São Paulo retorna ao G-4 e se cobra solidez da “era Ney Franco”

A vitória desta quarta-feira sobre o Internacional garantiu ao São Paulo terminar a rodada, no mínimo, entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, local em que o time não consegue se estabilizar desde 2012, época na qual ainda era dirigido por Ney Franco, que viria a colecionar uma série de polêmicas – inclusive com o capitão Rogério Ceni – antes de ser demitido na temporada seguinte.

Naquele ano, sob seu comando, a equipe fez uma ótima campanha de recuperação e conquistou vaga na Copa Libertadores, depois de passar as últimas nove rodadas em quarto lugar. Já na edição seguinte, a permanência na faixa de classificação durou apenas as primeiras quatro rodadas. No quinto jogo, um empate com o Grêmio tirou o São Paulo do G-4, antes da paralisação do calendário para a disputa da Copa das Confederações. Ney Franco nem estaria mais no reinício do Brasileiro, tendo sido demitido por revés na Recopa Sul-americana.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Um dos antecessores de Muricy Ramalho, técnico colecionou polêmicas, inclusive com Rogério Ceni

A partir daí, o desempenho na competição nacional despencou. Sob o comando interino de Milton Cruz, coordenador técnico, o time perdeu para Santos e Vitória. A diretoria, então, contratou Paulo Autuori, com quem o São Paulo teve um péssimo aproveitamento no geral (dez derrotas, quatro empates e três vitórias) e foi parar na antepenúltima colocação do Brasileiro. Muricy Ramalho, até hoje no comando, foi quem evitou o rebaixamento à segunda divisão.

 

O atual treinador também colecionou fracassos, especialmente em competições mata-mata – na temporada passada, foi eliminado pela Ponte Preta na Copa Sul-americana; neste ano, caiu para Penapolense e Bragantino, respectivamente no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil -, mas, depois de impedir a queda à Série B, agora leva o São Paulo de volta à faixa de classificação para a Libertadores depois de mais de um ano.

“Era o grande objetivo de todos”, avaliou, ainda no Beira-Rio. “O time, há algum tempo, não brigava por isso. Por vários motivos. No ano passado, tinha muita coisa errada. Estamos, desde o ano passado, lutando por isso. Estamos fazendo um novo grupo, com jogadores para ficar mais tempo, com três ou quatro anos de contrato. Estamos escolhendo a dedo”.

Apesar de exaltar o próprio feito, Muricy faz cobranças, até porque o time já viveu duas vezes, nesta edição, a experiência de ficar entre os quatro, mas caiu de rendimento. “É muito legal estar no G-4, só que a gente tem que ter mais consistência para permanecer e querer alguma coisa a mais lá em cima. Tem que ser consistente, não pode oscilar tanto quanto estávamos oscilando”, disse o técnico, depois da terceira vitória consecutiva na competição em que passou a ser considerado especialista após o tricampeonato pelo próprio São Paulo (2006, 2007 e 2008).

Neste momento, a distância para o líder Cruzeiro, que ainda vai a campo nesta quinta-feira, é de quatro pontos. Até o fim da rodada, apenas o Corinthians, atualmente quarto colocado (com 28 pontos ganhos), pode tirar a terceira posição do São Paulo. O próximo desafio à regularidade dos comandados de Muricy será diante do Santos, no domingo, no Morumbi.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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