Vitória do São Paulo mostra que Carpini atrapalhava e que, agora, sobra ânimo novo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Atlético-GO em Goiânia, conseguindo sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. E foi uma vitória convincente. Por mais que o time tenha jogado com dois a mais em boa parte do segundo tempo, no primeiro tempo o Tricolor já havia dominado o jogo e feito 1 a 0, com belíssimo gol de Calleri em ótima assistência de André Silva.

É bom lembrar que o Atlético-GO deu muito trabalho ao Flamengo, só perdendo por culpa da arbitragem, e perdeu por um suado 1 a 0 para o Botafogo, no Rio de Janeiro. Então não podemos descartar o adversário por completo.

Milton Cruz fez duas modificações em relação ao time que vinha sendo escalado por Thiago Carpini, aparentemente, óbvias, que surtiram muito resultado: colocou Diego Costa para atuar do lado direito, onde ele tem menos chance de cometer erros, e Alan Franco do lado esquerdo, sacando Ferraresi, que é muito fraco. E colocou André Silva desde o início, não apostando em jogadores insossos como Michel Araújo e Galoppo.

Alan Franco fez sua melhor partida desde que chegou ao São Paulo e André Silva, além da assistência perfeita para o gol de Calleri, participou de vários lances, provando sua utilidade. Talvez se tivesse observado isso, Carpini não teria caído.

Mas e o ânimo dos jogadores?

Bem, é normal que quando há uma troca de técnico os ânimos se renovem. Quanto mais que o que está chegando é tido como muito exigente, linha dura e não vai admitir corpo mole. Então, mais do que não demonstrar comodismo, precisavam mostrar serviço. E mostraram.

Falando em Zubeldia, vi no histórico dele que é um cara arrogante, pavio curto, que exige muito do elenco e não admite chinelinho, Mais do que isso, não permite conselheiros, dirigentes e mesmo presidente no vestiário em dias de jogos, muito menos passeio de empresários e dirigentes nos treinos do time.

Se fechar a porta na cara de Júlio Casares e a cúpula do futebol, além dos empresários amigos do rei, já terá meu pedido de autógrafo garantido. Porém, se tiver essas atitudes, creio que tenha vida curta no São Paulo. Não por entender a diretoria vai demiti-lo, mas por porque ele mesmo vai pegar seu boné e vai embora.

Zubeldia é a melhor coisa que poderia os acontecer, comparado aos diversos nomes que foram ventilados semana passada. Mas nada vai adiantar isso se nossos cartolas continuarem com as “pavonices” e não deixarem-no trabalhar.

Derrota foi suave. O problema é a canalhice que estão fazendo com Carpini.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota sofrida para o Flamengo no Maracanã, nesta quarta-feira, foi suave. Muitos contavam com uma sonora goleada para o rubro-negro, em vista da fase que o São Paulo está atravessando. Mas não foi o que aconteceu. O grande problema, no entanto, é a canalhice que a diretoria do clube está fazendo com o técnico Thiago Carpini. Poucas vezes na minha vida vi uma diretoria ser tão indigna com um profissional, como a comandada pelo senhor Júlio Casares está sendo com o técnico.

Começando pelo jogo. No primeiro tempo entrou a escalação de Muricy Ramalho. Novamente três zagueiros, dois alas, dois volantes, um meia (meia?) e dois atacantes. Nada deu certo. O time não criou absolutamente nada, não chegou uma única vez no gol do adversário.

Em compensação, exagerou no direito de errar saída de bola no campo de defesa. Não poucas vezes Ferraresi, Diego Costa, Pablo Maia, Igor Vinicius e Welington ofereceram oportunidade ao Flamengo para marcar. Mas o gol saiu, não em falha individual, mas em chute de rara felicidade de Luiz Araújo, que houvera acabado de entrar no lugar de Everton Cebolinha.

Carpini, então, resolveu mudar no intervalo. Tirou a escalação de Muricy Ramalho e colocou a sua. Ou seja, tirou um zagueiro e o meia (meia?) para colocar dois atacantes abertos. Ao invés do 3-5-2 passou para o 4-2-4. Já que não temos meia, deixou Alisson fazendo esse papel e enfiou Luciano ao lado de Calleri, com Erick e Ferreira abertos.

Mas o que vimos foi o Flamengo jogando do jeito que queria, chegando ao segundo gol e transformando o jogo num treino de luxo. Até os 30 minutos do segundo tempo deu dó, verdadeiramente, do time do São Paulo.

Mas eis que marcamos nosso gol. Assistência do nosso meia Alisson para Ferreira, que fez de cabeça. Até deu sinal de que o São Paulo poderia chegar a um surpreendente empate. Mas ficou só no sinal.

Porém, quero tratar do principal tema: a canalhice que esta diretoria está fazendo com o técnico Carpini. Não estou aqui defendendo sua permanência. Entendo, até, que ele deveria ter saído após a derrota para o Novorizontino.

O mundo inteiro sabe – inclusive Carpini – que o São Paulo procura por um novo técnico e que ele está, digamos, cumprindo aviso prévio. Esta diretoria covarde, que só se “empavonece” (termo com licença poética) nas vitórias e enfia a cabeça no meio das plumas nas derrotas, está fritando publicamente Carpini.

No Rio de Janeiro, antes do jogo, Carlos Belmonte disse, ao ser questionado sobre Carpini, que “ele é o nosso técnico”. Júlio Casares, da mesma forma, acrescentou que “futebol é resultado”.

Carpini entrou sozinho no Maracanã, passou o jogo inteiro com cara de missa de sétimo dia, totalmente fora de concentração para dirigir o time. Porém foi profissional ao extremo, coisa que essa diretoria não está sendo. Fosse eu, me sentindo humilhado e desrespeitado a esse ponto, faltando uma hora para o jogo iria embora do vestiário, anunciando minha demissão. E deixaria que um deles se sentasse no banco.

A diretoria presidida por Júlio Casares, definitivamente, não sabe o que é respeito profissional, muito menos o que é respeito pelo ser humano. Abandonam o profissional como se ele fosse o único culpado por tudo, escondendo os verdadeiros vilões das contratações – inclusive a sua -, afinal, além da falta de dignidade, essa diretoria é extremamente covarde.

As grandes ações destes que assaltaram de vez o São Paulo são as perseguições a opositores, a jornalistas que colocam o dedo na ferida e apontam as mazelas praticadas por eles. Quando algo tem que ser feito pelo bem da instituição, preferem olhar no espelho e se perguntar se devem ou não colocar a cara para fora, medindo o eventual prejuízo pessoal.

Depois desta quarta-feira, não tenho mais o que esperar desta diretoria. Ela age cada vez mais concretamente no sentido de levar o São Paulo à insolvência – esportiva e financeira -. Talvez esteja próxima de conseguir seu intento.

Derrota já esperada de um time de alta instabilidade e técnico de alta incompetência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, talvez eu tenha sido o único jornalista e torcedor, nos grupos que frequento e nos programas que faço, a acreditar que o São Paulo ganharia o jogo deste sábado, do Fortaleza. Enquanto todos apontavam vitória do time cearense, meu palpite sempre foi de vitória do São Paulo. E vi que não era o mundo que estava errado e eu certo.

O time nem jogou tão mal. Dominou a partida no primeiro tempo, não se permitiu sofrer pelas jogadas agudas do Fortaleza, mas se estava com a defesa bem posicionada e o meio de campo com a marcação encaixada, faltava aquele algo mais, a cabeça pensante, o jogador que chama a responsabilidade e encontra um espaço para colocar alguém na frente do gol. Galoppo seria esse cara, mas, de novo, foi uma nulidade.

Quando esse jogador não existe ou, estando em campo, não desempenha a função, o técnico tem que mudar e criar opções, tipo plano b, para tentar furar a defesa adversária. Mas também nesse ponto, ou seja, no banco, temos um técnico altamente incompetente. E aí fomos derrotados. Nenhuma surpresa para muitos. Nem para mim. Afinal, eu só fui otimista.

Carpini não é mais técnico do São Paulo. É questão de horas para ser anunciada a sua demissão. A diretoria só está procurando um nome para trazer. Isso é fato. Não demitiu Carpini no vestiário para não ficar chato. Para ele, porque para nós, seria um alívio.

Mas vamos reconhecer que Carpini pegou uma bomba relógio. O time que ganhou a Copa do Brasil praticamente está todo aí com ele, exceção feita a Beraldo e Caio Paulista. Bem, só Beraldo não estar, já justifica a fase horrível. Mas nosso lado esquerdo é tão ruim que até Caio Paulista faz falta.

E, de novo, volto à diretoria, a mais incompetente de todas. Errou ao trazer um técnico aprendiz; se empolgou com a quebra do tabu em Itaquera e a Super Copa Rei. Viu o time eliminado do Paulista e sabia que teria 18 dias vagos até voltar a campo pela Libertadores. Deveria ter tomado a atitude ali, nao esperar a vaca começar a enfiar a cabeça no brejo. Pois é o que vai acontecer. Agora, depois de uma derrota na Libertadores (a vitória contra o Cobresal era mais do que obrigatória), e derrota no primeiro jogo do Brasileiro dentro de casa, resolveu acordar e vai trazer alguém.

Não sei quem será. Só sei que não terá tempo, sequer, de conhecer o elenco. Afinal, tem Flamengo quarta-feira e Atlético-GO domingo, Barcelona em Guayaquil na outra quarta, todos fora, e Palmeiras na sequência, em casa.

Se nada for feito com extrema urgência (repito, muito atrasado, como sempre), corremos o risco de chegar na outra semana com um ponto no Brasileiro, após quatro rodadas, ou seja, mergulhados no Z4, e com riscos de desclassificação na fase de grupos da Libertadores.

Sou um torcedor fervoroso, mas não posso deixar de ser realista. Esse é o nosso momento.

São Paulo se livrou da pressão, mas continua com instabilidade

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória “obrigatória” do São Paulo sobre o Cobresal nesta quarta-feira, no Morumbi, tirou uma grande pressão dos ombros do elenco e do técnico Thiago Carpini, mas não deu sobrevida infinita a ele, muito menos tirou a instabilidade que o time vem apresentando desde o início desta temporada.

Ganhar do Cobresal num Morumbi cheio era obrigação. Mas demorar até 40 minutos do segundo tempo para marcar um gol num time que não disputaria nem a série B do Brasileiro, já é demais.

A prova de que Carpini está perdido e precisa de alguém para tentar corrigir seu rumo está na escalação que ele colocou em campo. Está evidente que não foi ele quem escalou o time, mas Muricy Ramalho. A formação de três zagueiros remonta aos bons tempos do São Paulo, quando Muricy (antes Paulo Autuori e Leão) ganharam tudo pelo clube. Só que os tempos eram outros, o elenco era muito superior a este.

A prova maior da mão de Muricy foi que Carpini foi fazendo substituições, tirou Pablo Maia, Michel Araújo, Igor Vinicius, tudo para colocar o time mais ofensivo, mas em nenhum momento diminuiu o número de zagueiros.

Convenhamos que ele conseguiu dar mais consistência à defesa, mas isso deveria ser feito na Argentina, contra o Talleres, não no Morumbi, contra o Cobresal.

São erros assim que me levam cada vez mais ao descrédito com Carpini. O time continua sem conjunto, com espaços imensos entre os compartimentos em campo, a marcação é frouxa, o meio de campo continua com imensa dificuldade para armar, por mais que James Rodrigues tenha feito uma boa partida, com várias assistências. Mas num esquema com três zagueiros, onde os laterais são alas e mais atacam do que defendem, ficamos órfãos pelo lado esquerdo, porque Michel Araújo continua sendo um jogador nulo e o time, com isso, ficou penso pelo lado direito, onde Igor Vinicius até fez uma boa partida.

Outro dado que comprova a mão de Muricy: ele jogava com dois alas e dois centroavantes. Carpini não começou com um atacante aberto pelos lados e Calleri pelo centro. Optou por Luciano e o São Paulo jogou com os dois centroavantes. Luciano à parte, somos dependentes de Calleri. Se um resultado negativo nesta quarta-feira causaria a demissão de Carpini, ele que ajoelhe e agradeça a Calleri, o mais importante jogador do São Paulo nos últimos tempos, e também a Rafael por duas defesas que fez quando o jogo ainda estava 0 a 0.

Calleri é algo indescritível. O respeito, o amor, o profissionalismo, a raça, a dedicação, tudo o que ele dedica à camisa do São Paulo me emocionam. Sim, Calleri é capaz de arrancar lágrimas dos meus olhos quando está em campo e faz o que faz. Foi uma das únicas coisas certas que essa diretoria fez desde que assumiu, em 2021. Esse é o cara.

Foco virado, agora, para o Fortaleza, sábado à noite, no Morumbi, pelo Brasileiro. É ai que temos que dedicar nossas atenções e preocupações. Temos que ganhar o jogo, por uma série de fatores, mas o principal: começar com vitória o Brasileiro, que será desesperador.

São Paulo teve azar nas contusões, mas não evoluiu nada nos 18 dias de treinos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo pode dizer que teve azar no jogo em Córdoba. Afinal, perdeu Rafinha com 15 minutos, Lucas com 30 e Wellington Rato com 45 minutos. E, até por força de uma decisão de Carpini, jogou os oito minutos de acréscimos do primeiro tempo com dez jogadores.

E começo por aqui minha análise, que terá críticas e elogios ao técnico. Ele agiu corretamente ao não queimar a terceira substituição no primeiro tempo. E se alguém se machucasse no começo do segundo tempo: Jogaríamos um tempo inteiro com um a menos. O fato de ter sofrido um gol nesse momento do jogo não implica responsabilidade a Carpini por não ter feito a substituição de Rato. Até porque toda a jogada se desenvolveu pelo lado esquerdo de nossa defesa, com todo o time recuado e teve em Diego Costa o culpado por não chegar e dividir a bola com Sola.

Mas o primeiro tempo mostrou um São Paulo desorientado, um verdadeiro catado. James Rodrigues, clamor da torcida, não rendeu nada. É o tipo de jogador que quer a bola nos pés e não se esforça para marcar ninguém.

Mas não vou atribuir a James a responsabilidade pela derrota. Os 18 dias de treinos que o São Paulo teve não representaram nada em termos de evolução. É como se continuássemos no ritmo de jogo a cada dois dias, com jogadores se machucando – as mesmas contusões – o técnico vindo reclamar de excesso de jogos, sem tempo para treinar e outras coisas mais. Prova maior de que não temos um técnico à altura do São Paulo. O elenco já é limitado. O técnico mais ainda.

Entretanto, outro elogio a Carpini. Ele colocou em campo quem ele tinha no elenco. Não pode ser responsabilizado pelas partidas ruins de Igor Vinicius e Ferreira, nem pelo péssimo futebol de Erick. Porém, foram substituições necessárias pelas contusões. Quando ele mexeu taticamente no time, sacando James Rodrigues e Alisson, fazendo entrar Luciano e Galoppo, o São Paulo cresceu. Marcou o gol e quase empatou o jogo, não fosse a defesa gigantesca do goleiro argentino.

Voltamos, então, ao desentrosamento e falta de sistema tático do time. A defesa é um horror. Wellington vai para a frente, obriga Diego Costa a sair na cobertura, Arboleda vai cobrir Diego e ninguém cobre Arboleda. Assim saíram várias jogadas perigosas do Talleres. Sem contar que Diego Costa foi diretamente responsável pelos dois gols. No primeiro não chegou, no segundo “deu o passe” para o atacante argentino.

E o Departamento Médico? O que tem a dizer? Certamente não dirá nada, pois será acobertado pela diretoria opaca deste clube. Mas é, como diz meu amigo Edson Lapolla, um verdadeiro Triângulo das Bermudas.

Volto a afirmar: o que me preocupa não é a Libertadores, mas sim o Brasileiro. Me deixa em pânico. Nosso elenco é ruim e nosso técnico é horrível. Que Deus nos ajude!

São Paulo, um clube comandado por empresários.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o programa Somos Todos São-Paulinos desta segunda-feira trouxe um trabalho espetacular do companheiro Dario Campos, do Agonia Tricolor (comentarista em nossas jornadas esportivas e membro fixo do programa), mostrando uma relação pouco provável, mas verdadeira, entre a venda de Eder Militão para o Porto, e a vinda de James Rodrigues para o São Paulo. Foi uma noite de êxtase do programa, a partir do próprio título que reproduzo neste editorial, criado pelo Ramone Artico.

Não vou estender meu texto, mas fazer um breve resumo: Militão foi vendido ao Porto por 7 milhões de euros (apesar de no balanço do São Paulo aparecer 7 milhões de reais, talvez um erro de sifrão). Isso em 2017. Depois há uma nova venda de Militão, agora por 5 milhões de euros (de novo o São Paulo marca 5 milhões de reais, talvez mais um erro).

O curioso é que 2/3 do valor pago pelo Porto ao São Paulo na realidade não foi o time português quem pagou, mas uma empresa que tem, entre os sócios, Giovani Bertolucci, o empresário quem tem créditos próximo dos 40 milhões de reais junto ao São Paulo.

A compra de dois terços do passe de Militão por uma empresa não teria problema algum, fossem os direitos econômicos. Mas segundo o balanço do São Paulo, foram os direitos federativos, algo proibido pela Fifa. Mas talvez tenha sido mais um erro no balanço do São Paulo, um erro de grafia.

Continuando, a comissão paga pelo São Paulo a Bertolucci pela venda de Militão ao Porto foi de 3 milhões e 300 mil euros, em valores redondos. Ou seja: 47% do valor do jogador. É ilegal? Não. Apenas imoral e de difícil explicação. Em qual atividade do mundo um agente, seja em que setor for recebe quase 50% de comissão por uma venda?

Militão foi vendido ao Real Madrid por 52 milhões de euros. Lá também se pagou uma comissão próxima de 40%. Mas sabe-se que os empresários, a empresa e o jogador ficaram com algo próximo a 18% do total da transação e que o restante foi parar no bolso do presidente do Porto, que foi afastado do clube e preso.

E aqui no São Paulo? Quanto coube a cada uma das partes nessa operação? Sabemos que o São Paulo não pagou a comissão para Bertolucci, porque também não recebeu do Porto. Levou dois anos e teve que acionar a Fifa para que o Porto pagasse. Porém a dívida do São Paulo com Bertoucci, que era na casa dos 12 milhões de reais, começaram a correr juros, multas e, com outras vendas de jogadores do empresário, hoje chega a 40 milhões de reais.

Mas onde entra James Rodrigues? Sem clube na Europa, dispensado do Olimpyacos antes do térmico do contrato de experiência, Jorge Mendes, empresário de James, acionou empresários no mundo inteiro tentando encaixar o colombiano, ainda que com salários menores, compatíveis ao País que ele fosse jogar. Foi aí que Bertolucci levantou a mão, recebeu o jogador (que ainda pertence ao português Jorge Mendes) e enfiou no São Paulo.

Ao contrário do que garante a diretoria, de que o salário de James era pouco mais de R$ 900 mil mensais, pelo acordo feito no momento que haveria a rescisão, em fevereiro, mostra que é muito mais. O São Paulo se propôs a pagar R$ 10 milhões por sete meses de atraso. Como se sabe, esse atraso só pode ser das luvas e dos direitos de imagem e tudo isso, somado, não podem chegar a 50 por cento do salário da CLT. Bem, se foram dez milhões de atraso por sete meses nesses dois pontos, significa que o total pode chegar a R$ 20 milhões. Se dividirmos isso por sete, teremos um valor muito próximo a R$ 3 milhões por mês. Mas se a diretoria diz que eram R$ 900 mil, quem estaria recebendo o restante do dinheiro? Haveria uma “rachadinha”dentro do São Paulo?

E a comissão dos empresários no caso de Militão, também seria uma “rachadinha”? como no Porto?

É fato, por tudo isso que foi mostrado, que o São Paulo seja por interesse, seja por necessidade, é o próprio paraíso dos empresários.

O mais estranho de tudo é que tudo isso aconteceu no balanço do São Paulo e nenhuma auditoria, nenhum membro do Conselho de Administração, nenhum integrante do Conselho fiscal, nenhum conselheiro do Deliberativo viu ou levantou a suspeita. Por que será? Num País sério, todos, eu disse TODOS, teriam “rodado”.

Falei, na abertura do programa, que Leco, Raí, Alexandre Pássaro, Eduardo Albarello, Leonardo Serafim e Júlio Casares não precisariam ir, de imediato, para a Embaixada da Hungria. Mas seria conveniente que começassem a fazer amizade com embaixadores do Canadá, da França, da Alemanha, da Venezuela, para, quem sabe, passarem alguns dias lá discutindo o futebol nesses países.

Eliminação só ratifica o pavor que me ronda para o Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o que se previa – com a razão, não com o coração – aconteceu: estamos eliminados do Campeonato Paulista nas quartas-de-final, em pleno Morumbi lotado, pelo Novorizontino. De novo somos eliminados em nossa casa, como outrora o fomos por Mirassol, Penapolense, Ponte Preta, São Caetano, e ai vamos.

O grande problema, no entanto, não foi essa eliminação, mas está por vir: o Campeonato Brasileiro. Já escrevi aqui – e fui ridicularizado por alguns – que teremos um ano de intenso sofrimento, brigando contra o Z4 e amargurando eliminações na Libertadores e Copa do Brasil. Também havia dito que não acreditava em título no Paulistinha (ou Mundial Paulista?).

Alguns me chamaram de pessimista, de tentar me enfiar na oposição contra a diretoria, de ficar procurando pelo em casca de ovo para fustigar Júlio Casares e sua turma, mas os resultados estão aí e o futuro lúgubre só não vê quem não quer.

O São Paulo conseguiu sua classificação para as quartas-de-final do Paulista aos 50 minutos do segundo tempo, através de um pênalti, contra o pior time do campeonato, já rebaixado. Era evidente que teria dificuldades para jogar contra o melhor time do interior (exceção do RB Bragantino). Mas, pera aí: o melhor time do interior é da série B do Brasileiro. Posso entender que esse é o nosso nível?

O São Paulo vive de Lucas. Sim, porque não temos Calleri e não sei por quanto tempo não teremos. A diretoria continua escondendo o jogo e não diz abertamente o que ele tem, que tratamento fará e por quanto tempo ficará parado.

Aliás, por falar em departamento médico, e Moreira? De novo? Três jogos jogando ou no banco e quatro no Reffis?

Entre os personagens da partida preciso destacar alguns, todos pelo lado negativo (até porque de positivo só tivemos Rafael e Lucas). Wellington, péssimo dos péssimos; Erick entrou foi péssimo dos péssimos; Diego Costa e Michel Araújo conseguiram isolar cobranças de penalidade e eliminaram o São Paulo. E, para terminar, James Rodrigues. Um cara que ganha R$ 1,3 milhões por mês (alguns dizem que chega a ser R$ 2 milhões) se esconde da responsabilidade de cobrar um pênalti. O que a diretoria quer fazer com um cara destes ainda no elenco? Já está mais do que provado que ele não está nem aí para o São Paulo. Manda treinar em Cotia junto com o Wellington e pronto.

E o futuro? Tem Copa América que vai tirar do já fraco elenco do São Paulo, ao menos, seis jogadores: Arboleda, Ferraresi, Bobadilla, James Rodrigues, Pablo Maia e Rafael). Com que qualidade de elenco vamos disputar jogos da Libertadores e do Brasileiro?

Então vejam, os que acham que sou pessimista e alarmista, que sei o que estou falando. O futuro me assusta muito. Mais:: o futuro me apavora. Talvez a conquista da Copa do Brasil de 2023 – um marco na nossa história – tenha nos trazido a falsa impressão de que o campeão voltou. Mas ao olharmos o presente, entendemos que o futuro será recheado de Losartana e Isordil.

Classificação no sufoco ratifica o que vimos falando: a luz laranja está acesa!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb e ouvinte da Rádio São Paulo, o time conquistou a classificação às quartas-de-final do Campeonato Paulista com um gol de pênalti marcado aos 50 minutos do segundo tempo. Um verdadeiro sufoco. Dirão os dirigentes: ‘o pênalti aconteceu, estava dentro do tempo de jogo e, portanto, com bola rolando, ganhamos’. Inconteste. O problema é o “como ganhamos”.

É inadmissível chegarmos na última rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista e obtermos a classificação nessas condições. Não tínhamos no grupo Flamengo, Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras. Não. Eram Novorizontino, São Bernardo e Botafogo. Portanto, a luz laranja está acesa.

Se tivemos essa dificuldade para passar por esse grupo, o que dirá a Libertadores? Ali, além de um nível um pouco maior dos adversários, existe o fator pressão que eleva o sistema nervoso dos jogadores e pode aumentar a dificuldade para uma classificação.

Aliado a tudo isso, vem o Brasileiro, aí sim com grandes jogos e que colocarão nosso elenco à prova. E, pelo que percebemos, esse elenco não vai aguentar o repuxo.

Precisamos de um zagueiro canhoto para jogar ao lado de Arboleda. Está provado que Ferraresi, Diego Costa e Alan Franco não darão conta do recado, entre quem entrar. A saída de Beraldo fez o futebol de Arboleda regredir e, se até fim do ano passado ele era unanimidade, já está perdendo esse posto.

Precisamos de um lateral esquerdo titular, porque com a saída de Caio Paulista (antes já houvera saído Reinaldo), ficamos apenas com o reserva deles e o reserva do reserva. Wellington chega a irritar. É ruim na frente. É péssimo lá atrás. E ainda faz frescura para renovar contrato, querendo uma grande recompensa salarial. Se é por falta de adeus, tchau. E Patryck? Bem, melhor nem comentar.

Outro problema que ficou patente: temos Pablo Maia como primeiro volante. E só. Luan já foi embora – não aguentaria o tranco -, Bobadilla não sabe o que é isso, Alisson também não. Quem sabe esse outro primeiro volante possa ser Luiz Gustavo. Se ele conseguir jogar, porque as contusões na idade dele são mais demoradas do que de costume para a recuperação.

Não temos um meia que pense o jogo. Sim, tem o James Rodrigues. Mas duvido que ele consiga atingir a forma física ideal para aguentar um jogo inteiro, com muita intensidade. Tem entrado bem quando é colocado aos 15 minutos do segundo tempo, pois entra descansado contra adversários cansados. Mas neste domingo, com campo encharcado, gramado ruim, ele foi mais do mesmo.

Em contrapartida temos três laterais direitos, vários atacantes de lado e vários segundos volantes (não esqueçam que Rodrigo Nestor está voltando). O que prova que temos um elenco desequilibrado e fraco. Me enganei no início do paulista ao achar que o time estava mais fraco – pelas saídas de Beraldo e Caio – mas que o elenco estava mais forte. Ambos estão mais fracos.

Não me assusta uma eventual eliminação para o Novorizontino no Morumbi. Aliás, que fique claro, não acredito que o São Paulo seja eliminado. O que me preocupa é o que virá lá na frente. Se perdermos a Libertadores logo na fase de grupo será frustrante, mas não tanto como passar o ano brigando contra o Z4 do Brasileiro.

Acreditem: não estou sendo alarmista nem pessimista. Só que o pior cego é aquele que não quer ver.

De assaltado a vilão: os bandidos trocam a posição do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb e ouvinte da Rádio São Paulo, o São Paulo, que foi assaltado pela arbitragem no choque-rei de domingo, no Morumbi, está passando a vilão da história. Tudo por culpa da bandidagem que domina o futebol brasileiro, desta vez, especialmente, do Paulista.

No jogo de domingo, Daiane Muniz dos Santos (VAR) e Matheus Delgado Candançan (árbitro) arrasaram o São Paulo. Primeiro com a não expulsão de Richard Rios, na entrada criminosa que deu em Pablo Maia. É impossível acreditar que nem Candançan nem Daiane tenha visto o lance, porque o cartão amarelo foi dado. Depois da repercussão negativa, a explicação dada pelo árbitro é de que ele não poderia dar o cartão vermelho, porque houvera saído o gol e seria dupla punição. Uma ova. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não foi um pênalti, que originou a marcação. Foi uma “tentativa de homicídio”, que teria que ser punida com o vermelho direto, sem o amarelo. Erraram grotescamente árbitro e VAR.

Depois no pênalti marcado pela Daiane do Rafael em Murilo. Tiveram a pachorra de analisar o lance em câmera lenta, sabedores que são que isso muda qualquer foco de interpretação. Além do mais, basta parar o lance para perceber que Rafael dá um soco na bola e, ao mesmo tempo, Murilo, que está de costas, coloca a cabeça. As mãos de Rafael atingem ambos, mas com uma fração de segundos a primeira a ser tocada é a bola. Mas a dupla dinâmica, mais uma vez, operou o São Paulo.

Aí veio o pênalti em Luciano. Se fosse um bom árbitro, não precisaria do VAR. Mas Daiane o chamou e, em menos de 30 segundos se convenceram que não foi pênalti. Mais um assalto em pleno Morumbi.

Tudo isso sem contar que Abel Ferreira e sua comissão técnica se revezaram em xingamentos à arbitragem, em ofensas, e nada aconteceu. Nosso auxiliar técnico foi reclamar e tomou cartão vermelho.

Lá fora, na zona mista, Calleri, Rafinha, Carlos Belmonte e Júlio Casares se indispuseram com a arbitragem. Júlio Casares veio à imprensa e falou o que eu esperava que o presidente do meu clube falasse. O único problema é que ele se preocupou muito em elogiar a competência e a lisura da Federação Paulista de Futebol. Poderia receber 10, mas por essa infeliz atitude vai receber 7.

Já Calleri, ofendido pelo quarto árbitro, revidou os xingamentos. Carlos Belmonte chamou Abel Ferreira de “português de merda”. E Rafinha esbravejou o quanto pode. Eles nos representam.

Agora a Federação Paulista de Futebol, aquela tida como competente e lisa, vai denunciar o São Paulo no TJD e poderemos ficar sem o Morumbi por alguns jogos, Rafinha e Calleri podem pegar suspensão e Carlos Belmonte pode ser processado criminalmente por xenofobia.

Xenofobia aonde, cara pálida? No calor de uma discussão, ofensas são trocadas e tudo é deixado de lado, porque todos estavam de cabeça quente. Garanto que eu teria feito isso ou até mais. Porém essa merda de “politicamente correto” está acabando com nossas brincadeiras, nossas brigas, nossa vida.

As punições que se preveem contra o São Paulo mostram algumas coisas:

  • O Palmeiras manda e desmanda nas Federações, graças ao poderio financeiro de sua presidente;
  • Abel Ferreira e seus auxiliares tem carta branca para fazer o que bem entenderem, que será aceito plenamente pela arbitragem, pelo poderio financeiro da presidente do clube ao qual eles pertencem;
  • Isso tudo vai acontecer, além do que citei acima, pela total falta de competência e representatividade do São Paulo nos bastidores do futebol. E é sabido por todos, até pelos mais inocentes, que sem bastidor, não se ganha nada.
  • Júlio Casares falou o que deveria falar. Mas e agora? Vai recuar? Vai ficar acuado? Vai ficar com a bunda sentada na cadeira e o celular na frente da cara fazendo selfies, dizendo “espelho, espelho meu, existe alguem melhor do que eu”? Ou vai levantar e bater o pau na mesa do presidente da FPF e exigir respeito a um clube que é tricampeão mundial?
  • Por último, se for macho mesmo e quiser resgatar o respeito, mande o time Sub-20 para Itu e faça o ônibus quebrar na estrada. Damos WO sem opção de punição. E mandamos o Campeonato “Mundial” Paulista para o quinto dos infernos.

Sei perfeitamente que é muito difícil fazer tudo isso. O São Paulo vem sendo desrespeitado desde que Juvenal Juvêncio brigou com Ricardo Teixeira, antes da Copa do Mundo do Brasil. Agora principalmente, com uma diretoria golpista, a moral cai ainda mais.

Entretanto, é hora de uma união em torno do respeito ao São Paulo. E que a Torcida que Conduz faça a sua parte.

Assalto no Morumbi, versão 03.24

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ouvinte da Rádio São Paulo, o que aconteceu no Morumbi neste domingo foi uma absoluta vergonha. Não vou dizer aqui que foi o maior roubo da história, porque talvez já tenha visto algo pior. Mas classifico entre os maiores.

Sei que devo usar esse espaço para abordar a partida, mas se torna impossível não passarmos pela arbitragem.

Já no início do jogo, meu companheiro Dario Campos, do Agonia Tricolor, comentarista da Rádio São Paulo, alertava para o risco que iríamos correr, não só pelo potencial do time do Palmeiras, mas pela pessoa que estava escalada para o VAR: Daiane Muniz dos Santos. Palmeirense assumida, já errou muito contra o São Paulo. Aliás, sei lá qual a razão, talvez tenha sido quem mais atuou na “cabininha” em jogos do nosso time.

Podemos lembrar alguns eventos recentes: o pênalti dado para o Santos. A Edna não marcou, mas o VAR, Daiane, chamou para marcar um pênalti, no mínimo, duvidoso. Foi ela também quem fez o árbitro expulsar Arboleda. Nesse caso posso até concordar, mas o jogo já estava indo embora.

Neste domingo, o árbitro não deu o pênalti de Rafael. Mas Daiane o chamou e o convenceu a marcar um pênalti que em hipótese alguma aconteceu. A mesma Daiane que não chamou o árbitro para revisar o lance de Richard Rios, na entrada que deu em Pablo Maia. Aquilo era lance de expulsão. O mesmo VAR que até chamou o árbitro para ver o pênalti sobre Luciano (que existiu), mas na conversa não teve a mesma convicção para convencimento do árbitro e ele, portanto, não marcou.

Isso é um escárnio, que enche ainda mais de lama o já sujo futebol brasileiro. O pênalti para o Palmeiras, inexistente, só foi marcado por Abel estava na beira do gramado, como de costume, “apitando” o jogo. E tudo sempre é assim com o Palmeiras. Abel grita muito, ameaça invadir o campo, os árbitros se afetam e marcam o que ele quer.

A cada dia que passa fica mais claro que o São Paulo continua sendo tratado como Zé ninguém, o coitadinho ali da esquina. Desde que Juvenal Juvêncio brigou com Ricardo Teixeira, antes da Copa de 2014, nós temos sido relegados a segundo plano e perdemos toda a força que tínhamos nos bastidores. Entra presidente, sai presidente, se reelege presidente e nada muda.

Júlio Casares foi bem no pós jogo. Ele falou o que tinha que ser falado e mostrou quem é o São Paulo. Mas essa revolta ganha mais força quando vem após uma vitória. E vou voltar aquele jogo, onde Anderson Daronko tentou acabar com o São Paulo, brigando com a imagem e não aceitando a posição do VAR dando um pênalti para Calleri, no Chiqueiro. Mesmo assim ganhamos o jogo lá dentro. Ali a diretoria deveria ter feito um grande escândalos, pois não seria choro de derrotado. Mas não. Optou por fazer “selfies” com os heróis da partida para “bombar” nas redes sociais e deixar prá lá o roubo. Por isso continuamos sendo largamente assaltados dentro de nossa casa, onde nossos diretores preferem ficar alardeando o Morumbis ao invés de fazer valer nosso mando e nossos direitos.

Sobre o jogo, pouco ou quase nada a falar. Quando se tem uma arbitragem tão danosa quanto essa, melhor entender que o resultado pode ter sido bom, desde que ganhemos domingo do Ituano. Do contrário, ele terá sido trágico. Mas isso só saberemos no próximo domingo, espero, sem a Daiane no VAR.