João Paulo de Jesus Lopes tentou fugir por todos os lados, evitou falar em nomes, mas deu pistas sobre o novo treinador do São Paulo. Aos poucos, as peças se encaixam e mostram que só uma grande mudança de rumo não levará Paulo Autuori ao Morumbi novamente. O clube quer anunciar o novo treinador entre quinta e sexta-feira.
Em entrevista nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda, o vice-presidente de futebol admitiu que o Tricolor não gastará muito (o que diminui as chances de Muricy Ramalho, dono de alto salário no Santos) e não descartou conversar com um treinador empregado, situação de Autuori neste momento.
As respostas penderam para os dois lados. Sem citar nomes, Lopes garantiu que divergências políticas – como o mau relacionamento de Muricy com o outro vice, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco – não impedem nenhuma negociação. No entanto, disse que está fora de cogitação abrir os cofres, como teria de acontecer para buscar o ex-santista, com salário de cerca de R$ 700 mil na Vila Belmiro.
– Há outras questões, especialmente a financeira. O futuro treinador deve se adaptar a essas questões – disse.
Em seguida, questionado sobre se isso afastaria Muricy, desconversou.
– Essas coisas são muito dinâmicas. O Luis Fabiano, quando veio, aceitou um valor muito inferior ao que recebia na Europa. Aconteceu também com o Adriano (em 2008). O valor do salário anual dele era umas dez vezes maior do que aqui.
João Paulo evitou também dar uma resposta direta sobre o São Paulo contratar um treinador que no momento está empregado. Paulo Autuori vem indicando que deixará o Vasco nas próximas horas por causa dos salários atrasados. O dirigente nega qualquer contato. Estranhamente, Adalberto Baptista, diretor responsável por apresentar jogadores e negociar, não participou do anúncio do lateral Clemente Rodríguez.
– Depende muito das circunstâncias. É algo que avaliamos. Não temos uma posição decidida sobre isso – driblou.
Desde a má campanha na Libertadores, a torcida do São Paulo pede em todos os jogos o retorno de Muricy Ramalho. O tricampeão brasileiro pelo clube, contudo, tem a resistência de Leco, de quem é desafeto. Autuori, mesmo campeão da Libertadores e do Mundial em 2005, nunca teve o nome gritado pelos tricolores, mas é unanimidade entre os dirigentes.
– A torcida é muito importante. A missão do clube é voltada para a coletividade. Temos de considerar, mas não podemos esquecer os parâmetros envolvidos. Isso não está ao alcance da torcida – afirmou.
Fonte: Globo Esporte
São estas figuras que conseguiram levar o time onde está, o que deve prevalecer é o desejo político do “grupo” que se instalou na direção. Mas como são os mestre da administração, devem continuar e se perpetuar no poder, servindo de palhaços no circo do futebol e ridicularizados pelos Kalils, Andrês e etc… Fiquem, estão levando o time para o nível de suas capacidades.