Houve uma alegria geral na sala de entrevistas do CT do Parque Ecológico quando Emerson apareceu nesta quarta-feira. Às vésperas de mais um clássico contra o São Paulo, o provocador Sheik era promessa de frases bem mais interessantes do que as ouvidas, por exemplo, quando o porta-voz do Corinthians é o zagueiro Paulo André.
As respostas realmente acabaram sendo originais, com momentos de alguma provocação, porém o atacante procurou se controlar. O mesmo jogador que publicou a mensagem “que dó” depois de derrubar o Tricolor na Recopa Sul-americana disse ter carinho pela agremiação do Morumbi e não ver para ela qualquer risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
“Não é uma nova versão minha. É que, quando eu estava vindo para cá, pediram para eu pegar leve, ser tranquilo, ter calma. A ordem veio. Tem uma salinha lá depois em que o bicho pega. O Tite já de me deu umas duas ou três broncas, e levar bronca não é legal. Ele tem uma postura muito respeitosa, não gosta de qualquer coisa que possa magoar porque se coloca do outro lado. Dá pra entender tudo isso, é que eu não consigo, é mais forte do que eu. Mas hoje vou me comportar”, prometeu.
Segundo Emerson, a mensagem publicada após o último Majestoso foi “uma brincadeira com amigos” e o confronto do próximo domingo será um novo jogo. Mesmo em uma sequência negativa histórica, o São Paulo — clube pelo qual passou o camisa 11 do Timão — merece um “respeito absurdo”.
“Infelizmente, você tem que tomar um cuidado maior porque as pessoas hoje não veem esse tipo de coisa como uma coisa brincalhona. Sempre que posso eu brinco, tem são-paulino que me encontra na rua e dá risada. Resumindo: respeito muito o São Paulo, mas estou no Corinthians e minha história aqui é bem legal”, acrescentou.
Nessa dúvida entre provocar e não provocar, o atacante disse torcer pela recuperação do Tricolor e, questionado se estava sensibilizado com a fase ruim, respondeu: “Nem um pouco”. Na sequência, atendeu a um pedido por um palpite para o jogo entre São Paulo e Inter, na noite de quarta. “Onde é o jogo? No Morumbi? Inter.”
Ao fim da entrevista — na qual deu também declarações interessantes sobre Alexandre Pato, Carlos Amarilla, Jorge Henrique e atrasos —, Emerson foi informado de que a “polícia estava ali”, uma brincadeira com o fato de que a assessoria de imprensa do Timão apontava o fim do tempo da entrevista. “Pô, pensei que fosse a outra polícia. Não me assusta, cara!”
Fonte: Gazeta Esportiva