Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, era obrigatória a vitória neste sábado contra o Vasco. Afinal, jogando no Morumbi, temos que fazer valer nossa superioridade pelo mando de jogo. E assim o fizemos. Sofrido, mais do que o normal. Mas ganhamos. É o que interessa.
O jogo foi equilibrado durante a maior parte do tempo, com o Vasco não se intimidando por estar jogando no Morumbi, muitas vezes, até, surpreendendo o Tricolor, que não esperava essa forma de jogar dos cariocas.
Ocorre que o time vascaíno é muito limitado, diria até que vai ficar patinando lá atrás, entre o Z4 e a saída dele. Erros primários na defesa e no ataque, em trocas de passes. E o São Paulo soube se aproveitar disso.
O primeiro gol não foi por erro da defesa, mas por ótima jogada entre Caio, Marcos Paulo e Luciano, com assistência perfeita para Calleri fazer o gol. Já o segundo, dois atacantes do Vasco ficaram tentando dominar a bola, jogando um para o outro. Rodrigo Nestor apareceu nomeio, roubou a bola tocou para Luciano, perto da área defensiva, e saiu em velocidade. Luciano foi carregando a bola até o campo de ataque, serviu Nestor que livrou-se do zagueiro e fez um belo gol. Detalhe: um belo gol de contra-ataque perfeito, algo que não víamos no São Paulo há muito tempo. Diria até que nos tempos de Rogerio Ceni nunca vimos isso.
Naquele momento eu acreditava que sairia uma goleada. Mas um gol do Vasco trouxe suspense. A defesa do São Paulo sentindo muita falta de Arboleda. Diego Costa sem condição de jogo, técnica e não física, e Beraldo mostrando-se muito dependente do equatoriano. Rafael, que tinha feito uma grande defesa quando o jogo ainda estava 0 a 0, começou a falhar. E foram falhas gritantes em saídas do gol. A primeira delas, no começo do segundo tempo, originou um chute no travessão e quase o empate.
O São Paulo perdia chances lá na frente, criando outros contra-ataques. Dorival Jr, que havia entrado com três volantes (Luan, Gabi e Nestor) colocou um quarto volante (Pablo Maia), tirando Marcos Paulo. Achei exagero, mas… para segurar a vitória, vale qualquer coisas.
Só que aí ele foi abrindo o time. Tínhamos quatro volantes, ficamos com um, porque ele tirou Luan, Gabi e Nestor, recuando Michel Araújo, que tinha entrado, para a retaguarda. Tomamos o gol de empate, em falha de Diego Costa, que não acompanhou o atacante vascaíno. Isso aos 35 minutos do segundo tempo.
Mas aí percebi que as substituições foram acertadas, porque o São Paulo tinha em campo um time ofensivo, capaz de resolver o jogo. E assim aconteceu. Primeiro na cobrança certeira de escanteio de Wellington Rato na cabeça de Beraldo; depois em outro contra-ataque, puxado por Michel Araújo e nova assistência de Luciano, agora para Juan marcar o quarto gol.
Assim continuamos na parte de cima da tabela e nosso próximo jogo pelo Brasileiro será no Morumbi de novo, contra o Goiás. Ainda não vou evoluir nos meus cálculos. Apenas manter os pés no chão e dizer que nos meus cálculos de 46 pontos, faltam 34.