Quem joga no elenco comandado por Ney Franco no São Paulo, tem grandes chances de entrar em campo. Nos seis jogos que o Tricolor disputou neste início de temporada, ele já utilizou 24 diferentes jogadores. A oportunidade atuar também existe no decorrer das partidas, pois Ney fez as três substituições possíveis em todos elas, tanto nas duas pela Libertadores, como nas quatro pelo Paulistão. Com tantas experiências e trocas na formação, o torcedor são-paulino ainda não sabe escalar o time titular. E isso tem irritado o povo das arquibancadas.
“Eu não posso ser influenciado pela impaciência da torcida. Eu tenho muita segurança no trabalho desenvolvido no São Paulo”, comentou Ney, a respeito da insatisfação da torcida, manisfestada mais claramente após o empate por 0 a 0 com a Ponte Preta, na última quarta-feira, no Morumbi.
É fato que, nestas seis partidas em 2013 (três vitórias, um empate e duas derrotas), Ney Franco optou por escalar uma equipe totalmente reserva no triunfo por 2 a 1 sobre o Atlético de Sorocaba. E o mesmo acontecerá no próximo compromisso, diante do Guarani, no próximo sábado, em Campinas. Entretanto, nas outras ocasiões imperou a falta de certeza sobre quem forma o time considerado ideal pelo treinador tricolor. Apenas o meia-atacante Cañete e o atacante Aloísio, que flutuam entre titulares e reservas, entraram em todos os duelos.
Apesar de tais dúvidas, o técnico diz categoricamente que sabe quem serão 11 jogadores que entrarão em campo para a estreia são-paulina na segunda fase da Libertadores, na próxima quarta-feira, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Algo é certo. Titular no imaginário tricolor, o meia Paulo Henrique Ganso vai ter de ralar muito para ganhar a posição de Jadson. E isso não acontecerá tão cedo.
“Eu não tenho dúvida nenhuma em relação a como nossa equipe vai jogar pela Libertadores. Às vezes, eu estou sendo mal interpretado nas mudanças, pois estou querendo dar ritmo para o meus jogadores”, defendeu-se Ney. “A base do time tende a continuar. E eu tenho que ficar atento ao desempenho do grupo”, emendou ele.
Jogadores do São Paulo usados em 2013
| Goleiros: Rogério Ceni e Denis |
| Laterais: Douglas, Carleto, Cortez e Lucas Farias |
| Zagueiros: Lúcio, Rhodolfo, Rafael Toloi, Paulo Miranda e Edson Silva |
| Volantes: Wellington, Denílson, Casemiro e Rodrigo Caio |
| Meias: Jadson, Ganso, Cañete e Maicon |
| Atacantes: Luis Fabiano, Osvaldo, Aloísio, Ademilson e Tiago |
O que Ney Franco diz ter na cabeça, mas o público desconhece é a respeito de três posições: lateral direito, zagueiro pela esquerda e atacante pelo lado direito do ataque. Douglas e Paulo Miranda brigam pela vaga na lateral. A vaga será do zagueiro improvisado se o primeiro vencer a disputa com Cañete e Aloísio, e ficar com o lugar no ataque. A briga na zaga envolve o até então titular, Rhodolfo, e Rafael Toloi, que deixou o time após a chegada de Lúcio, mas pode ser deslocado de lado e retomar o seu status.
Sendo assim, a formação ideal são-paulina, no esquema tático 4-2-3-1, conta com: Rogério Ceni; Douglas (Paulo Miranda), Lúcio, Rhodolfo (Rafael Toloi) e Cortez; Wellington, Denílson; Douglas (Cañete) (Aloísio), Jadson e Osvaldo; Luis Fabiano.
“Não é fácil garantir um lugar no time titular. São muitos bons jogadores e a briga é boa. É preciso treinar muito forte e mostrar vontade para convencer o Ney Franco”, disse Rafael Toloi, que tentará impressionar na partida contra o Guarani. “Nós estamos buscando ajustes para ter um time ideal. Todo mundo está pensando nisso e esperando esse jogo da Libertadores”, comentou o lateral esquerdo Cortez, que até agora não tem a sua titularidade ameaçada por Carleto, que também atuará no próximo sábado.
Em breve, mais um jogador terá a sua chance de brigar por uma vaga. Trata-se do atacante Wallyson, que veio do Cruzeiro para a esta temporada e está em fase final de um processo de fortalecimento muscular no seu tornozelo esquerdo. Ele é mais um que entrará na disputa para preencher a lacuna deixada por Lucas no lado direito do ataque são-paulino.
Fonte: Uol