Prestes a perder aposta para Ceni, Wellington mira o Corinthians

A cena ainda está muito viva na memória. Dia 21 de fevereiro, véspera do jogo contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista. Em treino no CT da Barra Funda,Wellington pisa em um buraco no CT da Barra Funda e torce o joelho esquerdo. O desespero tomou conta do atleta que, em 2010, já havia sofrido grave lesão no mesmo local. O diagnóstico aponta nova ruptura do ligamento cruzado anterior. Após passar por uma cirurgia inevitável, o meio-campista iniciou os seis longos meses de recuperação. E que estão chegando ao fim.

Nesta sexta-feira, Wellington inicia os trabalhos físicos com os preparadores Alexandre Lopes, Zé Mário Campeiz e Sérgio Rocha. Essa é a última etapa antes de ser liberado para treinar com bola com o restante do elenco. Já são cinco meses no Reffis.

A dedicação no tratamento acelerou a recuperação de Wellington. Ainda não é possível prever quando ele estreará em campo, mas o jogador ainda tem na cabeça um desejo: voltar antes do goleiro e capitão Rogério Ceni, que sofreu lesão no ombro em janeiro e também está perto do retorno.

Em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, Wellington revelou uma aposta com o camisa 1 do Tricolor.

– Apostamos quem voltaria mais rápido. Quem ganhar recebe uma camisa do outro. Eu sei que é proibido ganhar do patrão, mas ainda tenho esperança. O importante é que me sinto muito bem, não tenho nenhuma dor e faço tudo o que o pessoal do Reffis me pede – disse o jogador, otimista.

O meio-campista se mostrou impressionado com a dedicação do capitão são-paulino, que em 2012 completou 39 anos, sendo 21 dedicados ao clube do Morumbi. E revelou que, em muitos momentos de desânimo, Ceni serviu como incentivo.

–  É impressionante como ele ainda tem apetite. Ele já conquistou tudo na carreira pelo São Paulo e pela seleção brasileira e, mesmo assim, não vê a hora de voltar. Isso, sem dúvida, me motiva muito. Afinal não sou ninguém, ainda busco meu primeiro título pelo São Paulo. O Rogério me ajudou bastante. Em determinados dias, quando chegava desanimado para tratar, eu via a dedicação dele e isso me dava um gás extra – revelou.

Wellington sabe que falta apenas uma etapa para poder retornar aos campos. Difícil é conter a ansiedade.

– Resta uma pequena parte. Já faço tudo que me pedem, exercícios de salto, de coordenação, mexo com a bola. Acredito que ainda resta ganhar um pouco de força. Os testes já mostraram que existe um equilíbrio, mas o pessoal do Reffis quer ter uma margem de segurança. Com mais 20%, estarei liberado para treinar com os companheiros, que é o que mais quero. Confio totalmente no pessoal e sei que voltarei melhor do que estava – disse.

O volante mostra sofrimento ao falar da atual fase do São Paulo.

– Estamos passando por uma fase complicada, saímos da Copa do Brasil e perdemos nosso treinador. Acompanho todos os jogos. Quando não estou no Morumbi, vejo pela televisão e sofro demais. Ver o companheiro precisando de ajuda e não poder fazer nada é muito cruel. Por isso, quero que isso acabe o mais rápido possível – disse.

A ansiedade é tamanha que Wellington analisa a tabela do Campeonato Brasileiro para tentar imaginar em que partida poderá retornar ao Tricolor. Uma coisa é certa: de maneira nenhuma, ele quer perder o clássico contra o Corinthians, marcado para o dia 26 de agosto, no estádio do Pacaembu.

– Quero estar em campo nesse jogo. Vou fazer de tudo para estar 100% – finalizou.

Fonte: Globo Esporte

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