Preparação física do São Paulo comemora jogo decisivo em La Paz

Ter de jogar na altitude de La Paz (BOL), contra o Bolívar, não agradou a ninguém no São Paulo. Muitos também prefeririam decidir a vaga para a fase de grupos da Libertadores no Morumbi, mas a ordem dos duelos fará com que o time encare os 3.600 metros da capital boliviana melhor preparado fisicamente, no dia 30 de janeiro.

Quem garante é o preparador físico do clube Alexandre Lopes. Homem de confiança de Ney Franco na comissão técnica, ele será o responsável por coordenar os trabalhos da equipe na pré-temporada.

– Por ordem física, sem dúvida alguma é melhor decidir em La Paz. Até o dia 30 de janeiro, já temos um prazo maior para o jogadores estarem preparados. Afinal já teremos quase um mês de treinamento (o time se reapresenta em 3 de janeiro). Se o jogo na altitude fosse logo o segundo da temporada, seria bem pior – explicou Lopes.

Todos os trabalhos da pré-temporada já estão planejados e não devem ser alterados em virtude da partida contra o Bolívar. Quando a comissão técnica se reencontrar, haverá uma reunião para discutir se alguns métodos que existem para tentar amenizar os efeitos da altitude serão aplicados aos jogadores do elenco.

Na recente campanha do título Copa Sul-Americana, o Tricolor não teve de encarar nenhuma equipe em cidade alta. O Millonarios (COL), que manda sua partidas em Bogotá (2.600 metros acima do nível do mar), poderia ter sido o rival da final, mas acabou eliminado na semifinal para o Tigre (ARG), equipe que o São Paulo superou em uma decisão marcada pela polêmica briga no Morumbi.

Como o último jogo aconteceu no dia 12 de dezembro, os atletas terão um período reduzido de férias. Se voltassem apenas após 30 dias, eles não teriam tempo para se preparar para a estreia na Libertadores.

Preparação para superar a altitude e entrar forte na briga pelo tetra.

Com a palavra, Alexandre Lopes, preparador físico do São Paulo:

“Não há muito o que fazer aqui em São Paulo em termos de recursos para uma altitude como é essa de La Paz, que tem 3.600 metros. Existem alguns métodos utilizados para amenizar os efeitos e isso a gente vai conversar com a parte de fisiologia durante a nossa pré-temporada.

Já temos todo o mês de janeiro planejado na questão dos treinamentos físicos. Tudo o que faremos em cada dia está definido e, a princípio, não vamos alterar a nossa primeira parte de preparação em função desse jogo contra o Bolívar.

Você preparar para jogar em um local com 3.600 metros de altitude é complicado, principalmente logo no início da temporada, em que os jogadores estão voltando de um longo período de inatividade.

E, no ano que vem, podemos ter até sete competições (Paulista, Libertadores, Brasileiro, Suruga, Recopa, Sul-Americana e Mundial). Podem ser mais de 80 jogos. Além da pré-temporada, teremos uma parada no meio do ano, para a Copa das Confederações, que podemos dar um novo gás para o grupo.

Eu penso que o grande problema do calendário brasileiro é sair de férias e ter de começar a jogar quarta e domingo, quarta e domingo, logo no início do ano. Quem falar que o atleta está preparado está mentido. Você tira o atleta da inércia e o coloca em um período pesado de treinamento e já na sequência tem muitas partidas.”

Principais efeitos da altitude
– Dor de cabeça
– Náusea
– Vômito
– Tontura
– Insônia
– Durante a partida, a bola fica mais rápida e tende a subir nos chutes.

Fonte: Lance

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