São Paulo votará balanço e contratos com Adidas e Globo; veja detalhes

Não é só dentro de campo com a semifinal do Campeonato Paulista contra o Corinthians que o São Paulo vive dias decisivos. O clube tenta aprovar as propostas de contrato com a Adidas e a Rede Globo e apresentar o balanço patrimonial de 2017 na reunião do Conselho Deliberativo nesta segunda-feira à noite, no Morumbi. O UOL Esporte teve acesso aos números das peças, que podem gerar boa parte da receita tricolor das próximas temporadas.

O acordo com a emissora prevê a cessão de direitos de transmissão em TV aberta e fechada dos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, de 2019 a 2024. Como luvas, o São Paulo receberá R$ 20 milhões no momento da assinatura do contrato.

Na sequência, os valores serão variáveis de acordo com performance do time e a exposição. No total, serão R$ 600 milhões divididos entre todos clubes, sendo 40% distribuídos de maneira igual para os que disputam a Série A, 30% por desempenho esportivo e outros 30% por exposição em TV. Não serão computados ainda as placas de propaganda no campo, que poderão ser comercializadas pelo São Paulo, e o direito de transmissão internacional.

Já no caso da Adidas, o contrato propõe um novo modelo de negócio para o São Paulo. Ao contrário da atual fornecedora, Under Armour, que tinha um valor mínimo de patrocínio e de venda de material esportivo girando em torno de R$ 17 milhões anuais, a empresa alemã não oferece uma quantia mínima.

Porém, o clube acredita que poderá ganhar mais desta maneira (cerca de R$ 20 milhões, ao menos). Serão 50 mil peças por ano como enxoval e 26% de royalties. Caso as vendas superem os R$ 25 milhões por ano, os royalties subirão para 30%.

Já no balanço do clube de 2017, a participação de terceiros nos contratos de jogadores diminuiu, da mesma maneira que o endividamento bancário. Já o superavit para o período foi de R$ 15 milhões, sendo que a previsão inicial era de deficit de R$ 7,5 milhões. A venda de jogadores, como David Neres (para o Ajax) e Luiz Araújo (para o Lille) contribuíram para tais números fossem registrados.

 

Fonte: Uol

4 comentários em “São Paulo votará balanço e contratos com Adidas e Globo; veja detalhes

  1. Se os números estão certos, esse contrato com a Adidas será péssimo.
    26% de R$ 25 milhões = R$ 6,5 milhões por ano.
    Estaremos fazendo propaganda, associando a nossa imagem e expondo a marca desse fornecedor por um valor bem baixinho.
    E para chegar a esse valor a Adidas precisa vender perto de 250.000 camisas. Não tenho informação sobre vendas de camisas, mas me parece uma quantidade alta.
    As 50.000 peças por ano para o Clube nem sequer é uma grande oferta, pois deve incluir todo o material de jogo e treino do profissional, base e esportes amadores.
    Aparentemente mais um mau negócio fechado pelo SPFC.

    • Serão 20 milhões anuais. Esses 26% são os royalties, que é o dinheiro pago para a Adidas ter o direito de usar a marca do São Paulo em propagandas e produtos, no final das contas ganharemos mais que antes, já que na reportagem diz que ganhávamos 17 milhões por ano.

      • Guilherme,

        quem garante que serão 20 milhões? Isso é uma expectativa, uma possível previsão. Tudo dependerá das vendas.

        A Under Armour pagava ao São Paulo 17 milhões em dinheiro e mais outra quantia em material esportivo totalizando um valor perto dos 30 milhões. Cito matéria do Estadão de dezembro passado: “O contrato com a Under Armour sempre foi visto como um bom negócio para o São Paulo, que recebia R$ 15 milhões anuais em dinheiro, mais um valor perto disso em materiais esportivos.”

  2. Institucionalmente o contrato com a Adidas é interessante. É ótimo para o São Paulo associar-se novamente à uma empresa top de mercado no setor em que atua.

    Economicamente, o contrato pode ser muito ruim. A Under Armour nos pagava algo entorno de 27 a 30 milhões ano. Mesmo com a revisão pretendida, o montante ainda superaria o valor esperado com a Adidas. Acho que 5 anos e meio é muito tempo. Ninguém compra camisa toda hora se o time não corresponde em campo.

    Quanto à Globo, não tem muito o que dizer. Ela faz todo mundo de trouxa. O caso da propina para a Conmebol não deixa dúvidas. Os clubes ganhariam muito mais sem monopólio.

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