Osorio pondera três seleções por ida à Copa, mas despista sobre México

Aos 54 anos de idade, Juan Carlos Osorio não esconde seu grande objetivo profissional: treinar uma seleção na Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Sem sondagens da Colômbia, bem comandada pelo argentino José Pékerman, o técnico do São Paulo despistou sobre a proposta recebida pelo México.

“Eu tenho 54 anos e meu proposito familiar é dirigir (um time) até os 60. Quero ir ao Mundial. Tive, sim, ofertas de seleções, infelizmente não a do meu país. Também sei que nunca vou dirigir o Brasil”, começou o colombiano em participação no Sportv. “Sou um homem centrado. Tenho duas ou três seleções que penso que podem ser uma boa mistura entre a minha proposta futebolística e a proposta esportiva deles. E no momento em que isso ocorrer, eu certamente vou considerar. Mas, no momento, o meu trabalho está aqui no São Paulo”, despistou o treinador.

Posteriormente, Osorio sinalizou que a única proposta que poderia lhe tirar do Tricolor seria de uma seleção, embora o momento da proposta mexicana não “coincida” com seu momento atual. “Existiram convites de outras seleções, além do México, e sempre disse não. Creio que não coincidiu com o momento pessoal e profissional. Estava feliz na Colômbia, no Nacional, mas interpretei o São Paulo, o futebol brasileiro, como oportunidade de trabalhar em outro nível e melhorar”, esclareceu.

“Estou totalmente focado. Eu creio que também é apropriado esclarecer que eu não iria. Respeito muito outros treinadores. É uma opinião muito pessoal: na Colômbia, recebi convites de rivais da mesma cidade e disse que não. Impossível. O (Independiente) Medellín conversou comigo e eu não quis. Não me vejo trabalhando com Corinthians, Santos ou Palmeiras porque são rivais do São Paulo. Estou no melhor clube que quero estar”, prosseguiu. “No México, também tive ofertas do Tijuana, Pachuca, Santos Laguna, Monterrey e Cruz Azul. E eu decidi vir ao São Paulo. Sempre falo aos atletas: de coração, decidi vir aqui. Não cai aqui por acaso”, avisou.

Osorio despistou sobre o interesse do México, mas deixou o futuro em aberto (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Osorio despistou sobre o interesse do México, mas deixou o futuro em aberto (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Diante das recentes polêmicas de arbitragem, Osorio defendeu o uso da tecnologia no esporte. “No futebol, para muitas pessoas, não há espaço para a tecnologia. Para mim, creio que vai ser necessário. Um lance desses pode decidir um jogo”, ponderou, em referência à controversa expulsão de David Braz na partida entre Corinthians e Santos.

Ainda sobre o clássico de domingo, Osorio comparou a agressividade do rúgbi com a deslealdade do futebol. “Acho que o rúgbi é um esporte mais violento, mais bruto, mas é jogado por um gentleman (cavalheiro). O futebol não, na América do Sul não. Não é disputado por nenhum gentleman”, avaliou. Por fim, usou o basquete como referência ao tratar da ofensividade do futebol brasileiro.

“Essa é a maior diferença quando você compara esportes como a NBA, o basquete, e o futebol. A proposta se mede pela quantidade de jogadores mais ofensivos ou mais defensivos que estão em campo. Às vezes isso dá certo, às vezes não dá. É uma decisão, e há alguns que concordam e outros não. Não é melhor nem pior, é diferente. Eu, sem sombra de dúvida, penso que o futebol brasileiro é tecnicamente melhor. Em conclusão, eu creio que o futebol brasileiro deve ser o mais ofensivo porque tem condições de jogar ofensivamente”, finalizou o colombiano.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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