Novo herói do São Paulo, Sidão já largou o futebol para ser segurança

Assim que a partida entre São Paulo e Sport acabou, parte do elenco correu em direção de Sidão para comemorar a vitória por 1 a 0. A boa atuação no jogo deste domingo pode ser exemplo do esforço do goleiro para tentar se firmar no Tricolor. Deixar a reserva e a desconfiança de muitos, no entanto, não são os primeiros casos de superação na vida do arqueiro.

Para chegar ao Morumbi, ele precisou vencer drogas, problemas com bebidas e calotes de clubes pequenos. Tantos percalços resultaram em uma pausa na carreira para virar segurança em uma pizzaria. Neste período, em 2007, pesou a amizade de infância com os irmãos Carlos Eduardo e Anderson Nóbrega para que ele pudesse voltar a jogar.

“Nós somos amigos de infância, crescemos no mesmo no condomínio e jogamos juntos na escolinha. O Sidão tinha 25 anos e virado segurança de pizzaria. Um dia, eu e meu irmão passamos em frente à pizzaria e o vimos lá. Falamos com ele, que estava chateado. Ganhava um salário mínimo e queria casar. Então, meu irmão, que era presidente do CATS [Clube Atlético Taboão da Serra], convidou ele para voltar”, contou Anderson, hoje o presidente do clube de Taboão.

“Ele tinha parado a carreira porque queria uma coisa fixa, estava cansado naquela época. Futebol é muito difícil, mas era o sonho dele. Acho que ele abraçou a ideia também porque nos conhecia, confiou pois somos amigos desde a infância”, completou Anderson.

Além dos problemas com falta de pagamentos em clubes, Sidão também precisou superar a morte da mãe, ainda no início da vida como jogador de futebol. “Ele teve alguns problemas que atrapalharam a carreira. Ele sentiu muito. Achou que poderia ter feito mais pela mãe, ele se perdeu um pouco, mas depois se converteu à religião. Ele sempre foi um cara bom, mesmo quando usou drogas e bebeu. Parece um sujeito bravo, por ser grandão e ter aquela aparência de rapper [risos], mas é um cara do bem”, disse o amigo.

Benquisto pelo elenco são-paulino, Sidão tem contrato com o clube até dezembro de 2018. Apesar do bom momento no Tricolor, se ele precisar de emprego ao fim do vínculo com o clube do Morumbi, já tem lugar para trabalhar.

“Vamos ver se ele encerra a carreira por aqui, ele é de Taboão e tem carinho grande pelo time. Acho que ele joga mais uns quatro ou cinco anos, mas a gente torce por ele no São Paulo. Ele merece esse sucesso”, afirmou o presidente.

 

Fonte: Uol

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