Remédio ou veneno? São Paulo sofre, mas castiga rivais com bola aérea

O São Paulo convive com duas realidades desde o início da temporada. Um sistema ofensivo eficiente, que chegou a empolgar a torcida na invencibilidade de nove partidas e tem 33 gols no ano, e um sistema defensivo vulnerável e criticado, que foi vazado 24 vezes em 2017 e em todos os últimos 13 jogos. E esse dualismo está presente também nas bolas aéreas da equipe.

O técnico Rogério Ceni, após o empate em 1 a 1 com o ABC pela Copa do Brasil, chegou a dizer que não treinaria mais o quesito. O zagueiro Lugano endossou o discurso, alegando excesso de pressão sobre os jogadores para errar menos em cruzamentos. Contra Ituano e Botafogo, o problema parecia resolvido, até Jô dar o empate ao Corinthians no último domingo usando a cabeça.

No lance, Maicon sai da área para marcar a ponta esquerda rival, Rodrigo Caio tenta preencher o espaço do colega e pede que Júnior feche em Jô. Não houve tempo para a troca, um “erro básico” segundo Ceni. Foi o sétimo gol sofrido em bolas aéreas pelo Tricolor, que já havia sofrido assim contra Osasco Audax, Santos, São Bento, Novorizontino e ABC – duas vezes.

Por outro lado, os tricolores mostram eficiência justamente para aproveitar bolas aéreas e converter quase um terço dos gols da equipe no ano. O de Maicon foi o décimo da temporada, depois que Araruna cobrou escanteio e Cícero escorou para o meio. O desempenho é fruto de jogadas ensaiadas e variadas que confundem os adversários.

Tem escanteio curto, à meia altura, rasteiro na entrada da área para um outro atleta cruzar, além das jogadas com bola rolando, com os laterais Júnior e Bruno entre os líderes de assistências do time (três e quatro, respectivamente, com três a um para o primeiro em jogadas aéreas).

Foram vítimas Ponte Preta (Gilberto), Mirassol (Pratto e Rodrigo Caio), São Bento (dois de Pratto), PSTC (Cícero), Santo André (Gilberto), ABC (Pratto), Botafogo (Gilberto) e Corinthians (Maicon). Thiago Mendes e Luiz Araújo, com duas assistências cada, Maicon e Cícero foram os responsáveis pelos demais cruzamentos.

 

Fonte: Lance

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