Simples e objetivo, Chavez se encontra como centroavante no São Paulo

A contratação de Andres Chavez gerou uma certa desconfiança entre os são-paulinos pelo histórico recente do jogador, que vinha sendo pouco utilizado no Boca Juniors e chamava mais atenção na Argentina por seus feitos fora de campo do que dentro das quatro linhas. Talvez por isso o jogador tenha chego ao Tricolor com mais gana de vencer de dar certo do país vizinho. E o começo é animador. Já são três gols em três apresentações, o que o credencia para assumir de vez a posição deixada por seu compatriota e amigo Jonathan Calleri.

Quando chegou ao clube do Morumbi, muito se questionou sobre a posição de Andres Chavez. O jogador tentou explicar e ficou claro de que só com a bola rolando a comissão técnica poderia se ter um parâmetro melhor do melhor lugar para aproveitar o reforço.

“A princípio, no Banfield, joguei como ponta esquerda e também como 9. Depois tive a oportunidade de chegar ao Boca, algo muito lindo para mim. Também tive a oportunidade de jogar nas duas posições. Joguei mais como ponta esquerda, mas não tenho problemas em jogar de 9”, disse Chavez em sua apresentação.

Em sua estreia, no segundo tempo do duelo contra a Chapecoense, Edgardo Bauza, então técnico são-paulino, o deixou mais livre pelo gramado, com tendência a compor o lado esquerdo. Apesar da reação da equipe naquela oportunidade – buscou um empate por 2 a 2 -, Chavez pouco apareceu.

No desafio seguinte, o argentino já fez diferente. Escalado como referência do ataque nos 90 minutos, Chavez mostrou que sabe usar o corpo, marcou um golaço da intermediária e ainda atormentou a vida dos zagueiros do Atlético-MG, apesar da vitória dos mineiros em grande noite do goleiro Victor.

No último domingo, de novo como centroavante, Chavez mais uma vez foi simples e objetivo. Sempre com poucos toques na bola e uma movimentação mínima, o camisa 9 marcou os dois gols entre os 73 minutos que ficou em campo e acabou com o jejum de vitórias da equipe.

Ao todo, Andres Chavez atuou somente 208 minutos com a camisa tricolor, não arriscou nenhum drible ou lançamento, mas marcou três gols de cinco finalizações certas que conseguiu. Quatro chutes foram além do alvo. De todas suas tentativas em balançar as redes, apenas duas foram de fora da área, o que praticamente o define como centroavante no São Paulo. Seu rendimento, inclusive, foi notícia no Olé, principal jornal esportivo de sua terra natal.

“O primeiro (gol contra o Santa Cruz) foi em um bom posicionamento de cabeça e o segundo o fez tropeçar, mas a bola entrou. Ele deixou o Boca buscando uma maior continuidade e ela se apresentada no país vizinho, um fato que parece deixar o ‘Comandante’ em êxtase”, escreveu a publicação.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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