Para São Paulo, lesão de Rodrigo Caio representa desfalque para Dunga

A diretoria do São Paulo não lamenta a perda de Rodrigo Caio, que só voltará a jogar em 2015, pelo dinheiro de uma venda para a Europa que poderia entrar nos cofres nos próximos 30 dias. Lamenta, e muito, pela perda esportiva, daquele que foi visto dentro do clube como o mais regular jogador de 2013, mesmo durante a crise que quase causou o rebaixamento no Brasileirão. E, para os dirigentes do clube, a cirurgia no joelho esquerdo não vai tirar o zagueiro apenas dos planos de Muricy Ramalho, mas também de Dunga, na seleção brasileira.

Rodrigo Caio se lesionou no sábado, contra o Criciúma, e deixou o Morumbi com dores. Nessa segunda-feira, foi submetido a exames que apontaram a ruptura do ligamento cruzado anterior – algo que estava praticamente fora de cogitação. Agora, ele será operado e pode ficar fora dos campos por até oito meses. Na expectativa mais pessimista, volta a jogar só em março de 2015. A diretoria crê que Rodrigo Caio estaria nas próximas convocações de Dunga para a seleção, a começar pela imediata, no próximo dia 19, para amistosos contra Colômbia e Equador em setembro, nos Estados Unidos.

“Lamentavelmente, ele vai ficar um longo tempo fora dos gramados. Para nós é horrível. Tínhamos até esperança que ele fosse convocado pelo Dunga”, disse o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, responsável direto pelo departamento. Questionado, ele afirmou que a expectativa pela convocação não veio por meio de alguma informação privilegiada. “Era esperança, ninguém nos falou nada”.

Apesar da fase nada brilhante do São Paulo de Muricy, a esperança da diretoria do São Paulo pela convocação de Rodrigo Caio era pertinente, ainda mais por se tratar do início de um novo ciclo que tem como objetivo atingir em seu auge a Copa de 2018, na Rússia, quando o zagueiro do São Paulo terá 24 anos. Rodrigo Caio foi o melhor jogador do São Paulo em 2013, até na crise e aos 19 anos, foi capitão das equipes de base do clube que o revelou, da seleção sub-17 e da seleção sub-20. É nome garantido nos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil.

Há dois meses, jogou com a seleção sub-20 o Torneio de Toulon, na França. Foi campeão e levantou a taça em um time que tinha o zagueiro Marquinhos, do Paris Saint-Germain (FRA) e alvo do Barcelona (ESP). Acabou a competição com o troféu de melhor jogador. A imprensa internacional fez comparações com Kaká e até com Dunga, por ter jogado o torneio como volante, e não na zaga.

Apesar de considera-lo do nível da seleção brasileira, o São Paulo não vai contratar um reforço para o setor. A diretoria confia que pode sobreviver até o fim do ano, pelo menos, com as peças que tem. Para Ataíde Gil Guerreiro, Rafael Toloi formará a dupla de zaga com Antonio Carlos a partir de agora, e terá Lucão, de 18 anos, como reserva imediato. Paulo Miranda e Edson Silva são outras opções para o setor.

“Está encerrado, a partir do momento que o Toloi voltou, está encerrada nossa busca por zagueiros. Zagueiro pelo lado direito, como o Rodrigo, nós temos Toloi, Paulo Miranda, Lucão”, falou, anulando possibilidades de reforços.” Zero. Mínima possibilidade. Na zaga está encerrado. Tenho uma grande confiança no Lucão. Para outros setores nós não buscamos, mas também não estamos fechados”, acrescentou Gil Guerreiro.

 

Fonte: Uol

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