Namorada de Aidar pede rescisão de contrato com São Paulo

Cinira Maturana da Silva, responsável pela empresa TML Foco Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda e namorada do presidente são-paulino Carlos Miguel Aidar, pediu nesta segunda-feira a rescisão de contrato com o Tricolor. Pelo acordo, Cinira receberia 20% de comissão sobre qualquer contrato de patrocínio que fechasse para o clube. A informação foi publicada pelo Tricolornaweb no dia em que surgiu o fato na reunião do Conselho Deliberativo.

O Tricolornaweb teve acesso ao comunicado oficial que Cinira enviou à diretoria do São Paulo. Na carta, ela revela que a parceria acabou por causa “das acusações sem nenhum fundamento contra a minha pessoa e minhas atividades profissionais, amplamente veiculadas nos meios de comunicação misturando um trabalho profissional com uma relação pessoal”.

No último dia 19 de dezembro, o Lznce revelou que a Puma, que negociava um patrocínio de fornecimento de material esportivo com o Tricolor, teve o acordo firmado em 28 de agosto de 2014 ignorado pelo São Paulo assim que a empresa se recusou a pagar comissão a Cinira. Vitoriosa na concorrência para substituir a Penalty, a Puma pagaria praticamente o mesmo valor que a Under Armour ofereceu dias depois: aproximadamente R$ 75 milhões por um contrato de cinco anos (R$ 15 milhões por temporada).

O presidente Carlos Miguel Aidar confirmou a rescisão do vínculo. E declarou ainda que analisará com cuidado os contratos feitos na gestão anterior, de Juvenal Juvêncio.

– Essa informação procede. Estamos, sim, rescindindo o contrato com a empresa TML, em que a Cinira estava envolvida. A carta foi enviada por ela a mim nesta manhã e eu já repassei a alguns conselheiros, juntamente com o contrato. Tudo o que for benéfico ao São Paulo eu vou fazer, mesmo que isso mexa com alguém próximo a mim. Então, os contratos que foram feitos na gestão anterior e que forem prejudiciais ao clube também poderão ser alterados ou desfeitos – declarou.

Carta na íntegra:

Prezado Presidente Carlos Miguel,

Sirvo-me da presente correspondência para solicitar o distrato do contrato de prestação de serviços firmado entre a minha empresa e o São Paulo Futebol Clube (“SPFC”) em 06/05/2014, cujo objetivo era viabilizar recursos para uma boa gestão do clube, mormente pela dificuldade econômica e financeira que atravessa e que a ninguém é dado desconhecer.

Minha empresa estabeleceu relação profissional e transparente, regulada pelo contrato com o SPFC, da mesma forma como muitas outras empresas (Globo, Habib´s, Penalty e etc) e empresários (Joseph Lee, Juan Figer, Eduardo Uram e outros), o fizeram. E note Carlos Miguel, que meu contato continha obrigações garantidoras ao SPFC que, penso eu, nenhum outro tinha por exigência dessa Presidência. Nesse sentido, chamo a atenção para o parágrafo segundo da cláusula primeira e os parágrafos segundo e terceiro da cláusula segunda. Aliás, peço, pela razão ao final exposta, que o contrato seja igualmente disponibilizado, ou, aos menos avisados, com a mesma confidencialidade desta mensagem.

Essa solicitação de distrato se dá em razão das acusações sem nenhum fundamento contra a minha pessoa e minhas atividades profissionais, amplamente veiculadas nos meios de comunicação misturando um trabalho profissional com uma relação pessoal.

Causa espécie observar a leviandade das afirmações publicadas pela imprensa, intitulada como séria e respeitável, e maldosamente repercutidas no seio do Clube.

Minha história profissional de vida, que culminou com o exercício de diretoria de banco, observado o rigoroso critério adotado pelo Banco Central do Brasil para se ocupar cargos dessa natureza em estabelecimentos bancários neste país, dizem o contrário.

Como muitas outras pessoas esclarecidas, eu entendo que este tipo de informações são motivadas pela existência de lutas pelo poder no SPFC, onde um pequeno grupo, com seus interesses afastados, pretende atacar todas as mudanças que você e sua diretoria estão implementando para modernizar, atualizar e converter o SPFC numa referência de gestão moderna, sólida e transparente, como só era de se esperar desde que se tornou candidato ao posto máximo do Clube.

Este pequeno grupo não desiste de fazer, não uma fiscalização da sua gestão, o que seria lógico, legítimo e desejável, senão um ataque sistemático à transparência com a qual você vem trabalhando no SPFC, uma vez que isto coloca luz num ambiente que durante anos foi sujeito ao império das sombras e que lhes permitia atuar de maneira obscura, como todos ficaram sabendo após você assumir a presidência.

Por este motivo e para evitar que o nome do SPFC, sua gestão e a de sua diretoria possam ser utilizados como argumento para o desgaste da imagem do Clube e reiterando que não houve remuneração alguma e que nada há de irregular no contrato e na minha atuação, tendo eu, inclusive, prospectado vários investidores para o Clube, sem contudo, infelizmente, obter êxito, solicito que o contrato seja encerrado de comum acordo das partes para que ele não sirva mais de base para calúnias e difamações, dando e recebendo quitação por não ter havido, repito, remuneração alguma.

Na expectativa de contar com sua compreensão, subscrevo-me,

Atenciosamente,
TML Foco Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda.
Cinira Maturana da Silva”

5 comentários em “Namorada de Aidar pede rescisão de contrato com São Paulo

  1. Ponto para a imprensa, ponto para o Paulo Pontes e ponto para a torcida!!!

    Eu falei que isso não iríamos tolerar!

    Mas fiquemos atentos porque lobo ataca na surdina!!! Ainda mais quando se veste de carneiro!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*