No São Paulo, comissão, direção e elenco fazem blindagem de “perseguidos”

Principais alvos da violência das torcidas organizadas do São Paulo, Michel Bastos e Wesley vivem momentos distintos – o primeiro está fora até do banco de reservas, enquanto o segundo assumiu vaga de titular e tem sido importante.  Ambos, entretanto, tem sido alvo de blidangem no clube, tanto da diretoria como dos próprios companheiros e da comissão técnica.

Os dois jogadores participaram de conversas com o diretor executivo de futebol, Marco Aurélio Cunha. A blindagem foi parte do assunto – o clube se comprometeu a absorver a pressão em cima dos atletas, e pediu que atuassem normalmente e não tivessem medo de arriscar em campo.

Em conjunto com o São Paulo, ficou combinado que os dois não falariam com a imprensa até a poeira baixar – independente do momento, seja fora do time, no caso de Michel, ou marcando o gol da vitória, no caso de Wesley, ambos tem mantido o silêncio.

O técnico Ricardo Gomes também tem sido cuidadoso ao falar dos jogadores. A Wesley, só elogios sobre a forma como lidou com a pressão, se dedicando nos treinos e assumingo vaga entre os titulares. Nesta quinta, após a vitória sobre o Cruzeiro, Gomes também elogiou a performance de Michel Bastos nos treinamentos, e previu que o meia deve estar de volta em no máximo dez dias.

O elenco também tem trabalhado para blindar os companheiros. Em entrevistas, só elogios, como foi com a coletiva de Rodrigo Caio nesta sexta. “Michel já superou muita coisa, no começo do ano teve bastante criticas, mas é muito experiente, passou por muita coisa na vida e isso não vai tirar o foco dele. Faz bem para o grupo, ele e o Wesley, fora do campo contagiam com alegria, o jeito de se comportar. Viveram muitas coias na vida e passam coisas boas pra gente”.

Ao marcar o gol da vitória diante do Cruzeiro, Wesley correu para o banco de reservas, e foi seguido e abraçado por todos os jogadores, em demonstração de apoio.

Michel Bastos ainda não deve ser relacionado neste domingo, diante do Atlético-PR. Wesley, por sua vez, deve ser titular.

 

Fonte: Uol

Um comentário em “No São Paulo, comissão, direção e elenco fazem blindagem de “perseguidos”

  1. É como aquela estória dos dois irmãos gêmeos que foram pra guerra: um voltou herói; o outro doente mental. A pressão sobre o Wesley parece ter feito bem; para o Michel Bastos conseguiu piorar a situação já nada boa. Interessante é o Carlinhos! Pra ele, nada significa coisa nenhuma: é um desinteresse total. Tanto faz jogar como ficar no DM; ser relacionado ou ficar em casa vendo o jogo pela TV; ser criticado ou elogiado (só pelo Osorio). Parece de uma insensibilidade total, o que, para um jogador de futebol, é muito ruim, uma vez que a vitória ou a derrota têm o mesmo peso, já que ambas não lhe proporciona sentimentos diferentes, e, assim sendo, diminui sua vontade e seu esforço em campo (raça). É lógico que isto é apenas minha opinião por observação das reações do jogador em campo e em suas entrevistas – não conheço o Carlinhos pessoalmente – mas, pelos comentários feitos a seu respeito por outros comentaristas, acho que é a mesma de muita gente boa…

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