Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acabou o incômodo tabu. Finalmente ganhamos em Itaquera, com méritos e com destaque especial para Thiago Carpini. Sem, é lógico, destacar a partida memorável de Calleri.
Alguns diziam que este seria o melhor momento de todos para quebrarmos o tabu. Lembrei, nos jornais que apresento, que ano passado fomos lá jogar contra um time que entraria no Z4 se perdesse do São Paulo, e nós estávamos em alta. E só empatamos. Pior: depois perdemos no jogo de ida da Copa do Brasil. Então, o momento é o de hoje, independente da condição de ambas as equipes. Afinal, clássico se faz de detalhes e o São Paulo soube ter esses detalhes a seu favor.
Quando vi a escalação percebi que Carpini teve uma inteligência suprema. Já que chegou agora e não conseguiu ter pleno conhecimento da capacidade do elenco, apostou no time que conquistou a Copa do Brasil, com uma pequena variação de posicionamento em campo, e conseguiu a vitória. Marcou pressão a saída do Corinthians, com Calleri, Luciano, Lucas e Wellington Rato sufocando a defesa adversária e o resultado eram os chutões de Cássio para se livrar da pressão.
O gol de Calleri demorou a acontecer. Mas saiu. E foi por uma jogada que há tempos não via no São Paulo: lançamentos longos. Os últimos técnicos (vou citar apenas Rogério Ceni e Dorival Jr) faziam os zagueiros se tornarem meias e irem com a bola até a frente entregá-la a domicílio para os atacantes. Antes do gol de Calleri, num lindo lançamento de Rafinha, já houvera acontecido outros, como Arboleda, Welliington, Pablo Maia, Lucas, enfim, vários lançamentos, com direito a dois gols perdidos por Luciano, jogadas interceptadas por Cassio a frente de Calleri e outros mais.
A expulsão de Caetano foi fruto de sua incompetência para marcar Calleri. Aí também sobrou visão de jogo. Calleri estava sendo marcado pelo equatoriano Felix Torres e estava tendo dificuldade. Por mais que o gol tenha saído em cima dele, quando Calleri ganha na corrida, ele havia se deslocado para jogar em cima de Caetano. Ganhou todas, a ponto do zagueiro adversário lhe dar um soco no rosto. Aliás, foi na cara do árbitro, que se fez de morto. Só que, ao ser chamado pelo VAR, teve que expulsar o zagueiro do Corinthians. Até aí já tinha saído um contra-ataque deles, com falta e cartão amarelo para Alisson. Se o árbitro apitasse o lance na origem, não haveria o cartão para Alisso e seria falta perigosa a nosso favor.
O gol de Luiz Gustavo, o segundo seguido que o time faz em cobrança de escanteio de Wellington Rato (o primeiro foi do mesmo Luiz Gustavo contra a Portuguesa), também mostra que estamos treinando mais e a pontaria funcionando.
Na avaliação de duas pernas, uma já foi vencida com méritos por Thiago Carpini. Essa vitória aumenta a confiança para o jogo de domingo, a avaliação de segunda perna para a nota de Carpini.