Sem mágoa, Sérgio Mota enfrenta o São Paulo pela primeira vez

Muitos diziam que ele seria o substituto do Kaká. Outros falavam em o “novo Raí”. O meia Sérgio Mota, campeão Brasileiro pelo São Paulo em 2007 e 2008, não conseguiu o mesmo espaço no Tricolor que os ídolos citados e acabou traçando outros caminhos pelo futebol nacional. De grande promessa, virou um jogador comum, relegado a clubes sem tanta expressão.

Neste domingo, ele enfrentará pela primeira vez o clube que o revelou, mas inicia a partida no banco. O armador de 23 anos é uma das opções do técnico Pintado, do Penapolense, para a partida válida pelas quartas de final da competição.

– O Guaru vai começar jogando. Eu cheguei no decorrer da competição e o time já estava fechado. E como dizem, em time que ganha não se mexe… Eu fico mais como opção. Não estou chateado por isso, também não nego que gostaria de começar jogando. Mas é opção do treinador e eu respeito. Estarei no banco torcendo para ter a oportunidade de entrar em campo e ajudar o Penapolense. É a primeira vez que enfrentarei o São Paulo e esse jogo é muito especial para mim – disse o meia.

Sem ser aproveitado pelo time do Morumbi, Sérgio Mota foi emprestado ao Toledo, do Paranpa, em 2009; no ano seguinte foi para o Ceará, Icasa e para o Santo André. Seu contrato com o São Paulo terminou em 2012. No começo desta temporada, ele assinou vínculo até o final do Paulistão com o Penapolense.

– Não tenho mágoas do São Paulo. Acho que eu é que não soube aproveitar as oportunidades que tive. Era muito moleque na época, não tinha maturidade. Muitas vezes, esculachei, não dei o meu melhor e acabei não tendo sequência de jogos. As pessoas não entendem, mas é difícil para nós jogadores não perdermos o foco: um dia, não temos nada; no outro, temos tudo – explicou.

Sérgio Mota acredita que tem potencial para voltar a jogar em um time grande. Ele admite que os rótulos de “novo Kaká” e “novo Raí” o atrapalharam.

– Eu sou jovem ainda e tenho muita lenha para queimar. Tenho meus sonhos, mas não vou virar nenhum Kaká ou Raí. Mas é sempre bom se espelhar em gente boa. Estou feliz agora porque consegui ter minha maior sequência de jogos. Neste ano atuei 18 vezes, dez no Santo André e oito no Penapolense. Sei que posso dar a volta por cima e voltar para um time grande – disse o meia.

Sérgio Mota não sabe o que fará depois do Paulistão. Diz que seu futuro está nas mãos de seu empresário, mas também afirma que não é hora de pensar nisso.

– Estamos focados no São Paulo. Sabemos que eles não são imbatíveis. Vamos para cima, mesmo sabendo que o favoritismo é todo deles. Eles é quem vão jogar com o apoio da torcida. Mas nós não vamos facilitar. Já conseguimos uma classificação inédita, podemos surpreender outra vez – disse o meia, que prometeu comemorar, caso entre e faça um gol.

Fonte: Globo Esporte

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