi péssimo dos péssimos; Diego Costa e Michel Araújo conseguiram isolar cobranças de penalidade e eliminaram o São Paulo. E, para terminar, James Rodrigues. Um cara que ganha R$ 1,3 milhões por mês (alguns dizem que chega a ser R$ 2 milhões) se esconde da responsabilidade de cobrar um pênalti. O que a diretoria quer fazer com um cara destes ainda no elenco? Já está mais do que provado que ele não está nem aí para o São Paulo. Manda treinar em Cotia junto com o Wellington e pronto.

E o futuro? Tem Copa América que vai tirar do já fraco elenco do São Paulo, ao menos, seis jogadores: Arboleda, Ferraresi, Bobadilla, James Rodrigues, Pablo Maia e Rafael). Com que qualidade de elenco vamos disputar jogos da Libertadores e do Brasileiro?

Então vejam, os que acham que sou pessimista e alarmista, que sei o que estou falando. O futuro me assusta muito. Mais:: o futuro me apavora. Talvez a conquista da Copa do Brasil de 2023 – um marco na nossa história – tenha nos trazido a falsa impressão de que o campeão voltou. Mas ao olharmos o presente, entendemos que o futuro será recheado de Losartana e Isordil.

Classificação no sufoco ratifica o que vimos falando: a luz laranja está acesa!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb e ouvinte da Rádio São Paulo, o time conquistou a classificação às quartas-de-final do Campeonato Paulista com um gol de pênalti marcado aos 50 minutos do segundo tempo. Um verdadeiro sufoco. Dirão os dirigentes: ‘o pênalti aconteceu, estava dentro do tempo de jogo e, portanto, com bola rolando, ganhamos’. Inconteste. O problema é o “como ganhamos”.

É inadmissível chegarmos na última rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista e obtermos a classificação nessas condições. Não tínhamos no grupo Flamengo, Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras. Não. Eram Novorizontino, São Bernardo e Botafogo. Portanto, a luz laranja está acesa.

Se tivemos essa dificuldade para passar por esse grupo, o que dirá a Libertadores? Ali, além de um nível um pouco maior dos adversários, existe o fator pressão que eleva o sistema nervoso dos jogadores e pode aumentar a dificuldade para uma classificação.

Aliado a tudo isso, vem o Brasileiro, aí sim com grandes jogos e que colocarão nosso elenco à prova. E, pelo que percebemos, esse elenco não vai aguentar o repuxo.

Precisamos de um zagueiro canhoto para jogar ao lado de Arboleda. Está provado que Ferraresi, Diego Costa e Alan Franco não darão conta do recado, entre quem entrar. A saída de Beraldo fez o futebol de Arboleda regredir e, se até fim do ano passado ele era unanimidade, já está perdendo esse posto.

Precisamos de um lateral esquerdo titular, porque com a saída de Caio Paulista (antes já houvera saído Reinaldo), ficamos apenas com o reserva deles e o reserva do reserva. Wellington chega a irritar. É ruim na frente. É péssimo lá atrás. E ainda faz frescura para renovar contrato, querendo uma grande recompensa salarial. Se é por falta de adeus, tchau. E Patryck? Bem, melhor nem comentar.

Outro problema que ficou patente: temos Pablo Maia como primeiro volante. E só. Luan já foi embora – não aguentaria o tranco -, Bobadilla não sabe o que é isso, Alisson também não. Quem sabe esse outro primeiro volante possa ser Luiz Gustavo. Se ele conseguir jogar, porque as contusões na idade dele são mais demoradas do que de costume para a recuperação.

Não temos um meia que pense o jogo. Sim, tem o James Rodrigues. Mas duvido que ele consiga atingir a forma física ideal para aguentar um jogo inteiro, com muita intensidade. Tem entrado bem quando é colocado aos 15 minutos do segundo tempo, pois entra descansado contra adversários cansados. Mas neste domingo, com campo encharcado, gramado ruim, ele foi mais do mesmo.

Em contrapartida temos três laterais direitos, vários atacantes de lado e vários segundos volantes (não esqueçam que Rodrigo Nestor está voltando). O que prova que temos um elenco desequilibrado e fraco. Me enganei no início do paulista ao achar que o time estava mais fraco – pelas saídas de Beraldo e Caio – mas que o elenco estava mais forte. Ambos estão mais fracos.

Não me assusta uma eventual eliminação para o Novorizontino no Morumbi. Aliás, que fique claro, não acredito que o São Paulo seja eliminado. O que me preocupa é o que virá lá na frente. Se perdermos a Libertadores logo na fase de grupo será frustrante, mas não tanto como passar o ano brigando contra o Z4 do Brasileiro.

Acreditem: não estou sendo alarmista nem pessimista. Só que o pior cego é aquele que não quer ver.

De assaltado a vilão: os bandidos trocam a posição do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb e ouvinte da Rádio São Paulo, o São Paulo, que foi assaltado pela arbitragem no choque-rei de domingo, no Morumbi, está passando a vilão da história. Tudo por culpa da bandidagem que domina o futebol brasileiro, desta vez, especialmente, do Paulista.

No jogo de domingo, Daiane Muniz dos Santos (VAR) e Matheus Delgado Candançan (árbitro) arrasaram o São Paulo. Primeiro com a não expulsão de Richard Rios, na entrada criminosa que deu em Pablo Maia. É impossível acreditar que nem Candançan nem Daiane tenha visto o lance, porque o cartão amarelo foi dado. Depois da repercussão negativa, a explicação dada pelo árbitro é de que ele não poderia dar o cartão vermelho, porque houvera saído o gol e seria dupla punição. Uma ova. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não foi um pênalti, que originou a marcação. Foi uma “tentativa de homicídio”, que teria que ser punida com o vermelho direto, sem o amarelo. Erraram grotescamente árbitro e VAR.

Depois no pênalti marcado pela Daiane do Rafael em Murilo. Tiveram a pachorra de analisar o lance em câmera lenta, sabedores que são que isso muda qualquer foco de interpretação. Além do mais, basta parar o lance para perceber que Rafael dá um soco na bola e, ao mesmo tempo, Murilo, que está de costas, coloca a cabeça. As mãos de Rafael atingem ambos, mas com uma fração de segundos a primeira a ser tocada é a bola. Mas a dupla dinâmica, mais uma vez, operou o São Paulo.

Aí veio o pênalti em Luciano. Se fosse um bom árbitro, não precisaria do VAR. Mas Daiane o chamou e, em menos de 30 segundos se convenceram que não foi pênalti. Mais um assalto em pleno Morumbi.

Tudo isso sem contar que Abel Ferreira e sua comissão técnica se revezaram em xingamentos à arbitragem, em ofensas, e nada aconteceu. Nosso auxiliar técnico foi reclamar e tomou cartão vermelho.

Lá fora, na zona mista, Calleri, Rafinha, Carlos Belmonte e Júlio Casares se indispuseram com a arbitragem. Júlio Casares veio à imprensa e falou o que eu esperava que o presidente do meu clube falasse. O único problema é que ele se preocupou muito em elogiar a competência e a lisura da Federação Paulista de Futebol. Poderia receber 10, mas por essa infeliz atitude vai receber 7.

Já Calleri, ofendido pelo quarto árbitro, revidou os xingamentos. Carlos Belmonte chamou Abel Ferreira de “português de merda”. E Rafinha esbravejou o quanto pode. Eles nos representam.

Agora a Federação Paulista de Futebol, aquela tida como competente e lisa, vai denunciar o São Paulo no TJD e poderemos ficar sem o Morumbi por alguns jogos, Rafinha e Calleri podem pegar suspensão e Carlos Belmonte pode ser processado criminalmente por xenofobia.

Xenofobia aonde, cara pálida? No calor de uma discussão, ofensas são trocadas e tudo é deixado de lado, porque todos estavam de cabeça quente. Garanto que eu teria feito isso ou até mais. Porém essa merda de “politicamente correto” está acabando com nossas brincadeiras, nossas brigas, nossa vida.

As punições que se preveem contra o São Paulo mostram algumas coisas:

  • O Palmeiras manda e desmanda nas Federações, graças ao poderio financeiro de sua presidente;
  • Abel Ferreira e seus auxiliares tem carta branca para fazer o que bem entenderem, que será aceito plenamente pela arbitragem, pelo poderio financeiro da presidente do clube ao qual eles pertencem;
  • Isso tudo vai acontecer, além do que citei acima, pela total falta de competência e representatividade do São Paulo nos bastidores do futebol. E é sabido por todos, até pelos mais inocentes, que sem bastidor, não se ganha nada.
  • Júlio Casares falou o que deveria falar. Mas e agora? Vai recuar? Vai ficar acuado? Vai ficar com a bunda sentada na cadeira e o celular na frente da cara fazendo selfies, dizendo “espelho, espelho meu, existe alguem melhor do que eu”? Ou vai levantar e bater o pau na mesa do presidente da FPF e exigir respeito a um clube que é tricampeão mundial?
  • Por último, se for macho mesmo e quiser resgatar o respeito, mande o time Sub-20 para Itu e faça o ônibus quebrar na estrada. Damos WO sem opção de punição. E mandamos o Campeonato “Mundial” Paulista para o quinto dos infernos.

Sei perfeitamente que é muito difícil fazer tudo isso. O São Paulo vem sendo desrespeitado desde que Juvenal Juvêncio brigou com Ricardo Teixeira, antes da Copa do Mundo do Brasil. Agora principalmente, com uma diretoria golpista, a moral cai ainda mais.

Entretanto, é hora de uma união em torno do respeito ao São Paulo. E que a Torcida que Conduz faça a sua parte.

Assalto no Morumbi, versão 03.24

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ouvinte da Rádio São Paulo, o que aconteceu no Morumbi neste domingo foi uma absoluta vergonha. Não vou dizer aqui que foi o maior roubo da história, porque talvez já tenha visto algo pior. Mas classifico entre os maiores.

Sei que devo usar esse espaço para abordar a partida, mas se torna impossível não passarmos pela arbitragem.

Já no início do jogo, meu companheiro Dario Campos, do Agonia Tricolor, comentarista da Rádio São Paulo, alertava para o risco que iríamos correr, não só pelo potencial do time do Palmeiras, mas pela pessoa que estava escalada para o VAR: Daiane Muniz dos Santos. Palmeirense assumida, já errou muito contra o São Paulo. Aliás, sei lá qual a razão, talvez tenha sido quem mais atuou na “cabininha” em jogos do nosso time.

Podemos lembrar alguns eventos recentes: o pênalti dado para o Santos. A Edna não marcou, mas o VAR, Daiane, chamou para marcar um pênalti, no mínimo, duvidoso. Foi ela também quem fez o árbitro expulsar Arboleda. Nesse caso posso até concordar, mas o jogo já estava indo embora.

Neste domingo, o árbitro não deu o pênalti de Rafael. Mas Daiane o chamou e o convenceu a marcar um pênalti que em hipótese alguma aconteceu. A mesma Daiane que não chamou o árbitro para revisar o lance de Richard Rios, na entrada que deu em Pablo Maia. Aquilo era lance de expulsão. O mesmo VAR que até chamou o árbitro para ver o pênalti sobre Luciano (que existiu), mas na conversa não teve a mesma convicção para convencimento do árbitro e ele, portanto, não marcou.

Isso é um escárnio, que enche ainda mais de lama o já sujo futebol brasileiro. O pênalti para o Palmeiras, inexistente, só foi marcado por Abel estava na beira do gramado, como de costume, “apitando” o jogo. E tudo sempre é assim com o Palmeiras. Abel grita muito, ameaça invadir o campo, os árbitros se afetam e marcam o que ele quer.

A cada dia que passa fica mais claro que o São Paulo continua sendo tratado como Zé ninguém, o coitadinho ali da esquina. Desde que Juvenal Juvêncio brigou com Ricardo Teixeira, antes da Copa de 2014, nós temos sido relegados a segundo plano e perdemos toda a força que tínhamos nos bastidores. Entra presidente, sai presidente, se reelege presidente e nada muda.

Júlio Casares foi bem no pós jogo. Ele falou o que tinha que ser falado e mostrou quem é o São Paulo. Mas essa revolta ganha mais força quando vem após uma vitória. E vou voltar aquele jogo, onde Anderson Daronko tentou acabar com o São Paulo, brigando com a imagem e não aceitando a posição do VAR dando um pênalti para Calleri, no Chiqueiro. Mesmo assim ganhamos o jogo lá dentro. Ali a diretoria deveria ter feito um grande escândalos, pois não seria choro de derrotado. Mas não. Optou por fazer “selfies” com os heróis da partida para “bombar” nas redes sociais e deixar prá lá o roubo. Por isso continuamos sendo largamente assaltados dentro de nossa casa, onde nossos diretores preferem ficar alardeando o Morumbis ao invés de fazer valer nosso mando e nossos direitos.

Sobre o jogo, pouco ou quase nada a falar. Quando se tem uma arbitragem tão danosa quanto essa, melhor entender que o resultado pode ter sido bom, desde que ganhemos domingo do Ituano. Do contrário, ele terá sido trágico. Mas isso só saberemos no próximo domingo, espero, sem a Daiane no VAR.

James voltou bem. Se tiver cabeça no lugar, pode desequilibrar para o São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou a Inter de Limeira, em Brasília, num resultado (3 a 0) nada surpreendente. Não me deixo levar por comentários de que o Inter é melhor do que o Guarani, que estava na Zona de Rebaixamento enquanto o time de Limeira está brigando por classificação. O que vale para mim é que nenhum dos dois está na série A do Brasileiro. Portanto, ambos não podem endurecer o jogo para o São Paulo.

Dito isso, o time jogou mal, mais uma vez, no primeiro tempo. Aliás, foi modorrento, porque a Inter também não queria jogar. Então ficava o São Paulo de um lado, sem criar nada, sem concluir a gol e a Inter só se defendendo e tentando alguns contra-ataques.

A defesa do São Paulo bem que tentou dar chances para a Inter, com uma incontável saida de bola errada de Ferraresi, mas o time do interior é ruim demais e não aproveitou.

A defesa da Inter também tentou nos dar chances. Na principal, Wellington Rato recebe de presente do zagueiro dentro da área, de frente para o gol, mas consegue o mais difícil que é chutar para fora. Deveria, como disse meu amigo Waldir Albieri, ser multado pelo gol perdido.

Mas aí aparece a genialidade de quem é acima da média. Numa jogada, convenhamos, muito bem trabalhada, que passou por quase todos os jogadores, Ferreira faz o um dois com Lucas, que toca de primeira para Ferreira, o deixando de frente para o gol. Ferreira ainda dribla o goleiro e o zagueiro marcando um golaço. Isso aos 48 minutos do primeiro tempo.

No segundo tempo, nada mudou. O São Paulo tocando a bola de forma sonolenta e a Inter aceitando passivamente o resultado. Aí entraram Luciano, Michel Araújo e James Rodrigues. E tudo mudou. James entrou com vontade, como deve ser um jogador, criou lances, perdeu um gol depois e ótima tabela com Michel Araújo, arrumou a bola para Luciano marcar um belo gol e depois, quando Luciano ia marcar um golaço, mas contou com a defesa do goleiro da Inter, quase se atirou no chão para alcançar de cabeça e marcar o terceiro gol.

Por isso ouso dizer que se James Rodrigues se conscientizar que tem que jogar bola para conseguir uma transferência interessante no meio do ano, vai ser um diferencial que pode desequilibrar qualquer jogo a favor do São Paulo.

Se eu acredito que ele possa ter essa consciência? Não. Mas torcer não custa nada.

Nossa preocupação maior, no entanto, fica por conta da defesa. Arboleda fez uma péssima partida; Ferraresi, como disse meu amigo Dario Campos, nos faz sentir saudade do Diego Costa. Mas quando Diego entra, sentimos saudade do Ferraresi. Para piorar, continuamos sem um lateral esquerdo titular, porque Wellington é, no máximo, um bom reserva. E até esse momento, sem centroavante reserva para o Calleri. Quem jogará contra o Palmeiras domingo? Luciano? Juan? Galoppo?

O Brasileiro e a Libertadores se aproximam. Mais do que isso, o dia 7 de março está aí, quando fecha o mercado europeu. Minha preocupação aumenta na mesma proporção. Comemoro a vitória, mas não permito que ela influencie meu pensamento a ponto de achar que tudo está muito bom.

Mais uma exibição abaixo da crítica, que nos liga o sinal de alerta

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez mais uma exibição abaixo da crítica neste domingo, contra o Guarani, e deixa toda a torcida com extrema preocupação quando olha para o futuro, pois virão, em conjunto, Campeonato Brasileiro e Libertadores, além da própria Copa do Brasil.

Mais uma vez teremos a desculpa dos jogadores lesionados. Ainda temos Rafinha, Moreira, Rodrigo Nestor, agora Luiz Gustavo, além de Arboleda e Diego Costa que estavam suspensos.

Tudo isso mostra, no entanto a fragilidade e limitação do nosso elenco. Temos cinco zagueiros, porém quando os dois titulares – Arboleda e Diego Costa – não podem jogar, é um horror. Ferraresi provou a razão de estar no banco e não pode ser mais do que um reserva. Alan Franco, idem. Belém, então, não quero nem pensar.

Olhamos para a lateral esquerda e só temos Wellington. Jogador limitadíssimo, no máximo um reserva num time que almeja algo de protagonismo, mas por termos somente ele e Patryck (horrível), acaba se tornando titular. E tome gol por aquele setor.

Carpini está testando esquemas. Até aí, nada contra. Ele está fazendo do Paulista um verdadeiro laboratório. O grande problema é que ele já testou 4-4-2, 3-4-3, 3-5-2, 4-2-4, 4-3-3, 4-2-3-1, um monte de números e nada deu certo. Talvez porque as peças que ele tem em mãos não funcionem.

O São Paulo pagou R$ 22 milhões por Ferreira. Para mim foi mais uma jogada de marketing que nos custou um dinheiro que não temos, afinal, as dívidas estão aí; Luciano está jogando com o nome e com a adoração da torcida; Michel Araújo já jogou com Carpini como ponta, como volante, como lateral, como meia e não deu certo em nenhuma das posições. Isso já houvera ocorrido com Galoppo.

Verdade que com as voltas de Lucas e Wellington Rato as coisas tendem a melhorar. Mas não falávamos o tempo todo que precisávamos ter um elenco? Então, cadê esse elenco, decantado por muitos – dou a mão à palmatória, porque inclusive por mim – que não rende nada? Cadê o reserva para o Calleri? Cadê o zagueiro canhoto? Cadê o lateral esquerdo titular?

Acho que a diretoria se perdeu novamente. Preocupada com o marketing pleno, prefere ampliar o narcisismo ao invés de dar o time a cara de um verdadeiro protagonista.

Perdemos uma série de chances contra o Guarani, mas no frigir dos ovos, só não perdemos o jogo graças a Rafael. Portanto, merecíamos a derrota, assim como fora contra o RB Bragantino.

Não acredito em não classificação para as quartas-de-final do Paulista. Porém, minha preocupação está lá na frente, quando prevejo um fiasco na Libertadores e briga no Z4 do Brasileiro. A não ser que James Rodrigues volte dez anos no tempo e seja James Rodrigues 2024, versão 2014.

Paulista é laboratório. Mas está chegando a hora de virar realidade.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb e ouvinte da Rádio São Paulo, mais um jogo sem vitória e jogando mal. O time colocado por Carpini em campo nos levou de volta aos anos 1960, quando o Santos de Pelé tinha uma dupla de meio de campo (Zito e Mengálvio) e jogava com quatro lá na frente: Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Era um 4-2-4.

Neste sábado, no Morumbi, Carpini armou o time num 4-2-4, tendo Pablo Maia e Alisson no meio do campo e deixando quatro lá na frente: Nikão, Luciano, Calleri e Ferreira. Talvez o erro dele, para o esquema não dar certo, foi ter entrado com Nikão, que não consegue correr. Tivesse entrado com Erick, que dá apoio ao lateral, a situação fosse melhor.

O São Paulo sofreu pelo lado direito, já que Bobadilla estava improvisado e Nikão, como citei acima, não ajudava. O gol do RB Bragantino, logo no início do jogo foi consequência disso, pois Arboleda sai jogando errado, o Braga ataca pela esquerda, vão Bobadilla, Arboleda e Pablo Maia em cima de Malcon, mas ele coloca a bola para o jogador uruguaio que entrava totalmente sem marcação. Bobadilla, aliás, que foi sacrificado já no jogo contra o Santos (e foi muito bem) voltou a ocupar a lateral, mas dessa vez foi muito mal. O técnico Caixinha sabia que ali poderia ser um ponto fraco do São Paulo e procurou explorar o setor.

O time só veio melhorar no segundo tempo quando Carpini tirou Nikão e colocou Erick. O time cresceu muito, passou a pressionar o RB Bragantino e chegou a virar o jogo nos últimos minutos, mas não conseguiu segurar o placar e sofreu o gol de empate em falha coletiva do miolo de zaga, pois a bola é cruzada da esquerda para a direita, passa na cara de Diego Costa e Alan Franco e encontra o autor do gol sem marcação de Wellington.

Então Carpini testou novo esquema. Ele já fez 4-4-2, 3-5-2, 3-4-3, 4-3-3, e agora um antigo e ultrapassado 4-2-4. Como eu disse, o Paulista é um laboratório e eu não vou execrar Carpini nem o elenco por conta disso. Afinal, precisamos lembrar que existem sete jogadores no Departamento Médico e, se o elenco completo já não é um primor, com tantos desfalques sofremos ainda mais.

Faltam apenas três jogos para disputarmos na fase de classificação do Paulista. Classificar para as quartas-de-final em segundo no grupo já será um absurdo. Não classificar, então, nem pensar. O Paulista é laboratório , mas pela fragilidade dos adversários, não se pode admitir surpresas.

Uma semana para preparar a fórmula e colocá-la em prática contra o Guarani domingo, em Campinas. Vamos aguardar o que virá por aí.